segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Meditação/Nadia Malta/QUE TAL DESCER DA ALTIVEZ E RECEBER JESUS COM ALEGRIA?!

 QUE TAL DESCER DA ALTIVEZ E RECEBER JESUS COM ALEGRIA?!

                                                                                      


Quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, pois me convém ficar hoje em tua casa. Ele desceu a toda a pressa e o recebeu com alegria”. Lucas 19. 5, 6. 


O encontro de Jesus com Zaqueu o maioral dos publicanos é revelador sob todos os aspectos. Ele era além do maioral dos publicanos, rico. Um sujeito baixote, que enriqueceu ilicitamente. Era odiado pelos seus patrícios pelas extorsões que praticava. Era considerado também pelos religiosos daqueles dias o maioral dos pecadores. E o mais carente da ação da graça salvadora! Olhando para o nosso tempo temos visto tanta doidice no mundo eclesiástico contemporâneo! As exigências, as ameaças e, sobretudo, as artimanhas para se conseguir adeptos e lotar os templos têm se multiplicado e ido às raias da loucura. O que está acontecendo? Tem faltado temor do Senhor. Esta é a grande realidade. Esquecemos que o Deus da bondade é o Deus da severidade e ele ajustará contas com todos os caçadores de almas com seus invólucros feiticeiros no meio do seu povo! Por mais que o homem se esforce para alcançar a Deus, a iniciativa é sempre da Graça. O Senhor é quem marca um encontro conosco. Arrependimento sincero gera mudança de vida. Jesus veio para os doentes, os coxos, os cegos e todos os perdidos. Quando Deus nos chama precisamos descer da nossa arrogância e ir ter com ele.

A história de Zaqueu é conhecida por todos que têm familiaridade com a palavra. Até mesmo pelos que não têm. Certo dia Jesus passava por Jericó e ele sabendo disso correu e subiu numa árvore para vê-lo e para sua surpresa já estava tudo preparado pelo Senhor e a Graça encarnada toma a iniciativa de abordar Zaqueu fazendo o convite mais inusitado: “Zaqueu, desce depressa, pois me convém ficar hoje em tua casa. Zaqueu desceu a toda pressa e o recebeu com alegria. É Deus conosco. É o Emanuel se revelando a nós. Não é simples religiosidade é relacionamento! A história não acaba aqui. Depois da murmuração dos que estavam à volta por ter Jesus se hospedado com homem pecador vem a grande resposta daquele encontro libertador. Zaqueu diante de todos diz: “Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais”. Jesus testifica do que se operou em Zaqueu: “Hoje, houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de Abraão. Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido”. Zaqueu mudou de rota. Converteu-se! Relacionamento íntimo faz isto.

A religiosidade exterior muda o comportamento por algum tempo. Muitos choram e se descabelam até prometem uma mudança, mas é só algo exterior, emocionalismo apenas. E exterioridade não resiste à ação dos apelos da carne. A esse tipo de tristeza, o apóstolo Paulo chama de tristeza segundo o mundo. Também conhecida como remorso. Ela é superficial. Fica no terreno das emoções. Não desce para o cerne da alma. Sua ação é momentânea. Até impressiona, mas não transforma. Antes produz morte. O relacionamento com o Cristo muda a essência do homem. Dá a ele uma segunda chance de nascer de novo. De ter seu espírito morto vivificado. As coisas velhas, as velhas práticas passam e tudo se faz novo. Sem isto não há conversão. Pode até haver religiosidade, mas não há relacionamento e cristianismo é relacional. O arrependimento genuíno, aquele que brota do mais profundo do coração e é provocado por uma ação efetiva do Espírito Santo no coração do Homem. Este se quebranta, tem seu coração rasgado perante o Senhor e ali ele vê seus alicerces ruírem perante o Eterno. Paulo chama este estado de alma de tristeza segundo Deus. Essa tristeza leva ao verdadeiro arrependimento pela consciência dos próprios pecados. Este arrependimento é transformador e faz o homem mudar a rota da vida. Nadia Malta.

 


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