“O
SENHOR ENTRA EM NOSSA CASA POR PURA GRAÇA!”
“Então, Jesus foi com eles. E, já perto da
casa, o centurião enviou-lhe amigos para lhe dizer: Senhor, não te incomodes,
porque não sou digno de que entres em minha casa. Por isso, eu mesmo não me
julguei digno de ir ter contigo; porém manda com uma palavra, e o meu rapaz
será curado”. Lucas 7:6,7.
Em
todo o capítulo sete de Lucas encontramos Jesus ministrando sua autoridade
compassiva sobre os aflitos e abatidos de espírito de todo o tipo. Ele aqui se
depara com a agonia de um centurião por causa do seu servo à beira da morte;
com uma viúva que acabara de perder seu único filho; com um profeta perplexo,
cheio de dúvidas e com uma pecadora arrependida. Todos carecendo desesperadamente
da compaixão de Jesus. E Ele socorreu a todos. Gostaria de me ater ao primeiro
caso relatado no capítulo: O caso do oficial romano cuja fé causa admiração no
mestre (VS.1-10). Alguém definiu compaixão como: “a dor do outro em meu
coração”. Enquanto a justiça busca apenas os méritos, a compaixão considera
apenas a necessidade. Nenhum de nós é digno que o Senhor entre em nossa casa,
mas ele o faz por pura graça. Conta-se que Jesus admirou-se poucas vezes: em Cafarnaum
com a fé desse gentio; em Nazaré com a incredulidade dos judeus com a fé da
mulher gentia cuja filha estava endemoninhada; Note que tanto no caso do servo
do centurião quanto da mulher siro-fenícia ele curou à distancia. Nunca se fez
tão necessário compreender a autoridade do Cristo vivo. Jesus de Nazaré detém
uma autoridade que nenhum outro detém: Deus o fez Senhor e Cristo. Poderíamos
até contra argumentar: Mas Jesus é Deus! Sim, 100% Deus e 100% homem e foi em
sua humanidade que ele nasceu, viveu, morreu e foi ressuscitado pelo Pai. O apóstolo
Paulo fala dessa perfeita humanidade de Cristo da seguinte maneira em Fp.
2.6-11: “Pois ele, subsistindo em forma
de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se
esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e,
reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até
a morte e morte de cruz. Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho, nos
céus, na terra debaixo da terra, e toda língua
confesse que Jesus Cristo é Senhor, para a glória de Deus Pai”.
Para
que tenhamos vitória sobre as assolações que nos abatem, precisamos compreender
pela fé o tamanho da autoridade do Senhor Jesus Cristo sobre tudo e sobre
todos. Através Dele restauramos a conexão com Deus e com o nosso próximo nos
tornando canais de cura, de salvação, de libertação, de renovo. Quais os
elementos da fé daquele centurião: Profunda Humildade; A Profunda Confiança na
Autoridade de Cristo sobre todas as forças invisíveis que flagelam a
humanidade; O Bom Testemunho desse homem; O seu Reconhecimento do Senhorio
absoluto de Cristo. Esse homem comandante romano de uma centúria (100 soldados)
era um gentio, um pagão, soldado treinado para ser auto-suficiente, mas ainda
assim dirige-se a um pobre rabino e busca a sua ajuda. O homem para quem o
Senhor olha é o abatido e contrito de espírito e que treme da sua Palavra. Este
acha o favor de Deus. A humildade é o atributo que mais toca o coração do Pai,
porque através deste atributo o homem proclama a sua profunda dependência do
Senhor.
Note
bem, para que uma ordem dada por uma figura de autoridade humana seja cumprida,
essa autoridade não precisa necessariamente estar presente. Aquele centurião
embora gentio compreendeu que Jesus era infinitamente superior a todas as criaturas.
Ele poderia com maior facilidade ordenar e realizar milagres à distancia. Agora
uma pergunta inevitável: Se aquele gentio, sem qualquer conhecimento da Palavra
de Deus pode discernir, por que então nós que recebemos Jesus como Senhor e
Salvador não conseguimos? Os próprios judeus inimigos dos romanos davam bom
testemunho sobre esse homem. Vivemos um tempo em que nem os próprios familiares
conseguem dar bom testemunho uns dos outros, misericórdia! Testemunhar é
mostrar as evidencias. No caso dos que servem a Jesus, testemunhar é mostrar as
evidencias da conversão, ou seja, frutos dignos de arrependimento. É no dia a
dia, é na comunhão, é no andar lado a lado. A palavra do Senhor diz: “seja outro que te louve, não a tua boca”.
As palavras desse centurião causam profunda admiração em Jesus. É admirável a
atitude desse homem porque para os romanos apenas Cezar era senhor. O resultado
desta manifestação de fé na autoridade suprema de Jesus podemos conferir no
versículo 9: “E, voltando para casa os
que foram enviados, encontraram curado o servo”. Que hoje cada um de nós
possa dizer: “SENHOR, EU NÃO SOU DIGNO QUE ENTRES EM MINHA CASA, MAS MANDA COM
UMA PALAVRA E MEU MILAGRE VIRÁ!”. Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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