LOUVEMOS AO SENHOR COM CÂNTICOS E COM AÇÕES!
“Por
meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o
fruto de lábios que confessam o seu nome. Não negligencieis, igualmente, a
prática do bem e a mútua cooperação; pois, com tais sacrifícios, Deus se
compraz”. Hebreus 13:15,16.
O texto lido faz parte das considerações
finais da carta aos hebreus. Há aqui um convite aos leitores para que saiam do
sistema religioso cheio de regras e experimentem uma identificação com o Cristo
num relacionamento íntimo e verdadeiro. Esse relacionamento íntimo leva o
cristão a andar numa constante perspectiva de vitória. É exatamente essa
certeza do agir de Deus que traz ao coração do cristão uma visão da vitória,
mesmo antes dela se concretizar. Isso não é ufanismo irresponsável, é fé viva.
O cristão verdadeiro é chamado para andar em fé. Muitas vezes esse andar requer
de nós cantarmos na agonia das tempestades da vida, este cântico não é uma
atitude hipócrita de fingimento, como se não tivéssemos consciência do que está
acontecendo, mas é uma manifestação da fé naquele que tem o controle de tudo em
suas mãos. O sacrifício de louvor ou cântico na agonia é uma comemoração da
vitória antes mesmo da batalha. Através dele chamamos à existência o que ainda
não existe aos olhos humanos, porque sabemos em quem cremos. Quando o cristão
canta ou trabalha para Deus em meio às lágrimas, o sobrenatural de Deus se move
a seu favor. O texto fala em sacrifício e sacrifício lembra altar. No santuário
do A.T. havia o altar de bronze usado para oferecer os sacrifícios de sangue e
o altar de ouro para oferecer incenso, numa representação das orações subindo a
presença de Deus. O altar do cristão na Nova Aliança é o próprio Jesus Cristo
no coração do cristão.
O autor desta epístola menciona aqui dois
sacrifícios espirituais que agradam ao Senhor: O LOUVOR CONTÍNUO e A PRÁTICA DO
BEM E DA COOPERAÇÃO MÚTUA. E Ambos lamentavelmente têm sido tão negligenciados
pelos cristãos contemporâneos. Certo pensador cristão disse: “O cristão deve
ser um aleluia da cabeça aos pés”. Na Velha Aliança os “levitas cantores”
(porque todos os que trabalhavam no templo eram levitas, não apenas os
cantores, como se pensa hoje em dia) se revezavam em turnos, noite e dia no santuário,
de modo que houvesse sempre louvor diante do Senhor. Essa prática já apontava
para o que Deus desejava que fosse feito na Nova Aliança. Hoje Cristo se torna
o Altar de sacrifício em nosso coração. Isto significa que Nele, nós podemos
louvar e servir, mesmo que signifique fazer isso de forma sacrificial. Esse
tipo de oferta é feita na força que o Senhor supre. O texto lido diz que este
sacrifício deve ser oferecido “sempre” à semelhança do que acontecia no A.T.;
independentemente das circunstancias. Esse sacrifício é fruto da sinceridade e
veracidade da confissão de fé que fizemos à respeito do nome de Jesus Cristo.
Se essa confissão de fé foi verdadeira, então nós poderemos sim, entoar
cânticos e servi-lo mesmo na agonia. No meio desse tremendo sacrifício seremos
curados, libertos e alcançaremos nossas vitórias mais retumbantes. O resultado
desse passo de fé é surpreendente: O cheiro de vida que exala desse sacrifício
sobe a presença de Deus e é respondido na forma de grandes vitórias. “Quem com
lágrimas semeia, com júbilo ceifará”.
A prática do bem e da cooperação mutua engloba
tudo o que possamos fazer uns pelos outros, mesmo com sacrifício próprio, para
que o nome do Senhor seja glorificado e não o nosso. Descobrimos que essas
obras também são efetuadas por meio de Jesus Cristo. Tudo que fazemos em termos
de obras, até um simples copo de água fria oferecido por nós a um sedento, deve
ser feito para glorificar o Senhor e não para cobrarmos dos outros: gratidões,
reverências ou deferências especiais. Devemos dar com uma mão sem que a outra
veja. O apóstolo Paulo exorta: “Tudo
quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para
homens, cientes de que recebereis do Senhor a recompensa. A Cristo, o Senhor é
que estais servindo”. Por que a prática do bem e a mútua cooperação são
consideradas sacrifícios? Porque do ponto de vista bíblico devem suplantar o
ego vaidoso que deseja aplausos e dar toda honra e toda glória unicamente a
Deus. O Senhor não divide a glória dele com ninguém e fomos chamados para ser
meros instrumentos e canais da sua multiforme graça. Faça essas coisas, não na
sua própria força, mas na força que o Senhor supre. Nadia Malta
Nenhum comentário:
Postar um comentário