sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Meditação/Nadia Malta/AFINAL, QUEM ATRAI O OLHAR DE DEUS?


AFINAL, QUEM ATRAI O OLHAR DE DEUS?
                                                                         
Porque a minha mão fez todas estas coisas, e todas vieram a existir, diz o Senhor, mas o homem para quem olharei é este: o aflito e abatido de espírito e que treme da minha palavra”. Is. 66.2.                                                       

Despertemos para a seriedade do relacionamento com o Senhor bem como para a reverencia que devemos ter diante da sua Santa Palavra. Sim, porque não há um só lugar onde possamos nos ocultar da presença do Senhor! O livro do profeta Isaias é chamado de pequena Bíblia, contem sessenta e seis capítulos. O sessenta e seis é sem dúvida o capítulo escatológico do livro por que se refere à Segunda Vinda do Cristo. O Senhor aqui estabelece um contraste entre o verdadeiro servo de Deus e aquele que pratica a falsa religião e que será excluído da Nova Jerusalém. O texto lido é o versículo-chave deste capítulo e é um apelo ao verdadeiro quebrantamento de espírito. A cruz de Cristo tem sido relegada a um plano secundário, periférico, ninguém quer carregar a sua cruz, quando muito vemos a tentativa de colocar rolimãs no pé da cruz e almofadá-la para livrar-se de qualquer tipo de sofrimento. O que temos visto em nossos dias já fora previsto por Isaías setecentos anos antes de Jesus vir em sua primeira vinda: Uma religião de resultados, mas que exclui a cruz! O sacrifício da cruz tem sido banalizado e tem faltado quebrantamento de espírito pela própria falta de consciência de pecado, aliás, a palavra pecado é pouco usada porque não é considerada politicamente correto. O desejo de Deus é se relacionar intimamente com o homem e o vínculo desse relacionamento é a cruz de Cristo.

Em seu plano para relacionar-se com o homem não está apenas seu Filho crucificado, mas Jesus se torna cabeça de homens e mulheres crucificados com ele, andando em novidade de vida. E ele se faz primogênito entre muitos irmãos. Se não tivermos esse nível de percepção, se não abraçarmos a cruz radicalmente jamais impactaremos o mundo com as nossas doutrinas vazias de significado. No Reino de Deus não há lugar para celebridades mundanas, porque a única preeminência aceitável é atribuída exclusivamente à Trindade Santa (Pai, Filho e Espírito Santo). Por que será que o Senhor traz este assunto exatamente em um texto escatológico escrito há tantos anos atrás? Ouso responder: Porque a presença da falsa religião descomprometida com a cruz seria uma marca dos dias que antecederiam a Segunda Vinda do Cristo. Nos dias de João Batista quando ele pregava às margens do Jordão, algumas celebridades religiosas como fariseus e saduceus foram a ele para serem batizadas, sem a menor consciência de pecado e muito menos arrependimento. João Batista ao contrário de muitos líderes de nossos dias disse de forma contundente: “Raça de víboras, quem vos induziu a fugir da ira vindoura?”. Podemos ver claramente essa tendência em nossos dias. Muitos acham que podem fugir da ira vindoura se filiando a uma igreja local ou professando uma religião de aparência, sem quebrantamento de espírito.

Aquele que atrai o olhar de Deus tem duas características marcantes. Primeira característica: Esse homem tem o coração quebrantado. O salmista diz: “Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado e salva os de espírito oprimido”. O Senhor enxerga a sinceridade do coração daqueles que o buscam em verdade. No v.1 deste contexto o Senhor diz: “O céu é o meu trono, e a terra é o estrado dos meus pés; que casa edificareis vós? E qual é o lugar do meu repouso?”. As duas perguntas feitas pelo Senhor remetem ao que ele pretendia fazer no futuro: Transformar o coração do Homem no seu verdadeiro santuário. Aqui ele propõe não um templo feito pelo homem, de pedra e cal, mas uma tenda viva. Esse Tabernáculo Vivo primeiro se cumpriu em Cristo por ocasião de sua encarnação, depois do Pentecostes, em seus discípulos de todas as épocas. Na parte A do v.2 o Senhor ainda afirma que ele é o criador de todas as coisas e nada o pode conter, mas o homem para quem ele olhará é o aflito e abatido de espírito pela consciência da própria pecaminosidade. Esse homem é chamado por Jesus de bem-aventurado em Mt. 5.4 porque ele chora lamentando pelo seu estado de miséria e por isso será consolado. Segunda característica: Esse homem treme diante da Palavra do Senhor. Há algo que me chama a atenção de forma particular em nossos dias, é a falta de reverência a Palavra viva de Deus. E essa falta de reverência não se dá apenas pelo escárnio, mas, sobretudo, por não se levar a sério essa Palavra de vida eterna. Por que o homem deve tremer diante da Palavra viva de Deus? As razões são muitas, mas vou citar apenas uma: A Palavra é o próprio Cristo: “E o Verbo se fez carne e habitou ente nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai”. Por que então as nossas vitórias não têm vindo mais abundantemente? Porque não trememos diante dessa Palavra de Vida Eterna que procede da boca de Deus. Quais as lições do texto? Jesus está às portas. A sua Segunda Vinda é iminente, tudo à nossa volta testifica a esse respeito. Que possamos permanecer firmes na fé e perseverar de forma vigilante até aquele dia glorioso. O Senhor conhece o nosso coração e deseja que nos quebrantemos em sua santa presença. Tem faltado choro no meio do povo de Deus, não um choro por causa das dores que a vida impõe, mas um choro de quebrantamento pelos nossos pecados. Não temos chorado pelos nossos próprios pecados porque estamos ocupados demais julgando e condenando nossos irmãos. Precisamos voltar a tremer diante da palavra viva de Deus para que ela faça a diferença em nossas vidas em nome de Jesus Cristo a Palavra Viva de Deus. Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/


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