VIVEMOS TEMPOS “DESCONEGRIDOS”!
Estranhou a palavra? Pois é! Esta palavra é uma espécie de
neologismo usado por certo homem de Deus de saudosa memória sempre que as
coisas fugiam ao entendimento. Era uma maneira de definir o indefinível, de
nomear o inominável. Tudo que temos visto e experimentado nesses dias nos
parece sim absolutamente “desconegrido”. Estamos vivendo uma pandemia por um
vírus extremamente letal que tem deixado um rastro de mortes absurdo. Contudo,
podemos testemunhar outra pandemia não menos letal. Assistimos impotentes a
pandemia da falta de caráter, de ética, de moral, de lisura, do desprezo pela ciência
em detrimento de “achismos”, da falta de transparência, dos fóruns
privilegiados que têm premiado a impunidade. Tudo isso por meio de tramas
infernais feitas na calada da noite para lesar uma população já tão combalida
pelos reveses da vida. Há um descaso generalizado, sobretudo, com os mais
carentes. Até a Palavra de Deus tem sido usada sem temor e absolutamente fora
do seu contexto, como aconteceu há mais de 2000 anos no deserto da Judéia para tentar
o Filho de Deus. Ah se o povo da cruz entendesse a força que tem à sua
disposição!
A cada dia somos surpreendidos com notícias avassaladoras
vindas de todas as instancias do poder constituído, que devastam a nossa alma
sabotando a nossa confiança e esperança já tão mortalmente feridas. É preciso
acordar, mais que isso, despertar e buscar as armas certas para combater tudo que
tem nos assolado. As armas espirituais mais potentes: A fé e a oração. É
preciso nos livrar do viés partidário, abandonar os políticos de estimação e
clamar com toda força dos nossos corações, para que Deus revele totalmente e de
maneira irrefutável os planos das trevas e traga tudo que está oculto à luz.
Nunca vimos algo dessa magnitude. Que os verdadeiros cristãos que de fato,
conhecem a Verdade (Cristo), possam ser libertos por ela. Que não nos deixemos
enganar por palavras persuasivas de uma falsa religiosidade. Sem nos esquecer
que nem todo aquele que diz: “Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus”! “Não
há um justo, nenhum sequer”! Não há um senso de bem comum, antes há uma disputa
animal por bens particulares, por enriquecimento ilícito, por privilégios sem
méritos. Muitos têm feito seus palanques vergonhosamente sobre os túmulos e os
leitos das vitimas da pandemia física e isto sem pudores.
O amor tem esfriado radicalmente dos corações, mais que
isso, tem congelado. A compaixão já não existe, a empatia muito menos. Nesses
dias entre tantos casos inomináveis vimos o de uma mulher que matou cruelmente
seu filho de 11 anos, dentre outras histórias escabrosas. Misericórdia, Senhor!
Acode-nos! A violência doméstica tem se multiplicado de uma forma assustadora
nesses dias. Olhar para Brasília dá náuseas. Olhar para os centros políticos
dos estados e municípios nos deixa atônitos, perplexos, sem ar. Tudo fruto das
nossas escolhas malditas. Meu pai contava que houve um crime bárbaro na Cidade
de Patos na Paraíba nos idos da década de trinta. O criminoso era filho de uma
família influente e abastada da cidade. Aconteceu o julgamento e o tal
criminoso foi inescrupulosamente inocentado, algo que causou uma revolta geral.
Pois bem, na manhã seguinte do dito julgamento, um dos inúmeros doidos que
perambulavam nas ruas da cidade andava de um lado para outro em frente à casa
do juiz olhando para o chão. Aquele doidinho que parecia mais lúcido que os
demais habitantes ao ser indagado sobre o que procurava, ele respondeu: “A
justiça de Patos que o diabo carregou”. Parece que o aconteceu conosco foi
infinitamente pior que o que aconteceu naqueles dias. O “Encardido” alem de
carregar a nossa justiça, também carregou a vergonha, a ética, o caráter, a
honestidade e outras tantas coisas através dos seus muitos adeptos. Não
ponhamos a nossa mão no fogo por nenhum político são todos “farinha do mesmo
saco” e mais cedo ou mais tarde se revelam e dizem a que vieram. Pensar, assuntar,
refletir, pesar prós e contras não dói. Sejamos simples como as pombas e
prudentes como as serpentes. Parece que os filhos das trevas realmente são muito
mais hábeis que os filhos da luz! Não precisamos de máscaras e sim de uma
armadura! Tempo de despertar e aprender a discernir! Nadia Malta
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