O SENHOR
RECOMPENSARÁ OS FIÉIS!
“Visto que os filhos de Jonadabe, filho de
Recabe, guardaram o mandamento de seu pai, que ele lhes ordenara, mas este povo
não me obedeceu, por isso, assim diz o Senhor, o Deus dos Exércitos, o Deus de
Israel: Eis que trarei sobre Judá e sobre todos os moradores de Jerusalém todo
o mal que falei contra eles; pois lhes tenho falado, e não me obedeceram,
clamei a eles, e não responderam. À casa dos recabitas disse Jeremias: Assim
diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Pois que obedecestes ao
mandamento de Jonadabe, vosso pai, e guardastes todos os seus preceitos, e tudo
fizestes segundo vos ordenou, por isso, assim diz o Senhor dos Exércitos, o
Deus de Israel: Nunca faltará homem a Jonadabe, filho de Recabe, que esteja na
minha presença”. Jeremias 35:16-19.
Fomos
Chamados a andar em fidelidade! O capítulo 35 de Jeremias traz mais um sermão
vivo de Deus pregado através da instrumentalidade de seu profeta para ilustrar
seu ensino a esse respeito. Aqui vimos o Senhor dando uma ordem estranha ao seu
profeta. O Senhor ordena a Jeremias convocar os recabitas. Eles formavam um clã
de nômades descendentes dos queneus, da família do sogro de Moisés. Esse povo
juntou-se ao povo de Israel na travessia do deserto por mais de dois séculos.
Eles eram descendentes de Jonadabe, filho de Recabe. Jeremias os convida a irem
a uma das câmaras do templo de Deus e ali lhes oferece vinho. Acontece que os
recabitas receberam uma ordem, 300 anos atrás, de seu antepassado Jonadabe,
filho de Recabe: Eles não deveriam plantar vinhas, deveriam habitar em Tendas e
não deveriam beber vinho. Jeremias além dos recabitas leva também alguns
ministros do templo para testemunharem o que aconteceria naquele lugar. O povo
de Deus estava prestes a receber uma das mais preciosas lições de sua vida
sobre fidelidade. Quando o Senhor entende de falar conosco ou ministrar algo ao
nosso coração, ele usa os meios mais inusitados possíveis. Foi o que sucedeu
ali, Deus usa um povo fora da aliança para ministrar fidelidade ao seu próprio
povo.
Temos
clamado ao Senhor que mude a história do seu povo. Que traga restituição,
prosperidade, renovo, saúde e mudanças efetivas de vida. Mas parece que quanto
mais clamamos, mais as coisas se tornam difíceis para muitos em nosso meio. E
olhe que não estamos falando apenas de coisas materiais, mas de tudo que diz respeito
a um viver em plenitude. O que tem nos acontecido? O que falta a nós ou em nós?
Será que temos sido fiéis ao Senhor? Essas são perguntas que não querem calar.
Às vezes não se trata de grande pecados, mas de determinadas coisas ou atitudes
que achamos de só menos importância, que insistimos em não nos libertar. São os
nossos “pecadinhos” de estimação, guardados a sete chaves que nos têm afastado
do Deus Vivo. E o que mais assombra é a prática contumaz deles sem nenhum
arrependimento ou pesar. A verdadeira regeneração traz à reboque um desejo
enorme de fidelidade ao Senhor, que do ponto de vista bíblico é a soma da fé
mais a obediência. Essa fidelidade não é um ato mecânico, mas a resposta ao
amor apaixonado do Senhor por nós. Ela é manifesta pelo que o Senhor é não pelo
que ele faz ou pode fazer por nós. Ao mesmo tempo, quanto mais nos aproximamos
do dia do arrebatamento, mais se faz necessário passarmos por uma grande
transformação em nossa natureza, nosso caráter, nossas ações e atitudes.
Pessoalmente, acho que é isso que tem acontecido conosco. Jesus está preparando
a Noiva pra subir.
O que Deus
quer ensinar ao seu povo em todas as épocas com a história dos recabitas? O
contraste entre a fidelidade a preceitos humanos e a infidelidade a preceitos
divinos; O Senhor está constantemente nos dando oportunidade de rever as nossas
atitudes e posturas; O Senhor disciplinará os infiéis e Deus recompensará os
fiéis. Deus quer num exemplo prático mostrar ao seu povo a fidelidade dos
recabitas a um simples preceito humano. O que está em discussão aqui não é a
moralidade daquele povo; se era ou não lícito beber vinho; se era ou não lícito
morar em casas de pedra; se era ou não lícito plantar vinhas; o Senhor que
mostrar aqui a disposição deles para acatar as ordens de seu pai, Jonadabe. Se
um mandamento humano pode ser guardado em fidelidade por mais de dois séculos,
por que Israel e Judá não obedeciam aos preceitos do Deus Todo Poderoso,
constantemente ministrados pelos seus santos profetas? O Senhor tem falado conosco
de todas as formas; usa os meios mais absurdos que se possa imaginar; até uma
jumenta ele já usou quando precisou ministrar a um homem insensato. Muitos
males têm assolado o povo de Deus. Coincidência? Não, desobediência,
infidelidade! Leis espirituais têm sido infringidas; quando isto acontece,
pagamos um preço; sofremos as consequências. Quantas mentiras no meio do povo
de Deus! Deus não trabalha na ilegalidade. O mentiroso é filho do diabo! Um
pregador conhecido costuma dizer: “A misericórdia de Deus aumentou, pois se o
Senhor agisse como nos dias de Ananias e Safira, as nossas igrejas precisariam
ter um cemitério nos seus porões!”. O Senhor honrou aquela fidelidade, mesmo
sendo meramente humana; jamais faltaria homem da linhagem de Jonadabe na
presença do Senhor. Se o Senhor honrou aquele tipo de fidelidade, o que não
fará com aqueles que lhe obedecem? Se o povo de Deus tivesse em sua caminhada a
disciplina dos atletas em suas práticas desportivas, a igreja pulsaria com
renovada vitalidade. Se o povo de Deus andasse em fidelidade multidões seriam
alcançadas. Meditemos agora nessa pergunta de Jesus: “Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?”. Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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