SE
JÁ TEMOS A GRAÇA DE DEUS TEMOS TUDO!
“E, para que não me ensoberbecesse com a
grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de
Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte. Por causa disto, três
vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. Então, ele me disse: A minha graça
te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais
me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo”.
2 Coríntios 12:7-9.
Encorajemo-nos
uns aos outros, como povo de Deus a desfrutar da sua suficiente graça em toda e
qualquer situação. O texto todo vai do versículo um ao dez e fala de uma
experiência pessoal do apóstolo Paulo, através da qual ele é arrebatado até o
terceiro céu e recebe da parte de Deus palavras e revelações que não devem ser
compartilhadas. Os oponentes de Paulo,
no entanto, se gabavam de receber grandes revelações de Deus, das quais tiravam
doutrinas e ensinos contrários às Escrituras. Essa tendência é antiga! Paulo
então, sem querer descer a detalhes fala também dessa sua tremenda experiência
pessoal, sem, contudo, tirar dali quaisquer ensinamentos alem daquilo já
revelado nas Escrituras. A idéia Central aqui é mostrar que, as revelações e
visões dadas por Deus aos seus filhos têm a finalidade de fortalecê-los,
amadurecê-los e encorajá-los ao passar pelas dificuldades. Não são para
auto-promoção espiritual. É muito comum hoje a comercialização das pretensas
experiências pessoais com Deus. Muitos tiram dessas experiências, ensinos e
“revelações” absolutamente contrários à Palavra de Deus. Estabelecem doutrinas
para impressionar os incautos e muitos problemas têm sido criados nas igrejas a
partir daí. A experiência de Paulo nos ensina que devemos guardar conveniente e
humildemente os nossos momentos de enlevo e intimidade com Deus. É preciso
saber o que devemos falar e o que não devemos. Quanto maior for a obra que O
Senhor tem para fazer através de nós, maiores serão as experiências com ele. A
concessão delas nos encoraja e fortalece para não desfalecermos no caminho ao
enfrentarmos as oposições que se levantam contra nós. De uma coisa o texto nos
dá absoluta certeza, há coisas que nos afligem, pelas quais oramos e o Senhor
nos livrará, outras, no entanto, vão permanecer em nós ou conosco como espinhos
em nossa carne para não nos ensoberbecermos.
O
texto todo nos mostra três momentos da experiência de Paulo, dos quais tiramos
preciosas lições: Deus honrou a Paulo, fortalecendo-o e encorajando-o, com uma
grande visão do céu; Deus humilhou a Paulo para que ele não se ensoberbecesse;
Deus o ajudou com a sua suficiente graça. Paulo desde a sua conversão na
estrada de Damasco teve grandes visões espirituais. Além dessas visões
especiais relacionadas ao seu chamado ministerial, Paulo recebeu da parte de
Deus uma rara compreensão das Verdades e do Plano do Senhor. Contudo, nada
daquilo que ele recebeu estava fora ou ia de encontro às Escrituras. O Senhor
também honrou a Paulo levando-o ao céu e depois o trazendo de volta a terra.
Quando ele falou dessa experiência fazia já catorze anos que ela havia
acontecido. Aquilo tudo fora tão maravilhoso, que o apóstolo não estava certo
se Deus o havia levado fisicamente ou se apenas o seu espírito havia sido
levado. O certo é que ele havia estado lá. Temos a impressão que ele vivia
embalado por aquela experiência maravilhosa, mesmo sendo “esbofeteado pelo
espinho na carne”. Deus além de levá-lo até o céu, também permitiu que ele
ouvisse “palavras inefáveis”. Paulo ouviu segredos divinos, compartilhados no
céu; por Deus e pelos seres celestiais, mas impronunciáveis pelos seres
humanos. Essa visão do apóstolo deu-lhe forças em sua vida e ministério. Apesar
de não termos tido a experiência de Paulo, a Bíblia diz que estamos “assentados nas regiões celestes”. Uma
honra como esta teria enchido de orgulho muitas pessoas. Certamente teriam
espalhado tal notícia para o mundo inteiro tornando-se famosas. Paulo deu ao
Senhor toda honra e toda a glória daquela experiência maravilhosa, por reconhecer-se
indigno dela.
Deus
sabe como equilibrar a nossa vida. A experiência de Paulo no céu poderia ter
estragado seu ministério na terra; mas Deus em sua bondade permitiu que satanás
o “esbofeteasse”, para evitar que ele se tornasse orgulhoso. Nem sempre o
sofrimento é o resultado de pecado ou desobediência; o Senhor pode escolher nos
disciplinar através desse instrumento. O sofrimento pode ser um grande formão
de Deus para esculpir em nós um caráter piedoso e dependente de Cristo. Paulo
recebeu “um espinho na carne” para guardá-lo do pecado do orgulho. Uma
experiência como aquela poderia inflar o seu ego e o Senhor que conhece os
corações sabe que a soberba conduz a várias tentações nos dá um exemplo de
humildade. Não se sabe ao certo o que era esse “espinho na carne” de Paulo, mas
sabemos que aquele espinho trazia muito sofrimento ao apóstolo. Satanás recebeu
permissão para “esbofeteá-lo”, mesmo o apóstolo tendo como disse certo autor,
um ministério profícuo: ele tinha cartas a escrever, viagens a fazer, sermões a
pregar, igrejas a visitar e a fundar e perigos a enfrentar enquanto ministrava.
O Senhor conhecia o coração do apóstolo e sabe por que permitiu tanto
sofrimento. Paulo pediu três vezes que Deus o livrasse daquele “espinho”, mas a
resposta não veio. Pelo menos, não do
jeito que ele esperava. Tem sido ensinado por muitos mestres da atualidade que
se obedecermos a Deus e nos apropriarmos de tudo que temos em Cristo, jamais
passaremos por enfermidades ou sofrimentos. Será que encontramos esses ensinamentos
nas Escrituras? O Senhor não prometeu isso aos cristãos do Novo Testamento. Que
contraste gritante entre as duas experiências: Paulo passou do paraíso à dor;
da glória ao sofrimento; do êxtase à agonia. Aprendemos aqui que uma só
experiência de glória o preparou para as constantes experiências de sofrimento.
O “espinho na carne” era a mensagem de satanás a Paulo; mas Deus tinha outra
mensagem para ele acerca de sua maravilhosa e suficiente graça. Não lhe foi
permitido compartilhar conosco as palavras ouvidas no céu; mas ele pode
compartilhar as palavras que Deus lhe dera na terra. Palavras de grande
estímulo para nós até hoje. Graça não é só o favor imerecido de Deus apenas no
que tange a salvação, mas é a provisão de Deus para tudo que precisamos, quando
precisamos. A graça de Deus é suficiente em toda e qualquer situação. Se ela é
suficiente para nos salvar, sem dúvida é suficiente para nos guardar,
fortalecer e sustentar, sobretudo nos momentos de grande sofrimento. Note que
Deus não deu nenhuma explicação a Paulo, em vez disso deu-lhe uma promessa: “a
minha graça te basta”. Não vivemos de explicações, vivemos de promessas. Deus
transformou a fraqueza de Paulo em força. Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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