QUE SEJAMOS PRISIONEIROS DA ESPERANÇA VIVA!
“Quero trazer à memória o que me pode dar esperança”! Lamentações 3.21.
O Livro das lamentações do Profeta Jeremias, chamado de Profeta
Chorão, foi escrito em um momento de profunda desesperança do povo de Deus em
meio ao cativeiro de Babilônia. O livro é chamado de Poema Fúnebre para o
funeral nacional. A partir do versículo citado o profeta descobre a necessidade de buscar na memória
algo que o possa renovar a sua esperança. E na sequencia começa a lembrar
efetivamente dos atributos de Deus. Ele lembra do amor e da misericórdia de
Deus. Ele lembra da fidelidade de Deus. Ele
lembra que o Senhor é tudo que ele tem. Ele lembra da bondade de Deus . Na
sequencia do versículo citado no inicio, o profeta começa a elencar a razão da
sua esperança. Ele se lembra da bondade, da fidelidade, das misericórdias do
Senhor que são a razão de não sermos consumidos! O apóstolo Pedro em sua
primeira epístola diz: “Antes, santifiquem Cristo como Senhor no coração.
Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da
esperança que há em vocês”. Pedro ainda diz na mesma epístola que fomos
regenerados para uma viva esperança! Assim, no meio das nossas dores,
recorramos à Esperança Viva que jamais decepciona.
Quando os dias se tornam difíceis, os caminhos intransponíveis e
as oposições nos assolam por todos os lados, hora de recorrer a Esperança. Sim,
com letra maiúscula, para nós não é um uma simples expectação positiva, mas uma
pessoa chamada Cristo em cujas mãos estão todas as possibilidades. Creio que
foi exatamente isto que aconteceu com o profeta Jeremias em meio ao doloroso
cativeiro de Babilônia. Temos repetido muitas vezes neste lugar que os dias não
têm sido fáceis para nenhum de nós, muito pelo contrário. Necessitamos de nos
refugiar nessa Esperança Viva para poder sobreviver às investidas cada vez mais
violentas dos nossos inimigos invisíveis através dos seus instrumentos humanos
cada vez mais disponíveis. São tantas as afrontas! Como diz a letra do antigo cântico: “Não dá,
sem Jesus não dá pra viver! Só com Jesus plasmado em nós podemos seguir em
frente na força que só Ele supre!
Quando lemos essa afirmação do profeta Jeremias em meio ao seu
livro das Lamentações, temos a impressão de que ele de repente caiu na real,
como se costuma dizer. Ele acordou para uma realidade infinitamente maior que
as dores do cativeiro. Apesar de Lamentações ser chamado de poema fúnebre, o
profeta suspende a voz de lamento e entoa uma cântico de esperança no meio da
sua agonia. Ele começa a evocar os atributos eternos e imutáveis de Deus. Não
podemos perder de vista: Deus não falha nunca, mas a nossa humanidade limitada
e míope insiste em perder essa verdade de vista, sobretudo, no meio das grandes
agonias. Quantas lições preciosas nós aprendemos com o Profeta Chorão! O choro é lícito e terapêutico. A impaciência
diante dos rigores das tribulações é aceitável. Mas precisamos nos recompor e
voltar à Fortaleza como prisioneiros da esperança! Como diz o profeta Zacarias:
“Voltem à sua fortaleza, ó prisioneiros
da esperança; pois hoje mesmo anuncio que restaurarei tudo em dobro para vocês”.
Há uma promessa gloriosa de restauração
aqui. Confiemos, pois quem fez a promessa é fiel para cumpri-la! Nadia Malta
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