MEU DEUS QUE TEMPO É ESTE?
Temos tido tempo de sobra para meditar
sobre o tempo atual. Não tem sido fácil viver em nossos dias! A palavra para
descrever os dias maus que temos vivido é Perplexidade, assombro! São muitas as
disparidades. São muitos os sobressaltos! Parece que de repente tudo virou de
cabeça para baixo. E é inevitável os pensamentos que brotam aos borbotões:
Alguns tristes, outros inquietantes, outros ainda nos deixam um frio na boca do
estômago, uma sensação de nó na garganta que parece não ter fim! Não tem sido
fácil engolir tudo que nos tem sido oferecido sem ânsia de vômito. Misericórdia!
Não me lembro de ter vivido dias de tanta
inquietude nesses sessenta e tantos anos. Há uma falência generalizada da
confiança. As instituições perecem que entraram em colapso. É triste não saber
em quem confiar e assistir passivamente a mentira, a falta de discernimento, a
manipulação, a inversão de valores, o desequilíbrio armarem tendas e se
estabelecerem nas mais diversas áreas. Os poderes constituídos não se entendem,
especialmente em uma hora que precisamos de unidade. O que temos visto? Lideres
se digladiando por tudo e por nada! Parece que há um complô das trevas para nos
desestabilizar, nos tirar do eixo. Há uma “labirintite institucionalizada”! Ouvimos
os noticiários trazidos pelas mais diversas mídias e ficamos pasmados. Uns
dizem de um jeito outros de outro, sempre carregando nas tintas. Tenho pensado
muito nesses dias e talvez essa pandemia não seja uma inimiga em si mesma, mas
um instrumento de revelação de tudo que estava oculto, dos sentimentos às
ações, das intenções ao caráter de muitos. Tudo tem sido manifesto com uma
fluidez espantosa, de maneira irrefutável. E creio que muito mais coisas ainda
veremos. Quem (sobre)viver verá! Que aqueles que têm sensibilidade espiritual
saiam fortalecidos de tudo isso!
A sensação que temos é de uma enchente
devastadora que faz emergir um mar de detritos cada vez mais apodrecido e
fedorento. Até quando? Que tempo é este? O que ainda está por vir? São
perguntas que não querem calar! E talvez fiquem sem resposta! Nunca as relações
estiveram tão caóticas, tão conflituosas, não só no âmbito familiar, que já é
um capítulo à parte, mas em todos os níveis. Tem havido um sem número de casos
de agressões absolutamente gratuitas. Como se não bastasse os efeitos
devastadores dessa pandemia assoladora, que produz aos montes mortos que não
podem ser velados nem floridos e quando muito chorados em isolamentos. Ainda
temos que conviver com homicídios, feminicídios. Ânimos exaltados produzindo
violência por toda parte. Que Deus tenha misericórdia de nós!
Há aqueles que acreditam que tudo vai ser
diferente depois dessa pandemia. Infelizmente creio que as mudanças podem até
ocorrer, mas para pior. Negativismo? Não. Realismo! Não tem como fazer uma leitura
diferente de tudo que nos tem sido mostrado. Infelizmente, o que tem emergido
dos porões da maioria das almas obscuras, com raras e honrosas exceções, é
desalentador. É triste assistir aqueles que tentam tirar vantagem financeira
com compras de equipamentos superfaturados em um momento em que todos nós estamos
na mesma tempestade, embora em barcos diferentes. É triste ver outros tipos de
conchavos políticos, sobretudo, para garantir a perpetuação do poder. A velha
política mostrando as suas garras. Só tenho vontade de chorar e pedir parada no
mundo para descer. Felizmente podemos dizer como o salmista: “Elevo os meus olhos para os montes, de onde
me virá o socorro? O meu socorro vem do Senhor que fez os céus e a terra”! Creio
numa intervenção poderosa do Céu! Que Deus nos ajude! Nadia Malta
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