QUANDO UM SANTO DE DEUS VOLTA PARA CASA!
“Preciosa é à vista do SENHOR a morte dos seus santos". Salmos
116:15.
O Senhor é Aquele que sempre cuida de nós, mas parece que há momentos
em que esse cuidado é muito mais especial, um deles é a hora da nossa partida
da terra. Mesmo que a alegria da chegada contraste com a tristeza dos que
ficam, é maravilhoso chegar. Notemos que o versículo acima citado diz que
preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos. É impossível para os que
ficam não se entristecerem, pois a morte é uma amputação, embora temporária
daquele membro amado que vai à nossa frente. Contudo, precisamos nos apegar às
promessas do Senhor para não entristecer na intensidade dos demais, ao ponto de
perder a esperança. O Choro é lícito, o pesar é lícito e tem um tempo
determinado para ser vivido. Esse tempo é terapêutico nos ajuda a nos adequar a
nova situação. Como alguém que teve um dos membros do corpo amputado, mas
precisa continuar vivo e reaprender a viver sem a presença daquele membro tão importante
e necessário. A terra para mim é um lugar insalubre. Não há nada aqui que possa
agradar a um santo de Deus. As poucas alegrias são absolutamente fugazes. É
arena de santificação, é lugar de sofrimento. É campo de batalha ininterrupto.
O melhor dos dias aqui é sempre enfadonho. A partida do santo significa
libertação de toda dor e de todo sofrimento. Significa experimentar delícias
perpetuamente. A morte, embora, feia, implacável e austera é a última fronteira
que nos separa de casa. E tudo que ela consegue fazer com seu aguilhão cruel é
nos remeter direto aos braços do Pai. A sensação de voltar para a casa é
indizível, pelo menos para mim. Em termos terrenos a última fronteira que me
separa de casa no caminho de volta é a Curva do SESC. Muitas vezes o
engarrafamento ali é terrivelmente enfadonho, por causa do estreitamento do
lugar, das muitas brigas entre motoristas, da saída de carros de um
supermercado e de uma farmácia estrategicamente mal colocados na esquina. Às
vezes parece que não vamos nunca conseguir sair dali. Mas, enfim, saímos e
conseguimos chegar. Que alívio! Que
alegria! E é incrível como conseguimos ser ministrados pelo Senhor nessas
situações. Em nosso zelo pelos queridos que estão vivendo enfermidades graves e
crônicas, só prolongamos o sofrimento, querendo retê-los aqui no meio dos
engarrafamentos da vida. Claro que oramos por cura, queremos que permaneçam
conosco, mas estar com o Senhor é incomparavelmente melhor como diz o apóstolo
Paulo. Os planos e os pensamentos de Deus são melhores e mais altos que os
nossos. Que o Senhor nos console, nos prepare para ver nossos queridos irem à
nossa frente e nos ensine a partir! Nadia Malta.
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