terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Meditação/Nadia Malta/NÃO HÁ CASOS PERDIDOS PARA DEUS!


NÃO HÁ CASOS PERDIDOS PARA DEUS!
                                                                  
Ele, angustiado, suplicou deveras ao Senhor, seu Deus, e muito se humilhou perante o Deus de seus fez-lhe oração, e Deus se tornou favorável para com ele, atendeu-lhe a súplica e o fez voltar para Jerusalém, ao seu reino; então, reconheceu Manassés que o Senhor era Deus”. 2 Crônicas 33:12,13.                                 

Continuemos orando por todos aqueles que ainda estão distantes de Deus, mesmo que pareçam irrecuperáveis. Esse capítulo mostra a história do rei Manasses de Judá, cujo reinado foi o mais desastroso por causa da sua impiedade. Interessante ler todo o relato para termos uma noção exata da vida daquele rei, que parecia um caso perdido. A idéia central aqui é evidenciar que a graça irresistível de Deus pode alcançar o mais vil pecador, mesmo que aos olhos humanos ele pareça irrecuperável. Vamos tentar entender melhor este relato. Manassés foi o 13º rei de Judá, era filho do rei Ezequias, que foi um homem bom e piedoso e fez o que era reto perante o Senhor. Ele começou a reinar com 12 anos e reinou por 55 anos em Judá; teve um período de co-regencia com seu pai Ezequias. Seu nome Manassés significa “aquele que esquece” – e foi exatamente o que ele fez, esqueceu-se do Senhor à despeito de tudo que viu e ouviu com a piedade do seu pai, fez o que era mau perante o Senhor. Embora em sua vida tenha tido muitos privilégios e oportunidades, desperdiçou tudo. Era um rebelde sem causa como tantos que vemos em nossos dias e enveredou por um caminho de malignidade. Os noticiários, bem como a própria história geral nos dão conta do enorme rol de homens e mulheres malignos: Assassinos, feiticeiros, monstros pervertidos, traficantes, estupradores, déspotas sanguinários, traidores, parricidas, matricidas, pedófilos, sequestradores, canibais. A lista, na verdade é interminável. É difícil para nós imaginar os responsáveis por crimes e tragédias salvos em Cristo. Pois, afirmo que teremos grandes surpresas no céu!

Quando ouvimos menção dessas pessoas e suas práticas malignas, a nossa reação é de indignação e nossa tendência é de achar que não há salvação para elas. Julgamos e condenamos sumariamente porque duvidamos da graça de Deus, bem como do poder regenerador do Espírito Santo. Na verdade a graça de Deus só se discerne pelo Espírito de Deus. A história do rei Manasses, nos dá a impressão que foi registrada nas páginas da Bíblia Sagrada para mostrar que a graça de Deus é infinitamente maior e mais poderosa que o pior pecado que o homem possa cometer. O Apóstolo Paulo em Rm 5.20 diz: “Onde abundou o pecado, superabundou a graça”. Afinal, quais os pecados de manasses? Ele liderou o povo a pecar contra Deus; Ele profanou a casa de Deus; Ele transformou-se num feiticeiro; Queimou seus filhos como oferta aos deuses estranhos; Ele derramou muito sangue inocente. Ele usou a sua influência para desviar as pessoas de Deus. Ele levou a nação a fazer pior que as nações pagãs. Prostrou-se diante de todo o exército dos céus. Era um viciado em astrologia. Ele introduziu ídolos abomináveis no templo do Senhor. Profanou e insultou a santidade de Deus. Chegou ao ponto de sacrificar seus próprios filhos queimando-os vivos a Moloque (deus pagão). Era adivinho e agoureiro. Tratava com necromantes. Consultava os demônios que se faziam passar pelos mortos. Alem de matar seus próprios filhos, ainda matava os filhos dos outros em sacrifícios intermináveis. O historiador Flávio Josefo diz que todos os dias se sacrificavam pessoas em Jerusalém por ordem de Manassés. Foi esse rei sanguinário e perverso que mandou cerrar ao meio o profeta Isaías, segundo historiadores.

A impiedade de Manassés suscitou o juízo de Deus sobre ele e seu povo. Deus o alertou, disciplinou, enviou-lhe profetas, mas ele e o povo endureceram o coração. Diz o sábio ditado: “Quem não ouve cuidado, ouve coitado!”. Foi o que aconteceu com Manasses que pagou um alto preço por sua rebelião e desobediência. O Senhor trouxe sobre ele os príncipes de Babilônia que o levaram preso para sua terra. Ele é arrancado do trono, preso com ganchos e levado cativo para Babilônia. Babilônia era o centro da feitiçaria do mundo, mas os ídolos aos quais Manasses servira não puderam ajudá-lo. Na sua angústia Manassés se lembra de Deus e muito se humilhou em sua presença reconhecendo seu pecado. O desespero e a angustia profunda de alma o fizeram lembrar que existe o Deus verdadeiro e dele não se zomba. A pergunta é: Será que há saída para alguém assim? A Graça de Deus responde que sim. A genuína conversão começa com arrependimento que é a tristeza segundo Deus, que produz vida. Manasses muito se humilhou perante o Deus de seus pais; o único e verdadeiro Deus. A maravilhosa graça de Deus em ação. Deus é rico em perdoar. Embora abomine o pecado, ele ama o pecador arrependido. O Senhor ouviu o clamor de Manasses e atendeu-lhe a oração, fazendo-o voltar ao seu trono. Aquele homem que passara a vida inteira invocando demônios e levantando altares a deuses pagãos, na hora do aperto, do sofrimento cai em si, clama ao verdadeiro Deus e o Senhor o socorre. Arrependimento traz à reboque sinais visíveis de uma transformação genuína. Os olhos de Manassés foram desvendados. Edificou o muro de fora da cidade. Ele lançou fora todas as abominações que havia colocado na casa do Senhor. Ele derrubou os altares pagãos e restaurou o altar do Senhor. Ordenou o povo a servir somente ao Senhor. O que essa história nos ensina? A piedade dos pais não garante a salvação dos filhos. A salvação é pessoal e intransferível. Não há impiedade ou grau de pecado que esteja além do alcance da graça e do perdão de Deus. Você que recebe esta palavra, não endureça o seu coração. Não espere uma tragédia para voltar-se para Deus. Um coração sinceramente arrependido recebe perdão e salvação. Pecado confessado é pecado perdoado, pecado perdoado é pecado apagado e esquecido. Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/


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