PRATIQUEMOS
A SANTA PALAVRA DE DEUS!
“Sabeis estas coisas, meus amados irmãos.
Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se
irar. Porque a ira do homem não produz a justiça de Deus. Portanto, despojando-vos
de toda impureza e acúmulo de maldade, acolhei, com mansidão, a palavra em vós
implantada, a qual é poderosa para salvar a vossa alma. Tornai-vos, pois,
praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos.
Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não praticante, assemelha-se ao homem
que contempla, num espelho, o seu rosto natural; pois a si mesmo se contempla,
e se retira, e para logo se esquece de como era a sua aparência. Mas aquele que
considera, atentamente, na lei perfeita, lei da liberdade, e nela persevera,
não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será bem-aventurado
no que realizar. Se alguém supõe ser religioso, deixando de refrear a língua,
antes, enganando o próprio coração, a sua religião é vã. A religião pura e sem mácula, para com o nosso
Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si
mesmo guardar-se incontaminado do mundo”. Tg. 1. 19-27.
No
texto lido Tiago chama a atenção dos seus leitores para a seriedade da prática
da Palavra de Deus por aqueles que a professam. Muitos em nosso meio têm vivido
no engano. Falam como cristãos, gesticulam como cristãos, usam cacoetes e
jargões cristãos, até carregam uma Bíblia debaixo do braço, mas estão longe de
serem chamados de filhos de Deus. Tudo por causa do testemunho dado fora dos
guetos cristãos. A experiência real da salvação produz uma profundíssima
alteração na essência do ser humano. O ato de Nascer de Novo é algo que vai
além do entendimento humano, pois mexe com as estruturas não apenas emocionais,
mas espirituais do homem. O nosso espírito é recriado pelo Espírito de Deus, é
o que os teólogos chamam de regeneração. É a única chance que temos de
recomeçar do zero. Através dessa experiência nos tornamos Novas Criaturas, as
coisas velhas passam e tudo se faz novo. Que hoje possamos repensar nossa
própria postura espiritual e nossa responsabilidade para com a Palavra de Deus
e sua prática. Para que obtenhamos vitórias em nossas lutas diárias de nada
adianta as correntes de oração, os jejuns intermináveis, os sacrifícios de
tolos. O que o Senhor requer de nós é unicamente obediência à sua Santa
Palavra, ouvir sem praticar é negligencia. E muitos a têm negligenciado
deliberadamente para sua própria ruína.
O
texto afirma que temos três responsabilidades em relação à Palavra de Deus:
Precisamos recebê-la; Precisamos praticá-la e compartilhá-la. É necessário ter
um coração preparado, como um solo que se prepara para receber a boa semente.
Vamos arrancar as ervas daninhas (impurezas e acúmulo de maldade) e arar o
nosso coração regando-o com lágrimas de genuíno arrependimento para que a
semente da Palavra brote e frutifique, trazendo novidade de vida. Quando
recebemos a Palavra com mansidão, sem ira ou revolta e acatamos o que ela diz,
ela começa a gerar a vida de Deus em nosso coração. O apostolo João diz: “Os
mandamentos do Senhor não são penosos”. Para quem esses mandamentos não são
penosos? Para os eficazmente chamados, regenerados pelo Espírito Santo. A
Palavra do Senhor não voltará vazia, atingirá o propósito para o qual foi
designada: Salvar ou condenar. Os que acreditam que são espirituais só porque
ouvem a Palavra de Deus, enganam-se a si mesmos. Receber a palavra e praticá-la
habilita para pregá-la. Aqui Tiago compara a Palavra com um espelho revelador.
O espelho tem essa função de revelar o que está torto, fora do lugar. O exame
das Escrituras deve ser cuidadoso, sob a orientação do Espírito Santo. Ao
lermos a Palavra precisamos aprender a perguntar ao Espírito de Deus: Como essa
verdade se aplica a mim? Uma leitura superficial das Escrituras jamais revelará
nossas necessidades mais profundas. Por isso que muitos até leem, mas não são
transformados, porque pela superficialidade, logo se esquecem do que leram.
Tiago chama a Palavra de Lei Perfeita, Lei da Liberdade. Além de salvadora,
transformadora, a Palavra do Senhor é libertadora.
Compartilhamos
a Palavra de várias maneiras, Tiago aqui, nos aponta três delas: O falar sadio.
Cuidado com a língua acusadora e maldizente. A palavra do cristão deve ser
agradável, sadia, temperada com sal e deve transmitir graça aos que ouvem. A
língua revela o coração, aliás, “a boca
fala do que ele está cheio”. A linguagem do cristão deve ser cuidadosa. Uma
língua controlada revela um corpo controlado. O serviço abnegado que inclui o
exercício da compaixão, bem como o comprometer-se com a obra de Deus. A palavra
também pode ser compartilhada através desse serviço ao próximo. Tenhamos também
zelo pela obra do Senhor, pois “maldito o
que faz a obra do Senhor relaxadamente”. O mundo deseja corromper o cristão
e contaminá-lo. Manter-se incontaminado do mundo é o grande desafio do fiel.
Para tal não podemos perder de vista a nossa separação das práticas mundanas,
estamos no mundo, mas não fazemos parte dele. O maior sermão que podemos pregar
é com as nossas atitudes em relação ao Senhor, aos irmãos e a obra de Deus.
Fomos chamados para ser sal, luz e perfume, nos portemos como tais. Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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