segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Meditação/Nadia Malta/BUSQUEMOS A PORÇÃO DOBRADA!


BUSQUEMOS A PORÇÃO DOBRADA!
                                                                         
Tornou-lhe Elias: Dura coisa pediste. Todavia, se me vires quando for tomado de ti, assim se te fará; porém, se não me vires, não se fará. Indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho. O que vendo Eliseu, clamou: Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros! E nunca mais o viu; e, tomando as suas vestes, rasgou-as em duas partes. Então, levantou o manto que Elias lhe deixara cair e, voltando-se, pôs-se à borda do Jordão. Tomou o manto que Elias lhe deixara cair, feriu as águas e disse: Onde está o Senhor, Deus de Elias? Quando feriu ele as águas, elas se dividiram para um e outro lado, e Eliseu passou”. 2 Reis 2:10-14.                                                      

O texto lido revela um episódio marcante na vida de dois servos de Deus: Elias e Eliseu. Elias tem a sua carreira completada pelo poder vivo do Espírito Santo de Deus que operava tremendamente através dele e Eliseu aqui inicia seu ministério. Esses profetas eram chamados de profetas de fogo. Elias era um homem de fé e obediência ao Senhor. Ele viveu para louvor da glória de Deus. Seu arrebatamento tipifica o arrebatamento da igreja do Senhor Jesus Cristo. Antes de ser arrebatado pelo Senhor num carro de fogo, ele passou seu ministério para Eliseu, que por sua vez já havia sido escolhido e comissionado por Deus. Aprendemos aqui que não basta chamado e comissionamento, ainda há um longo e árduo caminho de preparação a ser percorrido antes do exercício efetivo da vocação. Eliseu recebeu como herança a porção dobrada que cabe aos primogênitos. Olhar para este texto hoje nos faz pensar na responsabilidade da nossa eleição, comissionamento e revestimento do Espírito de Deus para podermos realizar a sua obra de forma eficaz. Fomos alcançados com um propósito: realizar a obra de Deus na terra. Se nós tivéssemos verdadeiramente a consciência do que se operou em nós e quem é Aquele que nos transportou do reino das trevas para o Reino da sua maravilhosa Luz, certamente faríamos com toda a ousadia aquilo para o qual fomos chamados para fazer: Anunciar o Cristo de Deus!

 Se crermos que estamos em Cristo e Cristo está em nós daremos passos ousados de fé como aconteceu com esses dois profetas de fogo: Clamaremos e o Senhor dirá: “Eis-me aqui!”, ministraremos e pessoas serão salvas, saquearemos o inferno e povoaremos o céu para a glória do Pai. O grande problema é que não cremos naquilo que já recebemos por direito de herança ou somos tímidos para dar passos ousados de fé. Há uma curiosidade nos nomes desses dois profetas que nos ajuda a compreender melhor o relato. Elias significa “cujo Deus é Jeová” e Eliseu significa “Deus é salvação”. Pela proximidade da partida de Elias, Eliseu não o abandonou, nem o perdeu de vista. Eliseu sabia exatamente o que estava faltando para completar seu ministério capacitando-o para a obra. Faltava a unção, o revestimento de poder e autoridade. Ele precisava disso, e não abriu mão, ele desejou, perseguiu até conseguir. Eliseu deu quatro passos de fé para vencer a tentação de se acomodar e perder a bênção da primogenitura. Primeiro Passo: Eliseu precisava vencer a tentação de permanecer em Gilgal. O velho profeta começa a testar seu jovem discípulo e tenta deixá-lo em Gilgal, que significa circulo, acampamento, lugar onde cessou o maná. Gilgal não era suficiente para ele em sua busca de revestimento do Alto. Muitos param em Gilgal, acampam-se ali e acham que as primeiras migalhas de alimento espiritual já são suficientes e acabam estagnados. Recebem a salvação, mas nunca passarão de uma espiritualidade medíocre. Eliseu venceu a oposição, passou na primeira prova e seguiu em frente. Muitos estão estagnados aqui. Segundo Passo: Eliseu venceu a tentação de permanecer em Betel. Mais uma vez o velho profeta e pai espiritual prova seu jovem discípulo e tenta deixá-lo em Betel que significa casa de Deus. Ali era lugar de altares, lugar da visão de Jacó, lugar onde Samuel julgava. Muitos avançam até Betel. São adoradores, tem a visão de Deus, possuem consciência de pecados, mas se assombram facilmente e recuam ou se contentam com o que já receberam. Cessam a busca achando que sua espiritualidade já está de bom tamanho. A nossa busca continua enquanto estivermos vivos sobre a terra. Eliseu entendeu isto e foi em frente.

Terceiro Passo: Eliseu venceu a tentação de permanecer em Jericó. Mais um teste para o obstinado profeta. Desta vez Elias tenta deixá-lo em Jericó, que significa lugar de fragrância e fala de testemunho, também é o lugar da prova, da experiência. As provas conferem autenticidade ao nosso testemunho. Muitos chegam até ali, mas diante do furor da batalha retrocedem. Deus não se agrada desses. Eliseu não desiste mais uma vez e avança em direção a sua bênção. Quarto Passo: Eliseu venceu a tentação de permanecer no Jordão. Elias faz aqui o último teste e mais uma vez experimenta seu discípulo, fazendo-o retroceder antes da travessia do Jordão que significa o que desce. Descer fala de humilhação, de humildade, de esvaziamento. Até este ponto Eliseu tem a aprovação do seu mestre e pai espiritual, mas as provas ainda não acabaram. E No v.9 é como se Elias dissesse: “Muito bem, você chegou até aqui agora me peça o que quer que eu lhe faça, aquilo que é mais importante para você”. E Eliseu sem parar para pensar diz de pronto: “Quero que me toque por herança porção dobrada do teu espírito”. Ele sabia o que queria! E você, sabe o que quer? A porção dobrada não significava ter duas vezes mais poder que Elias, mas refere-se ao relacionamento estreito entre pai e filho que confere o direito de primogenitura.  Em Israel o filho primogênito recebia a parte dobrada da herança do pai, pois cuidaria dos pais quando envelhecessem e aquela família seria chamada pelo seu nome (Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó). Elias lhe diz: “Dura coisa pediste. Todavia, se me vires quando for tomado de ti, assim se fará; porém, se não me vires, não se fará”. Por mais que avancemos na fé não podemos tirar os olhos do Senhor, pois sem ele nada podemos fazer. Eliseu fez isso, manteve os olhos fitos naquele cujo Deus é Jeová. Quando a unção é derramada o poder de Deus é evidenciado. Eliseu como escolhido e comissionado por Deus precisava estar preparado para alcançar a bênção da primogenitura e receber porção dobrada da herança de seu pai espiritual. Nós à semelhança desse profeta precisamos desejar isso ardentemente. É necessário à semelhança de Eliseu não permitir que nada nos detenha. Ele não se deteve em lugar nenhum, mas atravessou ousadamente o Jordão que é o lugar da humilhação, da entrega total, do esvaziamento e do enchimento do poder do céu. Só seremos enchidos por Deus depois de esvaziados de nós mesmos. Somos herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo. O que cabe a Jesus cabe a nós. Podemos até pensar: “Como vou receber algo que pertence exclusivamente a Jesus como primogênito do Pai Celestial?”. Em Hb.12.23 a Bíblia diz que somos : “A igreja dos primogênitos arrolada nos céus”. Deste modo, somos um com Jesus, o que cabe a ele cabe também a nós. Meditemos sobre isto e não desistamos da busca! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/



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