CONFIEMOS
NO PERDÃO RESTAURADOR DE DEUS!
“Volta, ó Israel, para o Senhor, teu Deus,
porque, pelos teus pecados, estás caído. Tende convosco palavras de
arrependimento e convertei-vos ao Senhor; dizei-lhe: Perdoa toda iniqüidade, aceita
o que é bom e, em vez de novilhos, os sacrifícios dos nossos lábios. Curarei a
sua infidelidade, eu de mim mesmo os amarei, porque a minha ira se apartou
deles. Serei para Israel como orvalho, ele florescerá como o lírio e lançará as
suas raízes como o cedro do Líbano”. Oséias 14:1, 2, 4, 5.
É
tempo de arrependimento e de buscar o perdão restaurador de Deus. Tanto
individualmente quanto como nação. Costumamos ouvir que o nosso Deus é um Deus
de caminhos estranhos. A profecia de Oséias ratifica essa verdade. O Senhor usa
o casamento do profeta com uma mulher infiel, como uma alegoria da infidelidade
do seu próprio povo para com ele. O profeta era uma parábola viva, um sermão
vivo no meio de uma geração pervertida e corrupta, idólatra, infiel e apóstata.
Oséias, por ordem de Deus, se casa com Gômer, uma mulher de má reputação,
infiel. Por mais que Oséias a amasse e lhe fosse fiel, Gômer não o respeitava e
ia após todo homem que passava. Deus mandava Oséias buscá-la novamente e
oferecer-lhe mais uma oportunidade. Ele mandava o profeta amá-la e acolhe-la
para tipificar seu próprio amor e cuidado pelo seu povo infiel. Ele fez isso muitas vezes. O texto que lemos
no início é o desfecho do livro de Oséias, onde nós vemos o povo sendo exortado
por Deus a arrepender-se, para que seja perdoado e alcance misericórdia. A
profecia de Oséias é sem sombra de dúvida a mais dramática e contundente das
Escrituras. Cada ato de infidelidade de Gômer era seguido por um ato de
oportunidade, graça e perdão da parte de Oséias. A graça manifesta através de
Oséias por sua esposa infiel era um sermão vivo que tipifica a graça de Deus
por seu povo! Em Israel, além da idolatria havia ingratidão no coração do povo.
Será que não acontece o mesmo em nosso meio?
O
livro termina com uma promessa gloriosa de perdão e restauração ao povo
arrependido. Deus é o mesmo Deus de oportunidade dos dias do profeta Oséias.
Ele é fiel ao seu povo e o exorta a voltar-se para ele em arrependimento e
quebrantamento de espírito. Temos falado inúmeras vezes sobre avivamento e este
não poderá vir sem consciência de pecado, confissão sincera diante de Deus e
abandono do pecado. Todos precisamos ser refrigerados por Deus, mas para isto precisamos nos voltar para Ele com
sinceridade de coração. Deus é gracioso para conosco. Ele nos ama, apesar de
nós. Ele quer que sejamos restaurados e está constantemente nos oferecendo
oportunidade de arrependimento e mudança de vida. Graça é favor imerecido de
Deus, não licença para pecar. O Senhor tem grande propósito na vida de cada um
de nós. Para isso é necessário despertar do sono espiritual e nos voltarmos
para Ele com temor e tremor. Em Jr. 4.1 o Senhor faz um apelo dramático ao seu
povo: “Se voltares, ó Israel, diz o
SENHOR, volta para mim; e se tirares as tuas abominações de diante de mim, não
andarás mais vagueando”.
O
grande sermão vivo de Oséias sobre a graça de Deus, pregado através da sua vida
nos deixa três promessas do Senhor: Ele acolherá os arrependidos e os tomará
para si; Ele curará os arrependidos e apartará deles a sua ira e Ele trará vida
nova aos arrependidos. O Senhor, apesar do povo, insiste com Israel para que o
busque, arrependa-se e volte para ele. Deus tinha motivos de sobra para
rejeitar seu povo infiel, mas escolheu recebê-lo de volta, caso se arrependesse
sinceramente e perdoá-lo. Em vez de sacrifícios sangrentos, o povo deveria
oferecer a ele palavras sinceras de arrependimento e pedir ao Senhor que em sua
graça o perdoasse. Pedir perdão pressupõe arrependimento. Arrependimento é
chamado pelo apóstolo Paulo de “tristeza segundo Deus”. Alem de receber de
volta, o Senhor curará, restaurará o pecador penitente. Restaurar é devolver a
forma original. No caso do pecador, o Senhor devolve a sua saúde espiritual.
Cura a sua infidelidade. Muda a sua vida. Os restaurados voltam a ter íntima
comunhão com o Senhor. Serão perdoados e purificados. Haverá plena libertação! Alem
de receber e restaurar, ele promete também vivificar. Vivificar= esta palavra
em hebraico é difícil de traduzir. O brotar da vida numa terra árida é o
verdadeiro sentido de vivificar ou avivar. O coração distante de Deus é como um
campo árido, sedento de chuva. Ele deseja que sintamos de novo a vida dele
pulsar em nós. No v.9 Oséias conclui a sua profecia, fazendo um apelo àquele
que é sábio e prudente a escolher entre duas alternativas: Rebelar-se contra o
Senhor e continuar a tropeçar indo de mal a pior ou voltar-se para o Senhor e
andar seguramente em seus caminhos.
Seremos vivificados, AVIVADOS. Essa aridez sairá dos nossos corações e
nos tornaremos como jardins regados para a glória do nosso Deus! Nadia Malta.
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