CHEGOU O TEMPO DESPERTEMOS!
“E
digo isto a vós outros que conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes do
sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no
princípio cremos. Vai alta a noite, e vem chegando o dia. Deixemos, pois, as
obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz. Andemos dignamente, como em
pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em
contendas e ciúmes; mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais
para a carne no tocante às suas concupiscências”. Rm.13.11-14.
A Epístola do apóstolo Paulo aos Romanos é
chamada muito apropriadamente de Evangelho segundo Paulo. Tem sido ao longo dos
séculos a carta das grandes conversões. E não é sem razão que tem impactado
gerações. O apóstolo ao mesmo tempo em que é profundamente doutrinário, é
também extremamente prático em suas colocações. O capítulo 13 é recheado de
advertências e ordenanças com relação à vida cotidiana dos cristãos. Ele
ressalta as atitudes muito mais que as simples palavras. Ele encerra o capítulo
trazendo uma viva direção para os crentes em Jesus de todas as épocas, aqueles
que “conhecem o tempo” e sabem que a vinda de Cristo está agora ainda mais
próxima. É tempo de preparação! O discurso religioso tem caído em descrédito,
especialmente em nossa época, por causa dos que pregam e não vivem, pregam e
não agem. Mais que em qualquer outro tempo se faz necessário viver o evangelho,
chamar o Cristo para o nosso caminhar diário. Falar, só se imprescindível, mas
testemunhar sempre mostrando as evidencias de uma vida regenerada, transformada
com atitudes que falam por si. Precisamos associar a oração, a fé e a ação.
Deus não fará o que o homem foi habilitado por ele para fazer.
Despertemos do Sono! Jesus está às portas e
não podemos adormecer como as virgens néscias mencionadas na parábola pelo
Senhor, que acabaram perdendo a hora da chegada do Noivo. Que sono é esse que o
Senhor menciona através do apóstolo Paulo? Certamente é o sono da apatia e da
mornidão espiritual que tem levado muitos a arrefecer na fé e no testemunho,
deixando-se envolver pelos apelos do mundo. A oração vigilante é uma atitude da
qual o discípulo não pode se apartar. Deixemos as obras das trevas e nos Revistamos das armas da luz! As epístolas em geral, especialmente as
Paulinas têm falado incansavelmente da necessidade de nos desembaraçarmos das
velhas atitudes e assumirmos a nova identidade de pessoas regeneradas,
recriadas pelo Senhor. Falta uma transformação pela renovação da mente. Como
fazemos isto? Por meio da Palavra viva e eficaz do Senhor. Transformar cada
ordenança em alvo a ser alcançado é o grande desafio do discípulo de Cristo. Falar
de Jesus é facílimo, estampar textos bíblicos nas roupas e paredes é ainda mais
fácil, no entanto, ter atitudes que proclamem o Cristo tem ficado cada vez mais
raro. Por que será? Que possamos parar para refletir! Andemos dignamente como
em pleno dia! O texto aqui fica mais específico e enfático (note que o apóstolo
está falando para cristãos). Andar como em pleno dia, de forma clara e
transparente, sem ter nada a esconder. Não andar em orgias e bebedices. Não
andar em impudicícias e dissoluções. Não andar em contendas e ciúmes. O Senhor
requer de nós uma vida de santidade, no sentido de separação do pecado, não de
“santarronice” exterior apenas para impressionar os tolos. Estamos no mundo,
mas não somos dele, por isso não podemos ser coniventes com as suas práticas
malignas, no entanto, devemos ter sensibilidade para agir e nos posicionar
quando necessário. Quando devemos nos envolver com o mundo? Quando nos
permitimos ser canais de Deus para alcançar quantos vivem distantes dele.
Revistamo-nos do Senhor Jesus Cristo! O
segredo da santidade do discípulo de Cristo é se revestir dele, como fazemos
isso? A resposta está em Cl.3.12-16: “Portanto,
como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de profunda compaixão,
bondade, humildade, mansidão e paciência. Suportem-se uns aos outros e perdoem
as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes
perdoou. Acima de tudo, porém, revistam-se do amor, que é o elo perfeito. Que a
paz de Cristo seja o juiz em seus corações, visto que vocês foram chamados a
viver em paz, como membros de um só corpo. E sejam agradecidos. Habite
ricamente em vocês a palavra de Cristo; ensinem e aconselhem-se uns aos outros
com toda a sabedoria, e cantem salmos, hinos e cânticos espirituais com
gratidão a Deus em seus corações”. Aqui
também vale salientar a necessidade de prudência e discernimento para perceber
as artimanhas do maligno através daqueles que não querem o Cristo, mas apenas
trazer embaraço e peso para aqueles que estão fazendo a obra de Deus. O Senhor
nos ordena ser simples como as pombas e prudentes como as serpentes.
Nada disponhamos para a carne no tocante
aos seus desejos! A carne é sem dúvida o pior dos inimigos do homem. Juntamente
com as ofertas do mundo e os estímulos do adversário, ela se coloca como um
grande desafio a ser vencido pelos santos de Deus. Paulo ordena aqui a não nos
deixarmos dominar pelos apelos da nossa carne. A carne não se converte, precisa
ser domada, subjugada no tocante às suas inclinações. Qual a inclinação da sua
carne? Por quem ela clama dia e noite? Qual o anseio furioso, do qual você não
consegue resistir ou domar? Identifique e mate a carne de fome nessa área
específica, jejue dessa prática até a completa libertação. O que precisamos
aprender como discípulos de Jesus? Precisamos despertar e nos preparar, pois o
Senhor está às portas. Precisamos ter atitudes que proclamem o Cristo e falem
mais alto que as nossas palavras. Precisamos andar em pleno dia de forma
transparente e nos dispor a ser canais para alcançar quantos vivem distantes de
Deus. Precisamos ter Jesus como paradigma, nos revestir dele, seguir seus
passos e pelo Espírito agir como ele agiu. Precisamos jejuar em cada área de
nossa carne que nos tem escravizado. Cada um conhece as suas fraquezas.
Submetamo-nos ao Senhor. Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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