É TEMPO DE CURA PARA O POVO DA CRUZ!
“E
perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos
devedores. Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai
Celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens (as suas ofensas),
tampouco vosso pai vos perdoará as vossas ofensas”. Mt. 6.12, 14, 15.
Os versículos lidos estão inseridos na
Oração do Pai Nosso e falam especificamente de uma atitude perdoadora que
devemos ter face às ofensas sofridas. Jesus não está mencionando aqui
sentimentos, mas atitude, baseada na obediência a ele. Temos lidado com muitas
pessoas prisioneiras das mágoas do passado, que as têm levado a toda sorte de
enfermidades emocionais. É tempo de cura para o povo da Cruz! E para sermos
curados precisamos ir vezes sem conta ao lugar da misericórdia, onde nós mesmos
fomos perdoados por Deus, Descobrimos aqui que há uma ligação estreita entre o
perdão oferecido aos ofensores e a liberação das bênçãos de Deus sobre nós. E
essa é a idéia central do texto lido. Que a grande motivação para perdoar não
seja a simples liberação das bênçãos sobre nós, mas o prazer de obedecer ao
Senhor. Em Mateus 18. 21-35 Jesus conta a parábola do credor incompassivo e ali
ele ministra a necessidade de perdoarmos os ofensores exercitando o perdão
ilimitadamente (70 x 7 por dia). Há muitos servos de Deus com a vida
absolutamente travada. Estão salvos, mas miseravelmente infelizes. Nada flui em
suas vidas, as portas permanecem fechadas porque são verdadeiros depósitos de
lixos emocionais ambulantes. Esses servos são assolados com enfermidades
emocionais, físicas e espirituais por causa da postura renitente com relação ao
perdão das ofensas recebidas. Perdoar é viver com leveza. Quando o perdão é
retido aprisionamos a nós mesmos e aos outros espiritualmente.
O lugar da misericórdia é o lugar onde
recebo o perdão de Deus. É como se disséssemos: “Senhor, me perdoe do mesmo
jeito que eu tenho perdoado os que me ferem”. Aqui cabem duas perguntas: “Tenho
mesmo perdoado aos meus ofensores?”; “Vou querer receber de Deus a mesma
atitude que tenho para com os outros?”. O grande problema é que não atinamos
para a profundidade dessas palavras. Elas estão em nossas mentes, mas não
permitimos que desçam para o nosso coração e tragam cura para a nossa alma. O
desejo de Deus é que continuamente estejamos exercitando esse perdão, até que
toda mágoa, todo ressentimento sejam esgotados de nossos corações. Ser depósito
de lixo gera doenças e morte: depressões, úlceras, cânceres e outras
patologias. Lixo fermenta e gera podridão. O lugar que precisa ser visitado por
nós de continuo é o lugar da misericórdia, no qual nós mesmos fomos perdoados
por Deus apesar de nós. Nesse lugar o escrito da dívida que era contra nós foi
apagado. Não estamos dizendo aqui que isso é algo fácil, pelo contrario,
demanda sacrifício. Sacrifício do nosso orgulho, a bem da nossa saúde física,
emocional e espiritual. É o culto racional que Paulo propõe falando aos
Romanos. A ira ou indignação diante de
uma injustiça não é pecado, porém não podemos deixar que o sol se ponha sobre
ela, transformando-a em raiz de amargura que envenena a alma e nos adoece.
Quando permitimos isso damos lugar ao diabo. Isso significa dar ele legalidade
para nos assolar.
Recebemos perdão para ministrar perdão
(Recebo de Deus a mesma medida que dou aos outros). Agora ouça com atenção o
que o Senhor Jesus diz em Mc. 11.24-26: “Por isso, vos digo que tudo quanto em
oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco. E, quando
estiverdes orando, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai, para que o
vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas. Mas, se não perdoardes,
também vosso pai celestial não vos perdoará as vossas ofensas”. O Senhor está
dizendo nesses versículos que existe uma ligação estreita entre o perdão que
liberamos e as bênçãos recebidas. Em relação à salvação não há nada que o homem
possa fazer para agradar a Deus e salvar-se. Ele recebe essa salvação de graça
e pela graça. No entanto depois de salvo, ele recebe da parte de Deus
capacidade para perdoar assim como o Senhor o perdoou. E dessa atitude depende
a sua vitória. Normalmente queremos receber perdão e misericórdia da parte de
Deus, mas justiça e punição para os nossos inimigos. A Palavra de Deus nos
ensina que o perdão deve ser praticado mesmo que não seja pedido. Foi o que
Jesus fez no Calvário, em meio a todo o sofrimento ele bradou: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que
fazem”. Estevão em seu martírio também disse: “Senhor, não lhes imputes este pecado!”. Saulo de Tarso um dos
algozes de Estevão foi beneficiado com aquele perdão antecipado e tornou-se o
grande apóstolo dos gentios. Assim, quando a ofensa vier, não espere que o
ofensor venha lhe pedir perdão, nem sempre isso acontece, adiante-se a ele e vá
ao lugar da misericórdia, lá você encontrará forças para liberar o perdão. O
Senhor propõe uma faxina santa em nossos corações. Que possamos tirar todo o
lixo de amargura, de ressentimentos, de ofensas recebidas. Comecemos hoje a
gotejar perdão sobre os nossos ofensores. Escolha viver com leveza. Escolha
esvaziar o depósito de lixo hoje em nome de Jesus Cristo. Tem dificuldade de
perdoar? Então, vá ao Lugar da Misericórdia, olhe para aquele Calvário
sangrento de 2000 anos atrás lá você encontrará forças para perdoar. Se alguém
o ofendeu, escolha perdoar. Diga: “Senhor, eu escolho perdoar essa pessoa e
coloco a ofensa praticada por ela contra mim na cruz do Calvário e clamo por
tua misericórdia sobre a vida dessa pessoa, eu a abençôo e perdôo em nome de
Jesus Cristo”. Nadia
Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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