terça-feira, 5 de novembro de 2019

Meditação/Nadia Malta/PERDOA-NOS COMO TEMOS PERDOADO! E TEMOS PERDOADO?


PERDOA-NOS COMO TEMOS PERDOADO! E TEMOS PERDOADO?
                                                                 
E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores. Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai Celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens (as suas ofensas), tampouco vosso pai vos perdoará as vossas ofensas”. Mt. 6.12, 14, 15.                

Os versículos lidos estão inseridos na Oração do Pai Nosso e falam especificamente de uma atitude perdoadora que devemos ter face às ofensas sofridas. Jesus não está mencionando aqui sentimentos, mas atitude baseada na obediência a ele. Por que devemos perdoar? Porque Ele nos perdoou e ponto final. Descobrimos aqui que há uma ligação entre o perdão que recebemos de Deus e o tipo perdão que devemos oferecer aos nossos ofensores. Não é por merecimento, mas por graça, assim como aconteceu conosco. Só quando voltamos ao lugar da misericórdia, onde um dia recebemos o perdão de Deus, entendemos a necessidade de perdoar. E essa é a ideia central do texto lido. Que a nossa grande motivação para perdoar seja o prazer de obedecer ao nosso Pai celestial, dispensando a graça de perdoar. Jesus conta a parábola de um credor incompassivo e ali ele ministra a necessidade de perdoarmos os nossos ofensores exercitando o perdão ilimitadamente (70 x 7 por dia). Há muitos servos de Deus com a vida absolutamente travada. Vivem uma vida miseravelmente infeliz. Nada flui em suas vidas, as portas permanecem fechadas porque são verdadeiros depósitos de lixos emocionais ambulantes. Esses servos são assolados com enfermidades emocionais, físicas e espirituais por causa da postura renitente com relação ao perdão das ofensas recebidas. Perdoar é viver com leveza. Quando o perdão é retido aprisionamos a nós mesmos e aos outros espiritualmente.

Aqui encontramos dois princípios fundamentais: Preciso voltar mais vezes ao lugar da misericórdia, para lembrar o perdão que recebi de Deus sem merecer e Recebi perdão para ministrar perdão (Devo dar aos outros a mesma medida que recebi de Deus).  É como se disséssemos: “Senhor, me perdoe do mesmo jeito que eu tenho perdoado os que me ferem”. Aqui cabem duas perguntas: “Tenho mesmo perdoado aos meus ofensores?”; “Vou querer receber de Deus a mesma atitude que tenho para com os outros?”. O grande problema é que não atinamos para a profundidade dessas palavras. Elas estão em nossas mentes, mas não permitimos que desçam para o nosso coração e tragam cura. O cristão não pode perder de vista aquilo que ele recebeu graciosamente do Senhor no lugar da Misericórdia que é a cruz do Calvário. Por isso a nossa memória precisa ser avivada. Coração perdoador é marca de quem foi regenerado, nasceu de novo. Fala-se muito em cura interior, essa cura passa pela atitude de perdoar. O desejo de Deus é que continuamente estejamos exercitando esse perdão, até que toda mágoa, todo ressentimento sejam esgotados dos nossos corações. Ser depósito de lixo gera doenças e morte: depressões, úlceras, cânceres e outras patologias. Lixo fermenta e gera podridão. Perdoar é fazer uma grande faxina em nossa alma, esvaziar o depósito e enchê-lo do Espírito Santo. Quando tivermos dificuldade em perdoar uma ofensa recebida, precisamos voltar ao lugar da misericórdia, no qual nós mesmos fomos perdoados por Deus, apesar de nós. Havia uma condenação contra nós, mas naquele lugar o escrito da dívida que era contra nós foi apagado. Não estamos dizendo aqui que isso é algo fácil, pelo contrario, demanda sacrifício. Sacrifício do nosso orgulho, a bem da nossa saúde física, emocional e espiritual. É o culto racional que Paulo propõe em Rm 12.1, 2.

 A ira ou indignação diante de uma injustiça não é pecado, porém não podemos deixar que o sol se ponha sobre ela, transformando-a em raiz de amargura que envenena a alma e nos adoece. Quando permitimos isso damos lugar ao diabo. Isso significa dar a ele legalidade para nos assolar das mais diversas maneiras. Agora ouça com atenção o que o Senhor Jesus diz em Mc. 11.24-26: “Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco. E, quando estiverdes orando, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai, para que o vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas. Mas, se não perdoardes, também vosso pai celestial não vos perdoará as vossas ofensas”. O Senhor está dizendo nesses versículos que também existe uma ligação estreita entre o perdão que liberamos e as bênçãos recebidas. Note bem: Em relação à salvação não há nada que o homem possa fazer para agradar a Deus e salvar-se. Ele recebe essa salvação de graça e pela graça. No entanto depois de salvo, ele recebe da parte de Deus capacidade para perdoar assim como o Senhor o perdoou. E dessa atitude depende a sua vitória nas várias áreas da vida. Normalmente queremos receber perdão e misericórdia da parte de Deus, mas justiça e punição vingadora para os nossos inimigos. O perdão é uma via de mão dupla. Se exercitarmos para com os outros, o perdão também voltará para nós da parte de outros a quem ofendemos. A Palavra de Deus nos ensina que o perdão deve ser praticado mesmo que não seja pedido. Foi o que Jesus fez no Calvário, em meio a todo o sofrimento ele bradou: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem” e Estevão em seu martírio também disse: “Senhor, não lhes imputes este pecado!” Assim, quando a ofensa vier, não espere que o ofensor venha lhe pedir perdão, nem sempre isso acontece, adiante-se a ele e volte ao lugar da misericórdia, lá você encontrará forças para liberar o perdão. Meditemos sobre isto em nome de Jesus Cristo! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/

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