sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Meditação/Nadia Malta/POR QUAL CAMINHO TEMOS TRAFEGADO?


POR QUAL CAMINHO TEMOS TRAFEGADO?
                                                                     
Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela”. Mateus 7:13,14. 

Precisamos ter cuidado com os perigos que rondam a estrada dos prazeres e das facilidades. O texto lido está no contexto do Sermão do Monte, no mesmo capítulo onde Jesus também adverte seus ouvintes do cuidado que deveriam ter com os falsos profetas que na verdade eram lobos roubadores, disfarçados em ovelhas. O Espírito de Deus continua ministrando sobre o cuidado que devemos ter com uma religiosidade de superfície, voltada apenas para uma vida de facilidades. Para ilustrar isso Jesus apresenta aqui a metáfora das duas estradas que estão sempre à nossa frente. Esses dois caminhos ou portas podem ser reconhecidos não apenas no que diz respeito à salvação e condenação, mas em tudo que fizermos. Quanto mais exercitarmos uma espiritualidade alicerçada na Rocha, mais teremos a possibilidade de nos livrarmos dos engodos apregoados pelos lobos roubadores à nossa volta. Mesmo os servos mais consagrados, em determinado momento da vida foram tentados a optar pela porta larga que conduz ao caminho espaçoso. Graças a essas experiências, podemos vigiar e evitar adentrar essa porta e percorrer esse caminho. As exortações de Jesus em relação à oração e a vigilância, nunca foram tão apropriadas e pertinentes quanto em nossos dias. Não gostaria de me referir ao leque de ofertas que o mundo tem para oferecer, mas gostaria de chamar a atenção para a interpretação espúria do evangelho feita por muitos falsos mestres e profetas da atualidade, que se aproveitam do desespero de uns e da ganância de outros para prometer um caminho de facilidades. 

Jesus nos traz duas lições importantes neste contexto: Sobre A Porta estreita/O caminho apertado que conduz para a vida e sobre A Porta Larga/ O caminho espaçoso que conduz para a perdição. O caminho que conduz a vida eterna; para o céu. É o caminho da entrega absoluta; do discipulado sistemático; da oração em lágrimas na calada da noite. O caminho da renuncia; da abnegação. Da santidade de vida; da retidão; do não conformismo com o mundo, mas da renovação da mente pela santa Palavra de Deus. É o caminho da minoria; dos marginalizados por causa da fé; da construção passo a passo de um relacionamento com o Senhor na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na prosperidade e na adversidade, assim como o relacionamento conjugal. Nem sempre o que a maioria faz deve ser copiado. A voz do povo definitivamente não é a voz de Deus como tem sido apregoado. Muitos querem ser abençoados por Deus, mas sem fazer a sua vontade efetiva. É mais fácil fazer uma “correntezinha” superficial de oração, um sacrifício de tolo ou mesmo um jejum exterior do que obedecer ao Senhor, ou ainda a diversidade de votos propostos pelos gurus espirituais que povoam a presente geração, sempre à espreita daqueles que podem ser espoliados e por desespero ou ganância se deixam espoliar. Essas práticas têm sido encorajadas pelos lobos travestidos de ovelhas. Jesus adverte: “Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão”. A conversão genuína muda histórias e inclinações, porque as velhas coisas passam e tudo se faz novo. As velhas coisas passam porque experimentamos a transformação radical em nosso espírito, que é recriado pelo Espírito de Deus. Passamos pelo Novo Nascimento. Somos novas criaturas, porque fomos regenerados pelo Espírito de Deus. E isso fala de interioridade. Em I Pe 1.14 diz: “Como filhos da obediência, não vos amoldeis mais às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância”. O que tem me chamado a atenção de forma dolorosa é que por causa do testemunho mundano de pais e mães, muitos filhos não se convertem. Muitos maridos e esposas não se convertem por causa do testemunho de seus cônjuges que se dizem crentes. Porta e caminho falam de salvação e condenação, mas falam também falam de testemunho. Atentemos para isto.

O segundo caminho é o que conduz ao inferno; a perdição; a morte eterna que é a eterna separação de Deus. O texto diz que muitos passarão por ele. A absoluta maioria opta por esse caminho de prazeres e facilidades. Esse é o caminho do descompromisso; da religiosidade de superfície, das exterioridades. Das igrejas-mercado. Dos consumistas da fé. Do toma lá da cá espiritual. É o caminho daqueles que pregam o evangelho da barganha; o evangelho sem cruz. Esses esquecem que sem cruz não há ressurreição. Os que andam por este caminho querem os prazeres transitórios deste mundo. Seu olhar está sempre no que é temporal, transitório. Não há nenhum entendimento espiritual. Enquanto o caminho anterior têm poucos frequentadores, este é bem frequentado.  O que esta mensagem em síntese nos ensina? Há sempre tempo, enquanto estamos vivos, de fazer mudanças efetivas em nossas vidas. Crer também é pensar. Abra mão das escolhas aparentemente vantajosas que podem conduzir ao inferno. Prefira a estrada apertada e a porta estreita que conduzem a vida eterna. Essa é a estrada da busca incessante de Deus em oração, do discipulado coerente e lúcido na Palavra de Deus; da fé que vai às ultimas conseqüências.  Jesus nos chama a uma vida de plenitude, mas não sem lutas. Cabe a nós escolher qual porta seguir. Os que conseguem atravessar o lago da superficialidade, das facilidades, das exterioridades e até mesmo do "igrejismo" religioso cheio de regras farisaicas e imposições, alcançam a margem, cujo alicerce é a Rocha Eterna. ROCHA ETERNA, PORTA, CAMINHO, VERDADE E VIDA convergem numa única pessoa: JESUS, O CRISTO de Deus! O mundo é uma porta, mas só Jesus é a PORTA e ele mesmo diz em Jo. 10. 7-9: “Jesus, pois, lhes afirmou de novo: Eu Sou a Porta das ovelhas. Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores; as ovelhas não lhes deram ouvido. Eu Sou a Porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá e achará pastagem”. Afinal por qual caminho queremos trafegar? Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/


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