domingo, 27 de agosto de 2017

Meditação/Nadia Malta/QUANDO A ANGÚSTIA NOS FAZ CAMBALEAR!

QUANDO A ANGÚSTIA NOS FAZ CAMBALEAR!

                                                                                             

Porquanto Ana no seu coração falava; só se moviam os seus lábios, porém não se ouvia a sua voz; pelo que Eli a teve por embriagada. E disse-lhe Eli: Até quando estarás tu embriagada? Aparta de ti o teu vinho. Porém Ana respondeu: Não, senhor meu, eu sou uma mulher atribulada de espírito; nem vinho nem bebida forte tenho bebido; porém tenho derramado a minha alma perante o SENHOR. Não tenhas, pois, a tua serva por filha de Belial; porque da multidão dos meus cuidados e do meu desgosto tenho falado até agora”. 1 Samuel 1.13-16.
                                                                                             

                                                                                    
Quando a angustia é grande demais o nosso ser inteiro cambaleia. Sentimo-nos como que embriagados pela intensa agonia. Perdemos o ânimo, a fome e o equilíbrio. Foi o que aconteceu com Ana a mãe do profeta Samuel. Ana era estéril e dentro daquela sociedade daqueles dias aquele estado era considerado um sinal vivo da maldição ou punição de Deus, pelo menos era interpretado assim. O marido de Ana para suscitar filhos tomou outra esposa que era bem fértil Penina, e, esta tripudiava e humilhava a situação de Ana.

Aproveitando a ida ao templo para adorar, Ana se rasga perante o Senhor e em sua oração silenciosa, ela movia os lábios, mas não lhes saia som algum. O sacerdote Eli que a observava de longe a teve por embriagada e a repreendeu severamente. Logo aqui percebemos o perigo do julgamento precipitado à respeito do outro. O julgar sem conhecimento de causa pode ser mais doloroso que a própria dor que nos faz cambalear. Quantas vezes somos vitimas de situações assim e em outras tantas nos encontramos do outro lado da mesa, no lugar do julgador! O que é ainda mais trágico!

Tempo de rever nossos critérios e aprender a observar mais! Que sejamos mais sensíveis com a dor que não dói em nós! Ana não bebera vinho ou bebida forte. Ela era mulher atribulada de espírito e ali derramava seu coração na presença do Eterno. E ela completa: “porque da multidão dos meus cuidados e do meu desgosto tenho falado até agora”. Não é isso que tem acontecido com muitos de nós? Para onde nos viramos encontramos muitas pessoas, especialmente mulheres de Deus às voltas com seus inúmeros cuidados. E essas agonias as têm feito cambalear.

Ana levou seu desgosto diante do Altíssimo. Só ele pode socorrer e consolar os corações abatidos e amargurados. Era diante do Eterno que ela derramava seu coração e falava do que lhe doía. Ela entendia que seu socorro viria do Senhor. A situação era absolutamente impossível humanamente falando. Afinal, quem poderia curar um ventre estéril? Só Aquele que especialista em saídas impensáveis pelas mentes humanas limitadas. O resultado daquela petição sofrida? “Então respondeu Eli: Vai em paz; e o Deus de Israel te conceda a petição que lhe fizeste. E disse ela: Ache a tua serva graça aos teus olhos. Assim a mulher foi o seu caminho, e comeu, e o seu semblante já não era triste”. Assim, aquela que era estéril se tornou fértil e deu à luz ao pequeno Samuel, o qual foi consagrado ao Senhor. A resposta de Deus é sempre infinitamente maior de tudo quanto pedimos ou pensamos. O Senhor ainda lhe concedeu mais três filhos e duas filhas. Aleluia! Que do mesmo modo o Senhor conceda a cada um de nós aquilo que temos tão sofregamente lhe pedido, se for da sua santa e excelsa vontade. Amém! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/

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