QUE NÃO NOS FALTE MODERAÇÃO!
“Porque pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um. Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação”. Romanos 12.3; II Timóteo – 1.7.
Ambos os textos falam de moderação. Nas versões mais modernas a
palavra é substituída por equilíbrio. Embora, tendamos a dar a ambas o mesmo
significado, conseguimos ver significados distintos. Enquanto a palavra
equilíbrio pode ser traduzida como “posição estável de um corpo, sem oscilações
ou desvios”, a palavra moderação é a “virtude de permanecer na exata medida;
comedimento”. Pronto, permanecer na medida exata! O autor de Eclesiastes diz
que a moderação em tudo é boa! É disso que gostaria de tratar aqui.
Temos experimentado dias bem difíceis. Todos nós atravessamos e de
certa maneira continuamos a atravessar. Nas horas das grandes agonias tendemos
a nos inquietar em demasia, perdendo o equilíbrio e a medida para todas as
coisas. Gostaria hoje de meditar um pouco sobre a questão da moderação. Como
tem faltado o senso de medida, de comedimento em nosso tempo e também em nosso
meio! As pessoas vão de um extremo a outro em fração de segundos. E a falta de
medida é sintoma de outra falta. A falta de amor cristão! O amor caridade, não
a caridade de doar coisas, mas a caridade de se doar pelo outro. Pela graça que
lhe foi concedida, o apóstolo Paulo exorta a cada um dos seus leitores que “não
pense de si mesmo além do que convém”. Nem mais, nem menos, apenas o que
convém. Não podemos perder de vista que tudo que somos, temos ou sabemos é por
pura graça de Deus e é para a sua excelsa glória. Somos apenas canais,
instrumentos de Deus, que Ele usa apesar de nós! Todo exagero é tendencioso!
Todo zelo cego é fanatismo! Todo extremo leva ao caos.
Ele segue no seu raciocínio e continua a sua exortação dizendo: “antes, pense com moderação, conforme a
medida da fé que Deus repartiu a cada um”. Sejamos amorosos, benignos e
compassivos com aqueles que ainda não foram alcançados pela graça salvadora,
assim como nós fomos tão amorosamente alcançados um dia. A única pessoa que
pode convencer da justiça, do juízo e do pecado é o Espírito Santo. A nossa
função é anunciar o Cristo. Falar do seu amor misericordioso. O apóstolo Paulo
falando do mesmo assunto ao jovem pastor Timóteo dá a razão da sua exortação: “Porque Deus não nos deu o espírito de temor,
mas de fortaleza, e de amor, e de moderação”. É necessário que sejamos
fortalecidos em Deus, que demonstremos temor e tremor diante de sua Palavra,
que sejamos canais do seu amor e graça indizíveis. Assim, Não pensemos de nós
mesmos mais do que convém. Pensemos e hajamos segundo a medida da fé recebida,
já fomos habilitados para andar em moderação. Deixemos com moderação que a
Palavra cumpra seu papel. Não somos “convertedores”, somos apenas e tão somente
semeadores. Semeemos! É o Santo e Divino Espírito que “CONVERTE DORES” em
alegria e riso! É Ele quem sabe a medida certa e o tom certo para chegar aos
corações e tocá-los. Não nos esqueçamos disto! Assim, sejamos moderados,
permaneçamos na exata medida! Nadia Malta
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