ABRE OS NOSSOS OLHOS, Ó SENHOR!
“Abre os meus olhos para que eu veja as maravilhas da tua lei. Faze-me discernir o propósito dos teus preceitos, então meditarei nas tuas maravilhas”. Salmos 119.18, 27.
O povo de Deus precisa ver além e buscar
discernimento. Hoje é o primeiro dia do novo ano. Tudo que vivemos até aqui foi
extremamente difícil e doloroso. Foram muitas perdas de entes queridos, muitas
agonias vividas, mas estamos aqui para contar a história e glorificar o nosso
Senhor por tudo que Ele por sua graça tem nos concedido apesar de nós!
Aprendemos grandes lições no ano findo! Gostaria de adentrar o novo ano com um
pedido especial: Para que os nossos olhos sejam desvendados! A Palavra de Deus
já foi revelada, mas os nossos olhos precisam ser desvendados para
compreendê-la e só Ele pode fazer isso! O que a oração do salmista pede nos
versículos citados? Ele pede que seus olhos sejam abertos, desvendados para que
ele veja, contemple as maravilhas da lei do Senhor. O mandamento é puro e santo
e precisa ser visto alem da letra da Lei. Ele pede que o Senhor o faça
discernir o propósito dos seus preceitos para que ele possa meditar nas suas
maravilhas. O salmista não quer ser impulsivo em seu julgamento das situações.
O que esta oração do salmista nos leva a
refletir em nosso tempo? O Senhor é quem dá tanto a revelação escrita quanto
desvenda os nossos olhos para que saibamos compreender aquilo que está escrito.
Como podemos meditar em algo que não compreendemos? É o Santo Espírito que nos
faz lembrar o que aprendemos e também nos ensina, nos capacitando a aplicar. Precisamos
receber do Senhor entendimento não só para meditar, mas para aplicar. Somos
chamados a exercitar a misericórdia. Notemos que o salmo todo está cheio de
expressões do tipo: Dá-me luz! Abre meus olhos! Faz-me discernir! Dá-me
entendimento! Ajuda-me a meditar! São expressões recorrentes aqui. Atentemos
para elas! Acho que isto quer nos dizer algo, não? Assim não nos arvoremos em teólogos
precipitadamente! Isto tem levado a muitos a percorrerem o caminho árido do
farisaísmo contemporâneo. Os escribas e fariseus estudavam incansavelmente a
letra da Lei, mas tinham os olhos vendados ao Espírito da Lei. Conhecimento
desprovido de sabedoria e discernimento é algo temível, pois torna o homem
cego. E todo zelo cego é perigoso! É fanatismo.
Que neste novo ano possamos fazer diferente
e buscar um relacionamento estreito com o Cristo Vivo. A Palavra já nos foi
dada. Mas o preceito não é algo árido. O mandamento é vida. E está lá o tempo
todo, mas precisa do holofote do céu para ser percebido, meditado, assimilado
e, sobretudo, aplicado com graça e misericórdia! Não é incomum encontrarmos
servos do Senhor perplexos se fazendo a seguinte pergunta: “Por que não vi isso
antes!”. É como aquelas saídas pelas quais oramos tanto. Pareciam estar lá o
tempo todo, mas não víamos. Os olhos ainda não haviam sido desvendados pelo
Senhor. O mais interessante desse desvendar de olhos é que tem um tempo certo
para acontecer com cada um de nós. Ninguém pode abreviar ou postergar tal
momento. Nem os teólogos mais experientes podem fazer nada a esse respeito! Que
neste novo ano recebamos discernimento! Deixemos a luz do céu entrar, como diz
a letra do velho hino! Nadia Malta
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