ERGAMOS AS NOSSAS CABEÇAS E NÃO NOS DEIXEMOS ABATER!
“Por que saí do ventre materno? Só para ver dificuldades e tristezas, e terminar os meus dias na maior decepção? Quero trazer à memória o que me pode dar esperança”. Jeremias 20.18; Lamentações 3.21.
Gostaria de trazer encorajamento a todos os
cansados e sobrecarregados. Nos dias do profeta Jeremias o povo de Deus
enfrentou o duro cativeiro de Babilônia. A visão da realidade daqueles dias era
aterradora sob todos os aspectos. O peso na alma do profeta era grande demais
por tudo que ele estava testemunhando. Certamente os especialistas nas doenças
da alma enxergariam aqui uma depressão profundíssima. Creio que eles estariam
certos, não tem como não se deprimir! Vivemos dias de desesperança, tristeza e
decepção! Nunca os sinais apocalípticos foram tão visíveis e reais. O que o
texto nos leva a refletir? O livro das Lamentações apesar de ser considerado um
poema fúnebre para o funeral nacional traz essa nota de alento para os
entristecidos e decepcionados de todos os tempos.
A pergunta do profeta tem reverberado nos
lábios de muitos de nós, por tudo que temos visto e ouvido à nossa volta. Há
perplexidade e angústia por toda parte. A desesperança parece contaminar mesmo
os cristãos mais fiéis. Isto não é sinal de fraqueza, mas de humanidade à flor
da pele. Parece que há um complô das trevas para entristecer e roubar o viço e
a alegria. O que fazer diante de tudo isto? Esta é outra pergunta que não quer
calar! Ah, se o Senhor fendesse os céus e descesse como ansiaria outro profeta!
A tristeza e a decepção que esmagaram o coração do profeta parecem atingir em
cheio os nossos corações nos últimos tempos.
Será que há saídas? Recorremos à fonte que é a Santa Palavra de Deus, a
nossa única regra de fé e prática. No livro das lamentações deste mesmo profeta
encontramos uma declaração de Jeremias que norteia a saída que esperamos. Do
fundo do poço Jeremias olha para cima e brada: “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança”. Sim, busquemos
essa Esperança viva que não decepciona, nem entristece jamais. Não nos deixemos
contaminar com a tristeza vigente. Nem nos assustemos com os sinais. Busquemos
o Senhor de todo o nosso coração e nos encorajemos mutuamente.
Busquemos em nossos depósitos espirituais o
que nos pode trazer esperança. E o que nos pode trazer essa esperança de que
tanto precisamos? Primeiro as misericórdias do Senhor que se renovam a cada
manhã e são a razão de não sermos consumidos. Lembremo-nos também da fidelidade
do Senhor. Sim, Ele é Fiel e não desampara as obras de suas mãos. O Senhor era
a porção do profeta e é a nossa. Ele é o que temos de fato. Não coloquemos em
homens a nossa confiança e esperança. Nele esperamos confiantemente como o
salmista no salmo quarenta. Lembremo-nos ainda da bondade do Senhor. Esperar em
Deus é a grande saída para as nossas desditas. Abriguemo-nos à sombra de suas
asas até que passem as calamidades. Sim, porque elas passam. Em seu sermão
escatológico em Lucas 21, Jesus diz: “Quando
começarem a acontecer estas coisas, levantem-se e ergam a cabeça, porque estará
próxima a redenção de vocês". Ergamos as nossas cabeças, não nos
deixemos abater, a nossa redenção se aproxima! Maranata, ora vem Senhor Jesus! Nadia
Malta
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