CONFIEMOS
NO SENHOR: SÓ ELE ESTÁ ACIMA DE TUDO E DE TODOS!
“O Senhor é a minha força e o meu escudo;
nele o meu coração confia, nele fui socorrido; por isso, o meu coração exulta,
e com o meu cântico o louvarei. O Senhor é a força do seu povo, o refúgio
salvador do seu ungido. Salva o teu povo e abençoa a tua herança; apascenta-o e
exalta-o para sempre”. Salmos 28:6-9.
Despertemos
como povo de Deus a confiar e nos fortalecer no Senhor independente das
circunstancias. O texto lido mostra mais uma vez Davi, o querido rei salmista
de Israel, homem segundo o coração de Deus enfrentando uma situação difícil. Não
se conhece detalhadamente o contexto histórico que motivou este salmo. No
entanto, podemos perceber pelas palavras do salmista, tratar-se de uma situação
que envolve os que praticam a iniquidade, bem como pessoas dissimuladas, que
fingem ser amigas dele, mas querem arruiná-lo. Mais uma vez o salmista mescla
súplicas com ações de graças. Na verdade, pouco importa a situação histórica
deste salmo, o fato mais importante aqui, é que suas palavras proferidas há
tanto tempo calam fundo em nossos corações e nos ensinam lições preciosas sobre
o silencio de Deus, a perseverança e a fé confiante no meio das grandes provas
pelas quais passamos. A cada dia fica mais claro que os agires de Deus
acontecem de acordo com a sua soberana vontade e obedecendo a um cronograma
diferente daquele usado pelos seres humanos apressados. É imprescindível e
terapêutico confiarmos no Senhor em toda e qualquer situação, mesmo quando ele
se cala. O autor de Hebreus diz (4.16): “Acheguemo-nos,
portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos
misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna”. Como
servos do Deus vivo, quando estamos passando por momentos de grande aflição, a
primeira coisa que nos ocorre é buscá-lo, para que ele nos livre naquela hora
dolorosa.
MAS
O QUE FAZER QUANDO ELE SIMPLESMENTE SE CALA? A Bíblia nos mostra inúmeros
servos do passado que experimentaram a dor de não se sentirem ouvidos por Deus.
Assim, essa experiência não é algo que acontece apenas com você ou comigo. Há
propósito até para o silencio de Deus. Em algumas ocasiões, o próprio silêncio
faz parte da resposta. Veja o que dizem
alguns servos do Senhor em momentos de aparente silencio de Deus: “Até quando Senhor? Esquecer-te-ás de mim
para sempre? Até quando ocultarás de mim a tua face?” (Davi); “Senhor, não te ausentes de mim!” (Davi);
“Ouve, Senhor a minha oração, escuta-me quando grito por socorro; não te
emudeças à vista das minhas lágrimas” (Davi); “Ó Deus não te cales” (Asafe); “Esmorecem
os meus olhos de tanto esperar por tua promessa, enquanto digo: quando me
haverás de consolar?” (Anônimo). Essas palavras lhe parecem familiares? O
salmo traz algumas revelações sobre a confiança em Deus: A Confiança deve ser
exercitada mesmo diante das orações aparentemente não respondidas; A confiança
deve ser exercitada por causa do que Deus fez no passado e A confiança deve ser
exercitada por causa das promessas de Deus e de seus atributos imutáveis. Davi orou fervorosamente por uma situação que
nos parece difícil, mas não obteve resposta, assim como você e eu tantas vezes.
Precisamos compreender que o silencio ou a demora de Deus não significa recusa
em responder. Há um propósito que talvez só compreendamos lá na frente. Enquanto
a bênção não vem, o Senhor trabalha em nós a humildade, a paciência e a fé
confiante. No devido tempo, ele nos ajudará como o pastor acode as ovelhas. O
grande mistério da fé não é mover Deus em nossa direção, mas nos mover na
direção de Deus. Sempre. Note que quando o salmista supera a aparente demora de
Deus, através da perseverança e da fé confiante, a cena se transforma. Ele
passa a cantar louvores ao Invés de chora e lamentar. O principal motivo para
confiar no Senhor é aquilo que ele já fez no passado. O Senhor que nos socorreu
no passado, é o mesmo que pode nos socorrer agora.
Davi
encerra seu cântico encorajando o seu povo com o que aprendeu com aquela
experiência. Da mesma maneira como o Senhor salvou o rei, salvará também
aqueles que nele confiam, independentemente de emoções ou desejos. Por isso,
mesmo em lágrimas, precisamos aprender a declarar a nossa confiança irrestrita
em Deus. Os que confiam verdadeiramente em Deus não serão envergonhados. Em
outras palavras Davi está dizendo: “Não há fórmulas mágicas para sairmos das
dificuldades, mas há um segredo que ele compartilha conosco: precisamos confiar
no Senhor em todo o tempo, mesmo quando ele aparentemente silencia, porque só
ele “é a força do seu povo, o refúgio
salvador do seu ungido”. A Bíblia nos ensina que essa confiança não é um
sentimento emocional, sujeito a mudanças de humores, mas é um exercício da
vontade. É a vontade domada, sob controle. Eu decido confiar, você decide
confiar. Os atributos eternos e imutáveis de Deus, bem como as suas promessas
respaldam essa confiança. O que aprendemos aqui? No meio de uma dificuldade
pequena ou grande, devemos nos achegar confiadamente junto ao Trono da graça, a
fim de recebermos misericórdia em ocasião oportuna. E a ocasião é de Deus, não
nossa. O silêncio aparente de Deus, não significa que ele não esteja ouvindo a
nossa oração, normalmente é proposital, com vistas à nossa maturidade e
crescimento espiritual. Quando entendermos este princípio, substituiremos a voz
de choro e lamentação pelo cântico de louvor antes mesmo da vitória consumada.
Às vezes o louvamos até mesmo entre lágrimas. Passamos pela fé a testemunhar
ousadamente sobre as mui grandes e preciosas promessas de Deus ao seu povo. Ele
fez, Ele faz e Ele fará maravilhas em nosso meio. O grande mistério da fé não é
mover Deus em nossa direção, mas nos mover na direção de Deus, nos refugiar
nele, sempre. Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário