CRESÇAMOS NA GRAÇA E NO CONHECIMENTO DE DEUS!
“Por esta razão, também nós, desde o dia em
que o ouvimos, não cessamos de orar por vós e de pedir que transbordeis de
pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento
espiritual; a fim de viverdes de modo digno do Senhor, para o seu inteiro
agrado, frutificando em toda boa obra e crescendo no pleno conhecimento de
Deus; sendo fortalecidos com todo o poder, segundo a força da sua glória, em
toda a perseverança e longanimidade; com alegria, dando graças ao Pai, que vos
fez idôneos à parte que vos cabe da herança dos santos na luz”. Cl 1.9-12
(ARA).
Colossenses é uma das cartas de Paulo
escritas da prisão, provavelmente em Roma. A epístola em si, é assim como
Efésios, uma carta circular (uma encíclica) que foi dirigida aos cristãos
(santos e fieis) que se encontravam não só na própria cidade de Colossos, mas
em toda a Ásia Menor. Colossenses mostra Jesus como cabeça da igreja. As
orações paulinas feitas da prisão têm uma característica curiosa, ele nunca
pede por questões pessoais sejam materiais ou físicas. O grande alvo dessas
orações é pelas necessidades espirituais dele e do povo de Deus de maneira
geral. Aqueles irmãos haviam compreendido a graça de Deus na Verdade. Por isto
manifestavam fé e amor intenso uns pelos outros. Por esta razão, Paulo exulta e
intercede por aqueles queridos para que continuem vivendo de modo digno do seu
chamado. É interessante observar que na maioria das nossas reuniões de orações,
a grande motivação provém das necessidades de cada um: saúde, finanças,
relacionamentos, famílias e causas na justiça. Embora, não haja nada de errado
em orar por essas coisas, precisamos aprender com Paulo a priorizar a nossa
vida espiritual, o nosso viver com Deus, esta na verdade é a nossa principal e
maior necessidade.
Um simples levantar as mãos na igreja numa
atitude de “entrega da vida ao Senhor”, não faz de nós cristãos genuínos. Essa
atitude é só o primeiro passo. Precisamos nos manter firmes em nossa caminhada,
andando e vivendo de modo digno do nosso Senhor e Salvador. Jesus está às
portas e nunca foi tão necessário preparação e prontidão por parte de sua
Noiva, a Igreja. Mas o que significa realmente viver de modo digno? Será que
Jesus tinha em mente nos enclausurar, nos fechar em um mosteiro para que não
víssemos o que acontece no mundo? Acho que a própria vida e ministério de
Cristo nos respondem a essas perguntas. Ele próprio recebia pecadores e comia
com eles, sem precisar praticar as suas obras. O grande desafio para nós como
igreja é viver no mundo sem nos deixar contaminar por suas obras malignas, nem
fazer concessões aos seus apelos. Fomos chamados para ser santos, não
santarrões estereotipados. O tempo para construir um santo dentro de nós é a vida
inteira. Precisamos Ter uma cabeça sábia. Paulo pede que aqueles irmãos
transbordem do pleno conhecimento da vontade de Deus em toda a sabedoria e
entendimento espiritual. Precisamos gastar tempo em nossas orações clamando a
Deus por esse entendimento e sabedoria que procedem dele. Essa inteligência
espiritual precisa ser desenvolvida para que não nos deixemos levar pelos
ventos de doutrinas que sopram à nossa volta, bem como pelas ofertas do mundo,
pelos apelos da carne ou os estímulos do diabo. Paulo não está estimulando os
colossenses a buscarem visões ou vozes, antes, ele ora para que aqueles irmãos
possam aprofundar-se na Palavra de Deus e desse modo terem mais sabedoria e
entendimento.
Precisamos Ter pés firmados na Palavra. Os pés firmados na Rocha é uma conseqüência
dessa inteligência espiritual, que leva o cristão a uma obediência prática
àquilo que é ordenado pela Santa Palavra de Deus. Na vida cristã conhecimento e
obediência andam juntos. A verdadeira sabedoria espiritual deve se refletir na
vida diária. Na verdade, para o cristão não existe vida espiritual e secular, o
que realmente existe é vida transformada pelo Espírito Santo aonde quer que ele
esteja. O caráter prático da vida cristã deve ser resumido em duas palavras:
andar e testemunhar. E esse andar-testemunho nos leva a trabalhar para Deus em
qualquer lugar. Faremos isso para o inteiro agrado do Senhor, não nosso.
Precisamos Ter as mãos ocupadas. Precisamos frutificar em toda boa obra.
Trabalhar para o Senhor é um ato adorador, para isso não é necessário um
púlpito ou pregação formal, mas um compartilhar diário daquilo que Cristo fez
por nós. É necessário trabalhar enquanto é dia, a noite vem quando não
poderemos mais trabalhar. Precisamos Ter as costas fortes para enfrentar as
dificuldades. Aqui ele fala de uma excelência moral, que devemos ter como alvo.
Conhecimento, obediência e serviço também precisam estar associados ao caráter
moral do filho de Deus. O cristão precisa ser fortalecido no Senhor para não
esmorecer diante das dificuldades, nem sucumbir às fraquezas e inclinações da
carne. Finalmente precisamos Ter o rosto alegre, ser perseverante, longânimo e
grato a Deus. O cristão verdadeiro não
desiste de Deus nunca, pois ele sabe em quem crê. Precisamos orar para ter
longanimidade com os pecadores à nossa volta. A Palavra de Deus nos ensina que
o Senhor odeia o pecado, mas ama o pecador arrependido e ele não espera de nós menos que
isso. Também precisamos criar dentro da igreja uma cultura de ações de graças,
até mesmo pelas bênçãos que ainda não recebemos, mas estão à caminho. Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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