domingo, 9 de outubro de 2022

MEDITAÇÃO/NADIA MALTA/SONDA SENHOR, OS NOSSOS CORAÇÕES!

 SONDA SENHOR, OS NOSSOS CORAÇÕES!

Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece as minhas inquietações. Vê se há em minha conduta algo que te ofende, e dirige-me pelo caminho eterno”. Salmos 139.23,24. 


O presente salmo de autoria davídica trata na onipotência e onisciência de Deus. Mostra que nada foge ao controle soberano do Senhor. Nos versículos mencionados o salmista pede ao Senhor que faça uma santa auditoria em seu coração, que lhe mostre o que ele não consegue ver dentro de si mesmo. A oração do salmista aqui traz quatro petições que não podemos perder de vista enquanto estivermos vivos sobre a terra: Pede que o Senhor o sonde e conheça seu coração. Pede que o Senhor o prove e conheça as suas inquietações. Pede que o Senhor veja se há em sua conduta algo que o ofende. E Pede que o Senhor o dirija pelo caminho eterno. Como estamos todos necessitados de uma “auditoria” contínua do Espírito Santo em nossos corações! Que o Senhor venha com muita liberdade e faça um exame sistemático em cada recanto do nosso interior, sondando e perscrutando cada milímetro do nosso ser! E se houver algo que ofende ao Senhor, que ele com mais liberdade ainda nos conduza ao caminho eterno!

Não podemos perder de vista os três inimigos do cristão: O Mundo, o Diabo e a Carne. Qual o pior deles? Respondemos sem medo de errar: A Carne. O mundo apresenta o leque de opões que nos ajudam a fugir do padrão de Deus. O Diabo nos estimula a aceitar essas opções invariavelmente com o velho jargão do “não tem nada demais”! Contudo, os dois vilões anteriores trabalham com aquilo que a nossa Carne pecaminosa oferece a eles. É a Carne que anseia e fareja pelo pecado em suas múltiplas formas. Por isso tantas vezes somos instados a matá-la de fome no tocante aos seus apetites. Gosto demais da outra oração preventiva do Rei Salmista no salmo dezenove quando ele ora ao Senhor dizendo: “Quem pode discernir os próprios erros? Absolve-me dos que desconheço”! Quantas coisas nos têm embaraçado os passos! Somos tão rápidos para perceber os erros dos outros e tão lentos e complacentes com os nossos próprios erros! Sobretudo, em um tempo que tudo é relativizado, as pessoas tendem a minimizar a gravidade de tudo para aplacar a própria consciência. O fato de termos sido alcançados pela ação salvadora da graça de Deus não nos torna impecáveis, mas pecadores justificados pela fé em Cristo Jesus.

Embora estejamos livres da penalidade do pecado e do seu poder sobre nós, ou seja, podemos resistir a ele, ainda não estamos livres da sua presença. Ele jaz à nossa porta. Só estaremos definitivamente livres dele quando o nosso corpo mortal for revestido de imortalidade. Até lá a confissão de pecados é sempre oportuna e saudável. Pecamos por pensamentos, palavras e ações. E é precisamente quando usamos a máscara da impecabilidade, sobretudo, ao acusar os outros com aquilo que nós mesmos praticamos que somos desmascarados pelos nossos pecados. Estejamos atentos a isto! Salvação é ato único. Santificação é ato contínuo. E nesse quesito, ninguém está pronto, muito pelo contrário, à medida que caminhamos com o Senhor vamos sendo transformados pela renovação da nossa mente por meio da palavra Viva que procede da boca de Deus. Essa Palavra é o próprio Senhor redivivo! Sempre que algo foge do prumo de Deus somos acionados pelo alarme do Espírito Santo com um santo pesar. É a tristeza segundo Deus que produz vida. Ele vai sinalizando para nós que algo precisa ser consertado. O que aprendemos aqui? Cada vez que nos deixamos auditar por ele saímos renovados, revigorados. Contudo, o Senhor precisa ter acesso aos lugares mais insondáveis do nosso interior. É lá que armazenamos todo o lixo existencial que juntamos vida a fora. Confissão gera perdão de pecados, perdão de pecados gera autoridade e autoridade, vida abundante. Tempo de confissão de pecados! Pensemos nisto!  Nadia Malta

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