JÁ FOI DADA A LARGADA! VENÇAMOS A GRANDE CORRIDA DA FÉ!
“Não que eu já tenha obtido
tudo isso ou tenha sido aperfeiçoado, mas prossigo para alcançá-lo, pois para
isso também fui alcançado por Cristo Jesus. Irmãos, não penso que eu mesmo já o
tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para
trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de
ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus. Todos nós que
alcançamos a maturidade devemos ver as coisas dessa forma, e se em algum
aspecto vocês pensam de modo diferente, isso também Deus lhes esclarecerá. Tão
somente vivamos de acordo com o que já alcançamos”. Filipenses 3:12-16.
O texto lido fala de uma corrida a ser vencida e o apóstolo Paulo
se apresenta como um atleta cheio de vigor espiritual rumo à linha de chegada. Os
estudiosos não apresentam um consenso quanto o tipo de corrida aqui descrito:
se é uma corrida à pé ou uma corrida de carros. No entanto, o carro grego da
época, usado nos jogos olímpicos e em outras atividades era na verdade uma
pequena plataforma com uma roda de cada lado. Para o condutor se equilibrar e
controlar os cavalos, precisava se inclinar para frente retesando todos os
nervos e músculos. O esforço era muito grande. O verbo “avançar” aqui significa
literalmente: “se esticar como quem está numa corrida”. Por isso, imaginamos
que Paulo tinha em mente este tipo de corrida. O apóstolo aqui não está falando
de esforço para obter a salvação, pois sabemos que ela “vem pela graça,
mediante a fé, e não por obras para que ninguém se glorie”. A salvação é a
grande largada para essa corrida de fé pela santificação. A prerrogativa para o
atleta participar da corrida era ter a cidadania grega. Ele não competia para
obter a cidadania, nem a perdia se não conseguisse o prêmio. Assim é o cristão,
ele precisa ter a cidadania celestial para participar da corrida da fé rumo à
santificação. O cristão corre em sua própria raia. Ele tem obstáculos a
transpor e objetivos a alcançar. O que falhar perderá a recompensa, o galardão,
não a cidadania celestial. Não sabemos o tipo de prêmio que recompensa a
“soberana vocação”, suponho que seja alcançarmos a estatura de varões perfeitos
conformados à imagem de Cristo, mas vale à pena correr e se esforçar para
alcançá-lo.
As várias modalidades esportivas de hoje nos dão uma ideia do que
o apostolo Paulo está falando. Para obter os títulos e premiações em cada uma,
é necessário grande empenho por parte dos atletas. São horas de treino,
alimentação balanceada, abstinência de bebidas alcoólicas e drogas, horário
rígido de sono. Todo atleta tem um foco bem definido: ganhar em sua modalidade
e fazer bonito como representante de seu país. O atleta espiritual deve agir do
mesmo modo, ele tem uma cidadania celestial para honrar e defender. O atleta
físico corre por uma coroa perecível, nós por uma imarcescível coroa de glória.
Não podemos perder de vista que todo dia há um obstáculo a ser vencido, uma
dificuldade a ser superada e precisamos nos esforçar para isto. Essa corrida
pode ser comparada também a uma guerra interior entre a nossa velha carne
pecaminosa e o nosso novo espírito recriado pelo Espírito de Deus. Há pecados a
serem abandonados e se não nos empenharmos arduamente, matando a carne de fome,
de modo algum alcançaremos a vitória. Há uma corrida à nossa frente, o sinal da
largada já foi dado, que possamos nos empenhar para a vitória. O atleta
precisa estar insatisfeito com seu próprio desempenho. “Não julgo tê-lo
alcançado”. Esta deve ser a declaração de um cristão consagrado, que nunca se
dá por satisfeito com suas conquistas espirituais. Na verdade ninguém está
pronto! Assim como o atleta, o cristão sempre pode melhorar seu desempenho.
Paulo procurava nivelar a sua carreira, não se comparando a outros cristãos,
mas olhando para O Cristo. Aliás, esse é o propósito de Deus para nós: que
sejamos conformados à imagem de seu filho Jesus. O fato é que nenhum de nós está maduro o
suficiente, ao ponto de não precisar melhorar, do contrário, não estaríamos
mais aqui. O atleta precisa de dedicação. “Mas uma coisa faço”. Esta é
uma expressão importante para a vida cristã. Muitos cristãos estão envolvidos
demais com várias coisas ao mesmo tempo, quando na verdade, o segredo do
progresso espiritual é concentrar-se em uma só coisa: a busca pela presença de
Deus. O atleta deve concentrar-se em uma só modalidade esportiva. Se misturar
várias não vai desempenhar bem nenhuma delas. Os vencedores são os que mantêm o
foco naquilo que desejam alcançar, sem permitir que coisa alguma os distraia.
Dedicam-se plenamente ao seu chamado. O dom define o chamado e o ministério,
por isso faça o que foi chamado para fazer e esmere-se nisso, aliás, permaneça
naquilo para o qual foi chamado. A produtividade virá quando fizermos aquilo
que fomos chamados a fazer.
O atleta precisa de uma Direção. “Esquecendo-me das coisas... O incrédulo é controlado por seu
passado, mas o cristão fiel olha para o futuro. Já imaginou uma corrida onde os
condutores dos carros dirigissem olhando para trás. O resultado seria acidentes
graves e até mortes. Quando o texto fala aqui em “esquecer” não está falando em
amnésia, mas em não ser mais influenciado ou afetado pelo que passou. Significa
quebrar o poder doloroso que nos machucava. Não podemos mudar o passado, mas
podemos mudar o seu significado em nome de Jesus Cristo. Nenhum crente precisa
viver refém do seu passado. As coisas velhas já passaram. Aleluia! O atleta
precisa ter Determinação. Paulo diz aqui “Prossigo para o alvo”. O verbo
usado aqui tem o sentido de esforço intenso e determinado. Alguém não se torna
um atleta vencedor lendo livros, ouvindo palestras ou mesmo torcendo nas
arquibancadas. Precisa antes, ter determinação para entrar na competição e
vencer. O “corredor cristão” ainda precisa libertar-se de muita coisa que faz
parte da velha vida e para tal ele tem que trabalhar em conjunto com o Espírito
Santo. Não haverá libertação sem determinação. “Onde existe uma vontade existe
um caminho”. O atleta precisa de Disciplina. Não basta correr com
disposição, é preciso obedecer às regras. Nos jogos gregos os juízes eram muito
exigentes, e o atleta que cometesse qualquer infração seria desqualificado. Não
perdia a cidadania (apesar de desonrá-la), mas perdia o privilegio de participar
e ganhar o prêmio. A Bíblia é a nossa única regra de fé e prática, se a
desconsiderarmos seremos desqualificados. O segredo de nossa vitória é olhar
firmemente para JESUS – autor e consumador de nossa fé. Há um pensamento de
Agostinho, teólogo do passado que diz: “Seremos controlados ou por satanás, ou
pelo eu ou por Deus; o controle de satanás é escravidão; o controle do eu é
soberba e o controle de Deus é vitória”. Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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