sábado, 14 de setembro de 2019

Meditação/Nadia Malta/É TEMPO DE CURA PARA O POVO DA CRUZ!


É TEMPO DE CURA PARA O POVO DA CRUZ!


                                                                    
E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores. Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai Celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens (as suas ofensas), tampouco vosso pai vos perdoará as vossas ofensas”. Mt. 6.12, 14, 15.                   

Os versículos lidos estão inseridos na Oração do Pai Nosso e falam especificamente de uma atitude perdoadora que devemos ter face às ofensas sofridas. Jesus não está mencionando aqui sentimentos, mas atitude, baseada na obediência a ele. Temos lidado com muitas pessoas prisioneiras das mágoas do passado, que as têm levado a toda sorte de enfermidades emocionais. É tempo de cura para o povo da Cruz! E para sermos curados precisamos ir vezes sem conta ao lugar da misericórdia, onde nós mesmos fomos perdoados por Deus, Descobrimos aqui que há uma ligação estreita entre o perdão oferecido aos ofensores e a liberação das bênçãos de Deus sobre nós. E essa é a idéia central do texto lido. Que a grande motivação para perdoar não seja a simples liberação das bênçãos sobre nós, mas o prazer de obedecer ao Senhor. Em Mateus 18. 21-35 Jesus conta a parábola do credor incompassivo e ali ele ministra a necessidade de perdoarmos os ofensores exercitando o perdão ilimitadamente (70 x 7 por dia). Há muitos servos de Deus com a vida absolutamente travada. Estão salvos, mas miseravelmente infelizes. Nada flui em suas vidas, as portas permanecem fechadas porque são verdadeiros depósitos de lixos emocionais ambulantes. Esses servos são assolados com enfermidades emocionais, físicas e espirituais por causa da postura renitente com relação ao perdão das ofensas recebidas. Perdoar é viver com leveza. Quando o perdão é retido aprisionamos a nós mesmos e aos outros espiritualmente.

O lugar da misericórdia é o lugar onde recebo o perdão de Deus. É como se disséssemos: “Senhor, me perdoe do mesmo jeito que eu tenho perdoado os que me ferem”. Aqui cabem duas perguntas: “Tenho mesmo perdoado aos meus ofensores?”; “Vou querer receber de Deus a mesma atitude que tenho para com os outros?”. O grande problema é que não atinamos para a profundidade dessas palavras. Elas estão em nossas mentes, mas não permitimos que desçam para o nosso coração e tragam cura para a nossa alma. O desejo de Deus é que continuamente estejamos exercitando esse perdão, até que toda mágoa, todo ressentimento sejam esgotados de nossos corações. Ser depósito de lixo gera doenças e morte: depressões, úlceras, cânceres e outras patologias. Lixo fermenta e gera podridão. O lugar que precisa ser visitado por nós de continuo é o lugar da misericórdia, no qual nós mesmos fomos perdoados por Deus apesar de nós. Nesse lugar o escrito da dívida que era contra nós foi apagado. Não estamos dizendo aqui que isso é algo fácil, pelo contrario, demanda sacrifício. Sacrifício do nosso orgulho, a bem da nossa saúde física, emocional e espiritual. É o culto racional que Paulo propõe falando aos Romanos.  A ira ou indignação diante de uma injustiça não é pecado, porém não podemos deixar que o sol se ponha sobre ela, transformando-a em raiz de amargura que envenena a alma e nos adoece. Quando permitimos isso damos lugar ao diabo. Isso significa dar ele legalidade para nos assolar.

Recebemos perdão para ministrar perdão (Recebo de Deus a mesma medida que dou aos outros). Agora ouça com atenção o que o Senhor Jesus diz em Mc. 11.24-26: “Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco. E, quando estiverdes orando, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai, para que o vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas. Mas, se não perdoardes, também vosso pai celestial não vos perdoará as vossas ofensas”. O Senhor está dizendo nesses versículos que existe uma ligação estreita entre o perdão que liberamos e as bênçãos recebidas. Em relação à salvação não há nada que o homem possa fazer para agradar a Deus e salvar-se. Ele recebe essa salvação de graça e pela graça. No entanto depois de salvo, ele recebe da parte de Deus capacidade para perdoar assim como o Senhor o perdoou. E dessa atitude depende a sua vitória. Normalmente queremos receber perdão e misericórdia da parte de Deus, mas justiça e punição para os nossos inimigos. A Palavra de Deus nos ensina que o perdão deve ser praticado mesmo que não seja pedido. Foi o que Jesus fez no Calvário, em meio a todo o sofrimento ele bradou: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”. Estevão em seu martírio também disse: “Senhor, não lhes imputes este pecado!”. Saulo de Tarso um dos algozes de Estevão foi beneficiado com aquele perdão antecipado e tornou-se o grande apóstolo dos gentios. Assim, quando a ofensa vier, não espere que o ofensor venha lhe pedir perdão, nem sempre isso acontece, adiante-se a ele e vá ao lugar da misericórdia, lá você encontrará forças para liberar o perdão. O Senhor propõe uma faxina santa em nossos corações. Que possamos tirar todo o lixo de amargura, de ressentimentos, de ofensas recebidas. Comecemos hoje a gotejar perdão sobre os nossos ofensores. Escolha viver com leveza. Escolha esvaziar o depósito de lixo hoje em nome de Jesus Cristo. Tem dificuldade de perdoar? Então, vá ao Lugar da Misericórdia, olhe para aquele Calvário sangrento de 2000 anos atrás lá você encontrará forças para perdoar. Se alguém o ofendeu, escolha perdoar. Diga: “Senhor, eu escolho perdoar essa pessoa e coloco a ofensa praticada por ela contra mim na cruz do Calvário e clamo por tua misericórdia sobre a vida dessa pessoa, eu a abençôo e perdôo em nome de Jesus Cristo”. Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/


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