REVISTAMO-NOS DAS ARMAS
DO AMOR!
“Portanto, como povo escolhido
de Deus, santo e amado, revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade,
mansidão e paciência”. Colossenses 3:12.
Tenho pensado muito ultimamente
sobre a questão do nosso testemunho como povo chamado pelo nome do Senhor. Melindramo-nos
com tão pouco. As pequenas ofensas parecem nos ferir mortalmente. Maximizamos
tudo, quando a vítima somos nós! Mas, as dores dos outros parecem não nos
tocar. Não há humildade e a paciência e a mansidão há muito nos abandonaram.
Qual a diferença, então, entre nós e os que estão lá fora? Parece que a fé do
tipo “ainda que” está cada vez mais distante de nós! Têm chegado até nós pelos
meios de comunicação, as notícias dos massacres sofridos por cristãos em vários
lugares do mundo. As cenas são tão chocantes que nos tiram o sono. E se fosse
conosco, como reagiríamos? O radicalismo de fanáticos parece que não conhece
limites. Ouvi esta semana a declaração de um líder cristão nigeriano depois do
massacre de irmãos de sua comunidade, ele escapou por milagre, que dizia mais
ou menos assim: “Só podemos silenciar as armas do ódio com as armas do amor!”.
Que declaração! Por que então, não usamos as armas do amor de Deus colocadas à nossa
disposição pelo Espírito Santo de Deus? Sinto vergonha do cristianismo que
vivemos! Se o povo escolhido de Deus não faz a diferença na terra, quem fará?
Somos chamados, numa santa convocação para nos revestir de profunda compaixão e
bondade. Aprendemos que compaixão é a dor do outro no nosso coração. E essa dor
que traspassa o outro e nos atinge precisa gerar atos concretos de amor. Do
contrário, é só hipocrisia e teatro para impressionar os que estão ao nosso
redor. É muito fácil olhar a dor do outro e buscar justificativas e respostas
simplistas, do tipo: “Você está passando por isto porque está em pecado!”. Quem
somos nós para fazer tal acusação. E saímos em nossos “arroubos espirituais”
esmagando canas quebradas e apagando pavios já prestes a se extinguir. Que
nossos corações sejam quebrantados para que experimentemos compaixão pelos
nossos semelhantes! Somos chamados a uma bondade prática, solidária que deve
ser feita em humildade. Temos feito assim, ou procuramos uma plateiazinha para
o aplauso que massageia o nosso ego? O apóstolo Paulo também nos convoca a nos
revestirmos de mansidão e paciência. Que coisa difícil em tempos turbulentos! Hoje
se perde o controle com muita facilidade! As pessoas parecem estopins vivos, à
espera de centelhas para que haja combustão e explosão! E isto acontece por
tudo e por nada e em todos os lugares! Em casa, no trânsito e em ambientes de
trabalho. E mesmo no meio dos chamados cristãos, as coisas não são diferentes! Aprendemos
que enquanto a mansidão é força sob controle, a paciência faz o seu portador
suportar tudo com perseverança. O cristão paciente tudo suporta Naquele que o
fortalece! Ele sabe em quem crê, ele usa as armas do amor mencionadas pelo
irmão nigeriano depois do massacre sofrido por sua comunidade! Revistamo-nos
dessas armas benditas, enquanto há tempo. Façamos a diferença neste mundo
árido! Nadia Malta
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