NADA
ACONTECE FORA DO TEMPO DE DEUS!
“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo
para todo propósito debaixo do céu”. Eclesiastes 3:1.
Rendamos
graças, por tudo que o Senhor em sua soberania tem nos concedido, especialmente
pela vitória sobre essa pandemia. A vitória está à caminho, mas já podemos
contemplá-la com os olhos da fé. E não dá para falar em gratidão sem nos
encaixar no tempo de Deus. Precisamos perceber que: HÁ UM TEMPO PARA TODO
PROPÓSITO DEBAIXO DO CÉU! Esta é a grande afirmação retórica deste contexto.
Contudo, será que compreendemos essa verdade? No meio de tudo que estamos
vivendo vi uma frase que me chamou a atenção. Dizia: “Você pode se perguntar:
Por que Deus não muda esta situação? Porque Ele usará esta situação para nos
mudar”! O texto lido foi escrito por Salomão, que em determinado momento de sua
vida se deu conta de tudo que havia desperdiçado. Em sua concupiscência
banalizou a tremenda sabedoria dada por Deus. E aquela altura da sua vida,
reflete sobre todas as coisas vividas e perdidas. Não há nada pior na vida do
que dizer: “Eu já tive, ou eu já fui!”. Nos versículos lidos, embora Salomão
medite sobre o sentido da vida, ele ao mesmo tempo discerne que há um Deus
soberano, que tem o controle do tempo, bem como de todas as coisas. A história
do homem está absolutamente ligada ao tempo. Não ao tempo como o conhecemos: o
kronos humano de horas, minutos e segundos, mas ao kairós de Deus. Essas duas
vertentes do tempo: humana e divina precisam estar alinhadas para que as coisas
aconteçam do ponto de vista de Deus. Agora precisamos compreender, que enquanto
elas não se alinham, Deus está trabalhando em nós em cada área de nosso
caráter: vaidade, mansidão, paciência, fé, orgulho, medos, iras, revoltas,
falta de gratidão, mágoas, murmurações, invejas e por aí vai. Cabe a nós
facilitar as coisas para Deus, nos deixando ministrar nessas áreas;
reconhecendo os nossos pecados e os confessando em arrependimento sincero de
coração. Aí, a bênção desce, porque esse é o tempo de Deus. Por isso o pregador
(Salomão) pede aos seus ouvintes que olhem para o Alto e considerem o tempo.
Quando as coisas acontecem no kronos humano, movidas pela nossa pressa, o
resultado é sofrimento e dor.
Quando
se anda com Deus, percebe-se que as situações obedecem a um curso. Não da
vontade humana, mas de Deus. E o tempo entra como o mais misericordioso dos
mestres da parte do Senhor, porque ele trata de acomodar todas as coisas em
seus devidos lugares. O Senhor move águas, muitas vezes até turbulentas, para
que essa vontade se cumpra. Isso “Porque todas as coisas cooperam para o bem
dos que amam a Deus e são chamados segundo os seus propósitos”- Rm 8.28. Esse
versículo é a síntese dessa verdade. Nada, nem ninguém pode frustrar os planos
de Deus. Ele mesmo diz em Is. 43.13b: “Agindo eu quem impedirá?”. As bênçãos
podem ser guardadas, postergadas por causa das nossas rebeliões, mas jamais
confiscadas! Todas as dificuldades vividas foram formões de Deus usados pelo
Tempo para sermos o que somos hoje! Há um tempo para todo propósito debaixo do
céu: Há Tempo de nascer e tempo de morrer; Há Tempo de plantar e tempo de
arrancar o que se plantou; Há Tempo de matar e tempo de curar; Há Tempo de
edificar e tempo de derribar; Há Tempo de chorar e tempo de rir; Há Tempo de
espalhar pedras e tempo de ajuntá-las; Há Tempo de abraçar e tempo de
afastar-se de abraçar; Há Tempo de buscar e tempo de perder; tempo de guardar e
tempo de deitar fora; Há Tempo de rasgar e tempo de coser; Há Tempo de estar
calado e tempo de falar; Há Tempo de amar e tempo de aborrecer; tempo de guerra
e tempo de paz. O nascimento e a morte não são contingências humanas, tanto
física quanto espiritualmente. Nascemos e morremos porque assim Deus
determinou. É tempo de nascer de Novo e é tempo de fazer morrer a nossa velha
natureza pecaminosa. Os conceitos de plantar e colher estão sempre
interligados. Não tem colheita sem semeadura, nem semeadura sem colheita. Quem
planta colhe, não tem jeito. Contudo, é necessário cuidado com o tipo de sementes
que plantamos.
Nesse
tempo de restauração e renovo que o Senhor estabeleceu sobre a terra nesses
dias e especialmente sobre sua igreja, podemos entender que é tempo de matar a
carne de fome no tocante às suas inclinações e ao mesmo tempo, é tempo de curar
as feridas do passado, porque Deus quer que desfrutemos tempos de refrigério. É
tempo de derribar os altares aos deuses estranhos erigidos em nossos corações;
as fortalezas malignas precisam ser destronadas dos nossos corações em nome de
Jesus Cristo. É tempo de edificar o altar do Deus Vivo em nosso coração para
ali o adorarmos em espírito e em verdade, continuamente. É tempo de prantear e
chorar em quebrantamento de espírito lamentando pelos próprios pecados. É tempo
de rir e de saltar de alegria pelo perdão dos nossos pecados e pela percepção
da chance de experimentar uma nova vida na presença de Deus. Quando falamos em
pedras, logo pensamos em obstáculos a transpor. No entanto, as pedras têm o seu
papel na pedagogia de Deus. Cabe a nós decidir o que vamos fazer com elas: Se
vamos usá-las como pedras de tropeço e obstrução ou como pedras de passagem e
pontes. Há tempo de dizer olá, de dar as boas vindas e tempo de dizer adeus.
Nesses dias de confinamento aprendamos a Abraçar as coisas boas e positivas e
rejeitar aquilo que não provém de Deus causando dor e sofrimento. Há tempo de
acolher, de proteger e tempo de libertar para que haja crescimento e
maturidade. O espectro de aplicação aqui é amplo. Aqui fala do tempo de
procurar por algo perdido; do tempo de limpar a casa e do tempo de jogar fora o
que não presta. Há coisas que devem ser guardadas e outras que devem ser
jogadas fora, banidas da nossa vida para sempre, pois fazem parte da velha
vida. Há, portanto, um tempo para o luto. Para se enterrar de vez os velhos
cadáveres apodrecidos que deixam malcheirosas as nossas vidas. Enterre de uma
vez por todas os velhos defuntos insepultos de sua vida. São velhas lembranças,
velhas mágoas, velhos traumas, velhos fantasmas que precisam ser exorcizados
definitivamente de dentro de nós pela fé. Há também um tempo para se costurar o
que foi rasgado pela perda, pela dor. O controle da língua guarda a alma das
maiores angustias. É tempo de amar o bem e de aborrecer o mal. Se quisermos
desfrutar o tempo de paz que o Senhor nos prometeu, não podemos negligenciar a
guerra espiritual na qual estamos engajados. O kairós de Deus é a providencia
sábia de um Pai amoroso, que não erra nunca e promete que tudo cooperará para o
nosso bem. O Senhor separou um tempo nesses dias para nos recolhermos e
voltarmos para ele. Nadia Malta
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