É
TEMPO DE TIRAR A TRAVE DOS OLHOS!
“Não
julgueis, para que não sejais julgados. Pois, com o critério com que julgardes,
sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também.
Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que
está no teu próprio? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do
teu olho, quando tens a trave no teu? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu
olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão”.
Mateus 7:1-5.
Examinemo-nos
a nós mesmos, para não julgarmos os outros temerariamente. O texto que lemos
inicia a última parte do Sermão do Monte, na qual o Senhor fala do cuidado que
devemos ter com o juízo temerário (arriscado e irresponsável) que fazemos dos
que estão à nossa volta. Isso vale também para os relacionamentos familiares. Uma
das colunas de sustentação da igreja é a comunhão (koinonia). Comunhão implica
em exercício de tolerância com as falhas e fraquezas uns dos outros, sim,
porque todos nós temos falhas e defeitos. No entanto, essa comunhão tem sido
ferida por nossos julgamentos condenatórios dos nossos irmãos e familiares,
comprometendo as nossas vitórias. O desejo do coração de Deus é que primeiro
tiremos a trave de nossos próprios olhos para depois então nos atrever a mexer
no cisco do olho do irmão. Na verdade, a Palavra de Deus não nos proíbe de ver
o que está errado, pois precisamos ter discernimento diante das situações, mas
nos proíbe terminantemente de julgar o nosso irmão. A Bíblia diz que pelo fruto
conhecemos a árvore, só precisamos entender que a “árvore” será julgada por
Deus e não por nós! O que Deus quer nos ensinar hoje é: o que devemos fazer com
a nossa descoberta. Há duas atitudes bíblicas que devem ser tomadas: Orar pela
situação, sem compartilhar com ninguém, para que não vire maledicência; ou ir
direto ao irmão em questão e admoestá-lo com graça e amor de Deus.
Inevitavelmente quando optamos pela primeira ação, Deus já se move em nosso
favor. Sempre que acusamos, julgamos, sentenciamos, condenamos e amaldiçoamos,
o fazemos pela eficácia de satanás, não de Deus.
Tenho
aprendido nesses mais de trinta anos de caminhada com o meu Senhor, que tudo em
nossa vida, faz parte do treinamento específico de Deus para nós! O grande alvo
desse treinamento é que sejamos despenseiros da multiforme graça de Deus. Não
há uma só situação que não caiba a ação efetiva da graça de Deus. Devemos
atentar para o fato, de que a mesma lei de julgamento que aplicamos aos outros
será aplicada a nós, mais cedo ou mais tarde! Aprendamos duas coisas aqui que
nos trarão grande libertação: Não julguem para que não sejam julgados e Devemos
enxergar claramente tirando a trave dos nossos próprios olhos. Se exigimos
justiça e retribuição pelas coisas erradas feitas contra nós; seremos tratados
com a mesma receita. Você pode perguntar: Por que então encontramos alguns
salmos imprecatórios, onde os salmistas clamam que seus inimigos recebam o
justo castigo? Porque eles ainda não
haviam experimentado o Espírito da Graça e de Vida que experimentamos! O papel
de julgar não é nosso, mas de Deus. Quando oramos e abençoamos nossos
ofensores, a justiça de Deus se manifesta, na medida dele. A nós não é
permitido nem nos alegrar quando nossos inimigos são julgados por Deus. Quando
nos alegramos com a desgraça dos nossos inimigos o Senhor desvia dele sua ira,
advinha pra cima de quem? Isso mesmo, pra cima de nós!
Muitos
cristãos têm sido derrotados porque tem clamado pelo juízo e julgamento de Deus
sobre seus inimigos. Nós não podemos pedir para ninguém a justiça de Deus, mas
clamar por sua misericórdia! Essa misericórdia é a razão de não sermos
consumidos! Que haja libertação em nossas vidas! Se olharmos para nós mesmos
com honestidade perceberemos o que já recebemos de Deus, apesar de nós. O
Senhor usou de misericórdia para conosco para que tenhamos convicção de nossas
próprias deformidades, para que assim possamos usar de misericórdia para com
todos os deformados à nossa volta. O problema é que nos sentimos muitos santos,
muito justos, puros e inculpáveis aos nossos próprios olhos. Olhamos para os
nossos irmãos com uma visão de Raio X; mas quando nos auto examinamos, o
fazemos através das lentes embaçadas de nossas justiças próprias. Nós nos
achamos o máximo! Temos responsabilidade com os nossos irmãos; mas para
abençoá-los precisamos tirar a trave que impede a nossa visão. Se quisermos
receber misericórdia pelos nossos pecados, devemos exercitar misericórdia para
com os que estão ao nosso redor! Recebemos aquilo que damos. É a Lei da
semeadura e da colheita. “Aquilo que o
homem semear, isso também ceifará”. Que possamos hoje assumir um
compromisso de exercitar a graça de Deus em nosso meio e lá fora. Afinal, foi
para isso que fomos alcançados por ela! Nadia Malta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário