CORAGEM, O SUPREMO PASTOR ESTÁ CUIDANDO DE
NÓS E NADA NOS FALTARÁ!
“O
Senhor é o meu pastor; nada me faltará”. Salmos 23:1.
Em Deus temos o suficiente! O Salmo 23 é sem
a menor sombra de dúvida, o mais lido, conhecido e citado salmo da Bíblia, até
mesmo por aqueles que não fazem parte do rol de cristãos. Aqui o salmista
aproveita a sua experiência como pastor de ovelhas para ministrar o cuidado de
Deus por nós. É também chamado de salmo
da intimidade e da comunhão, por isso não pode ser usado como um amuleto por
aqueles que não conhecem o Pastor amado. A ideia central do salmo é um
pastoreio contínuo. As ovelhas são animais frágeis e docilmente se deixam
conduzir, proteger e guiar pelo seu pastor, não oferecem resistência. Elas conhecem
a voz do seu pastor e o seguem. Quando a
ovelha se afasta do supremo Pastor, acaba virando comida de lobo. Em tempos de
confinamento e escassez façamos juntos uma releitura deste salmo, não numa
perspectiva romântica e muito menos emocional, mas com honestidade de coração à
luz do Espírito Santo, rogando ao Senhor que comunique ao nosso espírito, o que
ele quer dizer neste salmo. O que será que o Senhor quer nos dizer com “nada
nos faltará”? Deus não satisfaz caprichos, ele supre necessidades. Desejo é
diferente de necessidade. Muitas vezes precisamos de duras lições da parte de
Deus para atingirmos a maturidade e o nosso Pastor Celestial é incansável ao
investir em nosso crescimento, portanto, nada nos faltará, nem tribulação.
Atentemos para as promessas do salmo: Primeira:
Quando somos pastoreados pelo Senhor experimentamos SUFICIÊNCIA – vs. 1-3: “O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.
Ele me faz repousar em pastos verdejantes. Leva-me para junto das águas de
descanso; refrigera-me a alma. Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu
nome”; Segunda: Quando somos pastoreados pelo Senhor experimentamos
SERENIDADE, mesmo nos vales sombrios – v.4: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum,
porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam”; Terceira:
Quando somos pastoreados pelo Senhor, experimentamos SEGURANÇA mesmo a despeito
dos nossos inimigos – v.5: “Preparas-me
uma mesa na presença dos meus adversários, unges-me a cabeça com óleo; o meu
cálice transborda” e Quarta: Quando somos pastoreados pelo Senhor
CHEGAREMOS seguros à Casa do Pai, na eternidade, acompanhados de sua bondade e
misericórdia! – v.6: “Bondade e
misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na
Casa do Senhor para todo o sempre”. Se o Senhor está nos pastoreando, então
nada do que necessitamos nos faltará – v.1. Nada mesmo. Chamo a atenção para o
fato de antes Dele ser Pastor, Ele precisa ser nosso Senhor! Como dissemos no
início, não olhemos para o salmo numa perspectiva simplista, romântica e
imediatista, mas na perspectiva daquele que vê além e sabe o que é necessidade
e o que é vontade caprichosa. Nós vemos apenas o que está perto como míopes
espirituais, mas o Senhor perscruta mentes e vê corações. O Senhor conhece
todas as nossas necessidades reais que precisam ser supridas; todos os
consertos que precisam ser feitos em nós; tudo em nós que precisa ser mudado; e
tudo que precisa ser tirado de nós, para que façamos a diferença, não somente
nessa vida, mas por toda a eternidade.
O Vale da Sombra da Morte= pode ser qualquer
experiência difícil em nossa vida que nos enche de temor, inclusive a morte.
Note bem – as ovelhas, além da fragilidade não enxergam muito bem e se assustam
com facilidade, principalmente quando se encontram em circunstancias
desconhecidas; daí, não poderem se afastar do pastor; essa presença as acalma.
O bordão ou vara= bastão pesado, usado tanto para afugentar as feras que
tentavam atacar o rebanho, como para disciplinar as ovelhas mais afoitas. O
cajado= uma vara com uma das extremidades curvadas, para ajudar individualmente
as ovelhas em perigo. Numa região montanhosa, os lugares planos são chamados de
mesas. Depois de cada jornada difícil, o objetivo do pastor era levar seu
rebanho em segurança ao aprisco, à mesa. Aquilo representava vitória, era
motivo de celebração sobre todos os inimigos que espreitavam o rebanho. À
noite, o pastor colocava óleo na testa das ovelhas para afastar os insetos e
ele mesmo deitava-se à porta do aprisco para evitar a entrada de intrusos.
Quanto zelo! – É assim que o Senhor faz aplicando o óleo do Espírito sobre nós,
para afastar de nós as ações malignas e se colocando ele mesmo como a Porta
através da qual entraremos e acharemos pastagem. Habitar na Casa do Senhor por
toda a eternidade deve ser nosso alvo continuamente! Sosseguemos, o Supremo
Pastor está cuidando de nós! Nadia Malta
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