DIA DAS MÃES EM TEMPOS DE PANDEMIA!
Nesses dias temos vivido uma pandemia quase sem precedentes. Uma assolação
que atingiu a terra inteira. Um vírus letal que veio para por um freio aos
desvarios do mundo inteiro. A terra está em quarentena total ou parcial! Ou em
outras palavras como li recentemente: “Deus botou a humanidade inteira no
cantinho do pensamento”! Tomara que ela não se distraia e pare para pensar. No
meio disso tudo chegou o Dia das Mães tão esperado, especialmente pelo comércio,
que este ano amarga seus prejuízos. Mãe de verdade, coisa cada vez mais rara, diga-se
de passagem, é um ser indizível. Vivemos um tempo de outra pandemia! Esta é
muda, quase que invisível em meio aos agitos da vida é a pandemia do descaso da
desatenção, insensibilidade, da indiferença com aqueles que nos deram a vida,
mais especialmente as mães. Mais uma vez falo de mães de verdade, as abnegadas, as que
se doam, que abrem mão de tantas coisas em função da maternidade, sem
cobranças. Por saberem-se galardoadas por Deus com a dádiva de serem mães, elas
se sentem responsáveis e entendem que precisam dar conta da mordomia entregue
pelo Senhor em suas mãos. Ah, elas são capazes de tudo, tiram até leite de
pedra se for preciso, quando o que está em jogo é a vida e a integridade do seu
filho! Há aquelas que geraram no ventre, mas jamais geraram no coração. E mãe
de verdade é a que gera no coração.
O mundo vive um tempo de recolhimento, de
parada obrigatória. Não para as mães! Elas não têm tempo a perder. Agitam-se de
um lado para o outro sempre às voltas com o que fazer. Há providencias a tomar!
Há Sempre um pensamento voltado para os filhos tenham eles a idade que tiverem.
São sempre alvos de suas preocupações, de muitas insônias e, sobretudo, de suas
orações mais inflamadas! Não há homenagem suficiente para essas guerreiras
incansáveis. Hoje de modo especial quero trazer a minha mais sincera a algumas
mães em especial. Primeiro, às mães que perderam seus filhos, eles voltaram
para casa do Pai antes do combinado. Essas mulheres choram esses filhos e
sentem uma saudade incurável, pois um pedaço dos seus próprios corações foi
sepultado com eles. O tempo acomoda as coisas, mas não cura, ameniza a dor, mas
não a anestesia completamente o sofrimento. Filhos que perderam suas mães são
órfãos, mas como chamamos as mães que perderam filhos? Talvez a expressão que
mais se aproxime dessa triste realidade é “Vida Amputada no coração!”. O que
podemos fazer efetivamente é orar por elas para que consigam combater o bom
combate de um viver “desfilhado”, completar suas jornadas guardando a fé,
apesar dos pesares. Há aquelas que deram tudo de si e ainda assim seus filhos
enveredaram pela marginalidade. As mães dos filhos que caíram na delinquência são incansáveis em sua luta pela restauração de suas vidas. Elas viajam longas
distancias para visitá-los nos presídios, passam pelo constrangimento das
revistas íntimas para poder ver e assistir seus filhos em condições
sub-humanas. O que aconteceu que se perderam no caminho? Essa é uma pergunta
que martela no coração dessas mães. Que o Senhor escute essas orações e as
acalente com a restauração de seus filhos.
Há aquelas que têm filhos ausentes,
desatenciosos, omissos, desatentos, desonrosos, que perderam a capacidade de
enxergar. Filhos que são como o Mar Morto! Recebem e recebem, sem dar nada em
troca. São os que cobram e tiram proveito. Esses perderam a sensibilidade de
perceber olhares cansados, mãos já sem a firmeza de outrora, pés trôpegos. Nada
é mais significativo que um telefonema ao meio do dia perguntando se está tudo
bem. Os presentes obrigatórios, porque a data exige, não têm importância ou
valor algum. Atitudes importam mais que
coisas. Para todas as mães e especialmente às citadas a nossa homenagem em
forma de silencio. Que os filhos meditem na maneira como têm tratado as suas
mães! Que as bênçãos do Eterno desçam sobre todas as mães! Nadia Malta
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