sábado, 28 de dezembro de 2019

Meditação/Nadia Malta/ATENTEMOS PARA A NOSSA VOCAÇÃO!

ATENTEMOS PARA A NOSSA VOCAÇÃO!
                                                                     
Por esta causa, me ponho de joelhos diante do Pai, de quem toma o nome toda família, tanto no céu como sobre a terra, para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior; e, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus. Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, a ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém! Efésios 3:14-21.         
    
No texto lido, o apóstolo Paulo traz uma das mais ousadas orações em favor da igreja, movido pelo Espírito Santo. Ele ousou pedir algo que vai além do nosso entendimento. Paulo se põe de joelhos diante do Pai, de quem toma o nome toda a família, tanto no céu como na terra para que a igreja faça a diferença na terra. É necessário retomar a nossa verdadeira vocação. Cada dia se percebe menos inclinação por parte dos cristãos para orar em favor da igreja como um todo, para que ela, real e efetivamente assuma a sua vocação como Corpo vivo de Cristo sobre a terra, através do qual Ele opera. As lideranças estão mais preocupadas em resultados imediatos aqui e agora: Curas, empregos, conquistas, crescimento numérico, construção de mega templos e entretenimento. Jesus está às portas precisamos nos preparar. Definitivamente precisamos nos empenhar para que a igreja faça a diferença sobre a terra. Fomos chamados para ser o povo da esperança, o povo da alegria, a nação santa, o sacerdócio real, o povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamarmos as virtudes daquele que nos transportou das trevas para a sua maravilhosa luz, como diz o apóstolo Pedro em sua primeira epístola. Ao invés disso o que temos visto? Cristãos assustados com medo de tudo e de todos, práticas mundanas no seio da igreja, competitividade, ciúmes e contendas, invejas ministeriais, lares destruídos, as patologias emocionais atingindo em cheio o povo de Deus. A Igreja precisa assumir a sua santa vocação e exercer a sua autoridade como Corpo vivo de Cristo sobre a terra!

A Igreja como Corpo Vivo de Cristo precisa entender quatro verdades: A Igreja precisa entender que é um povo fortalecido com o poder do Espírito Santo; A igreja precisa entender que é um povo habitado por Deus; A igreja precisa entender que é um povo firmado no amor de Cristo e A quarta verdade não aparece no texto, mas gostaria de ministrá-la hoje: A igreja precisa parar de olhar com pena para si mesma e tomar consciência do poder e plenitude de Deus que já lhe foram outorgados por ele. Paulo pede a Deus que responda a sua oração, segundo a riqueza de sua glória. A glória de Deus é a soma total de todos os seus atributos que são infinitos e insondáveis. Note que o apóstolo não pede prosperidade, riqueza ou saúde; embora saibamos que essas coisas sejam boas em si mesmas. Aprendemos aqui que a maior necessidade da igreja não é das bênçãos de Deus, mas do próprio Deus. Se Cristo for o Senhor da igreja, as bênçãos virão, o problema é que muitos senhores têm se levantado para ocupar o lugar do Cristo dentro daquilo que chamam de igreja. Só uma igreja cheia do Espírito Santo e fortalecida com o poder de Deus pode prevalecer neste mundo tenebroso e sair mais que vitoriosa na luta contra o mal. Quanto mais cheios do Espírito estivermos, mais vazios de nós mesmos estaremos. Precisamos do poder do Espírito para: Viver em santidade, para testemunhar, para perdoar uns aos outros, para pregar o evangelho com ousadia, para desfrutar da vida abundante que o Senhor prometeu, para experimentar um desapego pelas coisas materiais, para ser sensível a dor do irmão e socorrê-lo na hora da necessidade e para glorificar o Senhor com o nosso viver. Paulo pede que Cristo habite no coração da igreja (v.17) e que a igreja seja tomada de toda plenitude de Deus. Como compreender esse pedido? Quais as implicações de Cristo habitar em nós? Significa que ele é o dono da casa espiritual e tem autoridade para jogar fora o que não lhe serve, fazendo as mudanças que precisam ser feitas. Você está preparado? Paulo também pede que sejamos tomados de toda a plenitude de Deus. Como pode ser isso, se nem os céus dos céus podem conter o Deus vivo e Todo Poderoso? Como então, receber sua plenitude?

Quando entendemos que somos verdadeiramente habitados por Deus, a vida do Senhor é demonstrada ao mundo através de nós, sobretudo em atos concretos de amor. Paulo ora para que a igreja seja arraigada (usa a figura da árvore sustentada pelas raízes); pede também que ela seja alicerçada (usa a figura da construção, que precisa ter um alicerce forte). Tanto nossas raízes como nosso alicerce devem estar firmados no amor de Cristo. Esta percepção é espiritual, baseada na fé, não em sensações humanas emocionais. Ou se crê ou não crê, não existe meio termo. O apóstolo pede ainda ao Senhor que a igreja compreenda as quatro dimensões do amor de Cristo: largura, comprimento, altura e profundidade. Isto significa que a graça de Deus não conhece limites para salvar, perdoar e libertar o pior pecador. Quando a igreja está firmada neste amor, ela compreende que não é apenas receptáculo da vida de Deus, mas canal através do qual esta vida flui. Somos conhecidos no céu por causa da graça indizível de Deus; precisamos na terra ser canais dessa multiforme graça, pelo nosso testemunho, só assim o Corpo vivo de Cristo será conhecido. Quando falamos em auto-piedade, falamos das nossas reações face às dificuldades que nos cercam. Corremos com medo diante dos gigantes que se levantam contra nós. Vamos enfrentar lutas sim, mas já entramos nelas habilitados para vencer. A igreja que somos nós precisa tomar consciência do que já recebeu de Deus e se tornar ousada em suas ações, reações e orações. Quando isso acontecer, então começaremos a fazer a diferença nesta terra para a glória de Deus. O versículo 21 diz: “A ele seja a glória, na igreja e em Cristo, por todas as gerações, para todo o sempre, amém!”. Por enquanto a igreja visível sobre a terra, em sua maioria, tem sido lugar de entretenimento de bodes, não lugar no qual as ovelhas devem se alimentar e se nutrir para serem fortalecidas e atuar no mundo de forma eficaz, como Corpo vivo de Cristo. Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/

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