OS VALES CONTINUAM MUITO SECOS!
“A mão do Senhor estava sobre mim, e por seu Espírito ele me levou a um vale cheio de ossos. Ele me levou de um lado para outro, e pude ver que era enorme o número de ossos no vale, e que os ossos estavam muito secos”. Ezequiel 37.1,2.
Este
capítulo traz a visão do Vale de Ossos secos dada ao profeta Ezequiel no meio
da dura realidade do cativeiro de Babilônia. Quando tudo parecia absolutamente
perdido eis que surge a mão de Deus com sua possibilidade impensável. Três
coisas chamam a nossa atenção no texto: O Senhor faz que o profeta tenha a real
dimensão do problema. O Senhor confronta
o profeta com uma pergunta. O Senhor
manda que o profeta entre em ação. O que o texto nos leva a refletir em meio
aos nossos próprios vales áridos? Já falamos isto outras vezes, mas é sempre
bom repetir: Por mais difíceis que estejam as coisas para nós, pode haver
realidades ainda piores. Por isso, sempre que as coisas se tornam muito
difíceis resolvo passear. Mas não em um lugar aprazível de lago plácido, de
jardins floridos com borboletas coloridas voando de um lado para outros e
pássaros cantando sob uma brisa amena. Nessas horas é tempo de revisitar
Ezequiel 37 o Vale de Ossos Sequíssimos! Que passeio estranho! Coisa mais
mórbida! Muitos podem pensar. Contudo, é precisamente ali que somos
profundamente ministrados com a certeza absoluta que não há impossíveis para o
nosso Deus seja qual for a situação que nos aflige!
Às
vezes tudo que mais precisamos é um choque de lucidez! E o Senhor é também
especialista em nos chamar à razão no meio das nossas dores mais profundas. Nos
dias do profeta Ezequiel as coisas definitivamente não estavam fáceis. Ele
experimentara na pele os rigores de um cativeiro que durou setenta anos. A
esperança da nação havia morrido, seus ossos haviam secado pela tristeza,
abatimento e desesperança provocados pela situação. Não havia saídas, pelo
menos, não humanas! Deus é especialista em saídas impensáveis, em caminhos
impossíveis aos homens e em estratégias inimagináveis. Não podemos perder de
vista que nas mãos divinas estão todas as infinitas possibilidades. Por isso o
Senhor levou o profeta em visões de Deus para um passeio dos mais inquietantes.
Ele o levou e colocou-o para andar ao redor de um vale de ossos muitos secos.
Ele tinha que aprender a mensurar a dimensão da sua própria dor. É quando o
Senhor faz a grande pergunta do texto que faz o profeta pensar: “Filho do
homem, esses ossos poderão tornar a viver”?
O
profeta depois de observar atentamente a dimensão daquela situação responde da
maneira mais sábia e prudente: "Ó Soberano Senhor, só tu o sabes".
Não deveria ser assim conosco? Não deveríamos colocar nas mãos do Senhor a
resposta que tanto ansiamos, antes de naufragarmos em nossas impossibilidades?
O Senhor ainda convoca o profeta para participar da ação restauradora e
vivificadora: “Então ele me disse: "Profetize a esses ossos e diga-lhes:
‘Ossos secos, ouçam a palavra do Senhor”! Talvez seja isto que está faltando:
mandar o nosso problema, a nossa impossibilidade ouvir a palavra do Senhor! Ao
obedecer à ordem do Senhor o profeta pode ver o poder da Palavra de Deus em
ação bem debaixo do seu nariz: Ele profetizou e começou o grande mover. Cada
osso procurou seu osso, se recompuseram formando esqueletos que foram cobertos
de tendões, carnes músculos e pele. Por fim o espírito foi soprado neles para
que vivessem. E era um exército vivo na superfície do vale! Precisamente os que
disseram que seus ossos haviam secado e perecido a sua esperança. A esses o
Senhor diz: “Ó meu povo, vou abrir os seus túmulos e fazê-los sair; trarei
vocês de volta à terra de Israel. E, quando eu abrir os seus túmulos e os fizer
sair, vocês, meu povo, saberão que eu sou o Senhor”. Que lições tiramos do
texto? Tempo de renovar a esperança e confiar no agir de Deus! Ele não falha nunca! Não há impossíveis para ele em todas as suas
promessas! O que parecia o fim será um novo e glorioso começo! Ver Romanos
15.13. Nadia Malta
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