TEM FALTADO
CONVERSÃO GENUÍNA!
“Tu,
Senhor, reinas eternamente, o teu trono subsiste de geração em geração. Por que
te esquecerias de nós para sempre? Por que nos desampararias por tanto tempo?
Converte-nos a ti, Senhor, e seremos convertidos; renova os nossos dias como
dantes. Por que nos rejeitarias totalmente? Por que te enfurecerias
sobremaneira contra nós outros”? Lamentações 5:19-22.
Tem faltado
genuína conversão! A igreja é agencia de salvação, não supermercado de bênção! O
texto lido é o desfecho do livro das Lamentações e mostra o profeta Jeremias,
em nome de Jerusalém, invocando a glória do Senhor sobre o seu povo assolado e
arrependido. No capítulo três encontramos o profeta redescobrindo a esperança
no meio da agonia de uma nação devastada. O profeta ali resolveu tirar os olhos
da miséria ao seu redor e colocá-los nos atributos imutáveis e eternos de Deus
como: misericórdia, fidelidade e bondade. É isso que precisamos fazer. O livro
das Lamentações é formado de cinco poemas fúnebres escritos para o funeral da
nação morta. Jeremias termina o poema clamando ao Senhor por sua misericórdia
sobre seu povo. Na verdade, todo o capítulo cinco é um clamor por essa
misericórdia. No meio do povo de Deus, especialmente em nossos dias, temos
visto com assombro ministrações sincréticas que não têm encontrado respaldo na
Santa Palavra de Deus. O povo tem sido enredado com invólucros feiticeiros (Ez.
13.20) que apenas têm a aparência de piedade. No intimo essas práticas têm sido
um verdadeiro desserviço ao verdadeiro Evangelho, que “é poder de Deus para
todo aquele que crê”, gerando toda uma geração de “cristãos” emocionalmente
doentes e dependentes de líderes despreparados. John Piper diz que “cristãos
fracos não resistirão aos dias que virão!”. A igreja contemporânea tem perdido
o foco, se desviado, se profissionalizado e precisa urgente de uma nova
reforma.
A teologia
do medo tem imperado em nossos dias. Existe uma fórmula simples e infalível
para os que querem andar em novidade de vida: Obediência gera santificação;
santificação gera autoridade e autoridade gera vida abundante. Aí está a
verdadeira libertação. Contudo, é necessário: conversão genuína, encontro
verdadeiro e transformador com Jesus Cristo, sem isso não há mudança de vida.
Precisamos urgente voltar ao primeiro amor e nos converter ao Deus vivo de quem
tanto temos nos afastado! O clamor de Jeremias ecoa em nossos dias. O texto
apresenta uma afirmação, um pedido e quatro perguntas feitas pelo profeta
Jeremias ao Senhor em lugar do povo arrependido: A Afirmação: “Tu, Senhor, reinas eternamente, o teu trono
subsiste de geração em geração”; 1ª Pergunta: “Por que te esquecerias de nós para sempre?”; 2ª Pergunta: “Por que nos desampararias por tanto tempo?”;
Pedido: Converte-nos a ti, Senhor e
seremos convertidos; renova os nossos dias como dantes; 3ª Pergunta: “Por que nos rejeitarias totalmente?” e
4ª Pergunta: “Por que te enfurecerias
sobremaneira contra nós outros”? O profeta reconhece em nome do povo o
poder, a majestade e a soberania de Deus. Você tem reconhecido essa soberania?
Tudo, absolutamente tudo está debaixo do controle soberano de Deus. Por mais
que o homem se distancie do Senhor e ande por caminhos tortuosos, tudo o que lhe
sobrevém é permitido por Deus. O Senhor não esquece nem desampara seu povo, mas
espera pacientemente que seu coração se volte para ele buscando-o em verdade.
Deus não aceita uma adoração dividida como o culto prestado pelos samaritanos,
que adoravam ao Deus de Israel, mas adoravam também os deuses das nações
vizinhas. Como o Senhor poderia se esquecer de nós se o nosso nome está escrito
na palma de suas mãos e somos como a menina dos seus olhos? Pense nisso, Deus
ama você!
Na verdade,
a pergunta do profeta tem a sua resposta na postura do próprio povo. O aparente
desamparo de Deus está ligado à rebelião do povo. Comunhão com Deus requer vida
no altar, entrega, compromisso com ele. Deus enviou o Seu Filho ao mundo para
reconciliar o mundo com ele. O povo deseja ardentemente experimentar a alegria do
primeiro amor; reconhece que só o Senhor poderá fazer isso, restaurando esse
relacionamento partido pelo pecado. Como precisamos todos voltar a ter aquela
alegria dos primeiros tempos! A comunhão com Deus é revigorante e
transformadora. A genuína conversão é obra do Espírito de Deus, clamemos, pois,
a ele por isso. Que o Senhor mude a nossa rota. Novamente o profeta traz a
pergunta que toca o coração amoroso do Pai que não rejeita para sempre os seus
filhos, mas derrama a sua misericórdia aos corações quebrantados. Como o pai do
filho pródigo que esperou pacientemente por seu filho rebelde, acolhendo-o de
volta em seu regaço, vestindo-o com o melhor traje, dando-lhe um anel de
autoridade e festejando com o novilho cevado preparado para aquela ocasião. Como foi dito no início este capítulo é um
clamor dos fiéis pedindo a misericórdia de Deus. O ultimo questionamento do
profeta traz a lume que a ira de Deus tem um prazo de validade e esse prazo,
nós aprendemos que é definido pela nossa capacidade de quebrantamento e de
arrependimento genuíno. Graças ao Senhor por sua infinita misericórdia, que tem
o poder de se renovar a cada manhã e é a razão de não sermos consumidos. A
metodologia de Deus quanto à libertação do seu povo continua a mesma de geração
a geração: arrependimento, confissão, abandono de pecado e conversão
verdadeira. Tudo isso na dependência absoluta de Deus, não de homens. A
salvação é obra divina não humana. Precisamos resgatar a volta para a Palavra
de Deus e reaprender a chorar diante de Deus pelos nossos pecados. Olhar para
essa Palavra com um olhar investigativo e aplicar seus métodos infalíveis,
porque não são métodos de homens, mas de Deus. O Senhor jamais desiste do seu
povo. Ele não nos desampara, nem nos rejeita para sempre. Ele exercita para
conosco a sua longanimidade e espera pacientemente que nos voltemos para ele
com o coração inteiro. Oremos ao Senhor para que sejamos convertidos de verdade
e voltemos para ele de todo o nosso coração. Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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