UMA
LIÇÃO DE MISERICÓRDIA E COMPAIXÃO!
“Veio a palavra do SENHOR, segunda vez, a
Jonas, dizendo: Dispõe-te, vai à grande cidade de Nínive e proclama contra ela
a mensagem que eu te digo. Levantou-se, pois, Jonas e foi a Nínive, segundo a
palavra do SENHOR. Ora, Nínive era cidade mui importante diante de Deus e de
três dias para percorrê-la. Começou Jonas a percorrer a cidade caminho de um
dia, e pregava, e dizia: Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida. Os
ninivitas creram em Deus, e proclamaram um jejum, e vestiram-se de panos de
saco, desde o maior até o menor. Chegou esta notícia ao rei de Nínive; ele
levantou-se do seu trono, tirou de si as vestes reais, cobriu-se de pano de
saco e assentou-se sobre cinza. E fez-se proclamar e divulgar em Nínive: Por
mandado do rei e seus grandes, nem homens, nem animais, nem bois, nem ovelhas
provem coisa alguma, nem os levem ao pasto, nem bebam água; mas sejam cobertos
de pano de saco, tanto os homens como os animais, e clamarão fortemente a Deus;
e se converterão, cada um do seu mau caminho e da violência que há nas suas
mãos. Quem sabe se voltará Deus, e se arrependerá, e se apartará do furor da
sua ira, de sorte que não pereçamos? Viu Deus o que fizeram, como se
converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes
faria e não o fez”. Jonas 3:1-10.
Meditemos
nos agires soberanos de Deus! O Profeta arrependido depois de sair das
profundezas do mar, volta ao caminho e ao centro da vontade soberana de Deus.
Ele vai até a grande cidade de Nínive e mesmo a contra gosto faz o que o Senhor
havia ordenando. O livro de Jonas nos faz parar para pensar sobre as nossas
posturas em relação aos pecadores. É preocupante ver como agem muitos servos do
Senhor que receberam tanto dele. Queremos graça para nós e justiça para os
pecadores à nossa volta. Fazemos longas orações imprecatórias pedindo que o
Senhor desça fogo do céu e consuma nossos inimigos. Esquecemos que eles não
sabem discernir a mão direita da mão esquerda como os habitantes da Nínive dos
dias do profeta Jonas. Jesus diz em Mateus 12.41: “Os homens de Nínive se levantarão no juízo com esta geração e a
condenarão; pois eles se arrependeram com a pregação de Jonas, e agora está
aqui o que é maior do que Jonas”. Ao Senhor pertence a vingança, não a nós. “A
ira do homem não produz a justiça de Deus!”.
Meditando
nesta experiência do profeta Jonas, aprendemos pelo menos três lições
importantes. Primeira Lição: Deus espera que recobremos a consciência
cumpramos as suas ordens, apesar de nós! E Jonas obedeceu à palavra do Senhor e
foi para Nínive. Era uma cidade muito grande; demorava-se três dias para
percorrê-la. Jonas entrou na cidade e a percorreu durante um dia, proclamando:
"Daqui a quarenta dias Nínive será
destruída". Mesmo apesar da má vontade de Jonas a pregação foi o que
poderíamos chamar de um sucesso. Todos se arrependeram do maior ao menor e
mudaram a rota da vida. Segunda Lição: A Palavra do Senhor cumpre o
propósito para o qual foi designada! O livro profético de Jonas tem muito a nos
ensinar sobre os agires soberanos do nosso Deus. Na vida de um servo de Deus
até quando tudo dá errado, dá certo do ponto de vista de Deus. Jonas odiava os
ninivitas, não queria ser um instrumento de salvação para eles, tentou fugir de
Deus e de sua ordem, mas ao voltar a fazer a vontade do Senhor é surpreendido
com a mudança no coração daquele povo. Não era bem isto que Jonas tinha em
mente, é possível que ele ao anunciar a mensagem de juízo quisesse que eles
continuassem em sua malignidade para ver o julgamento de Deus descer pesado
sobre eles. Mas não foi isso que aconteceu. Houve arrependimento, e mudança de
rota. As coisas nunca são do jeito que queremos, mas do jeito de Deus. Ele é
soberano e faz como quer. “Agindo Deus,
quem impedirá?”.
Terceira
Lição: Deus retém a punição quando o homem
rebelde ouve a sua voz e o obedece! Como entender o contexto de Números 23.19
na perspectiva deste episódio? O texto diz: “Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa;
porventura diria ele, e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria?”.
Afinal, Deus se arrepende ou não? A resposta é: Sim e Não! O arrependimento
dele diz respeito a reter a punição decretada caso o homem rebelde ouça a sua
voz e mude a conduta obstinada e contumaz.
Foi o que aconteceu com os ninivitas dos dias de Jonas. Contudo, o
Senhor não se arrepende de suas ordenanças, leis, mandamentos e decretos, como
também de suas promessas feitas aos seus. O que aprendemos aqui? Tudo que temos
a fazer é ouvir e obedecer a sua voz, o mais Ele fará! Quem somos nós para
discutirmos com o Senhor? Ordem de Deus, escolha de Deus é inegociável! Por que
os Ninivitas, sendo tão malignos? Por que não os Ninivitas? “Onde abundou o pecado, superabundou a
graça!”. Ninivitas arrependidos,
condenação suspensa! Graça derramada! Sejamos graciosos com os “Ninivitas” à
nossa volta! Depois de Jonas se irar mais uma vez por causa da misericórdia de
Deus derramada sobre os ninivitas ele vai se refugiar fora da cidade amuado
debaixo de um abrigo feito por ele. Deus em sua graça faz nascer um arbusto
para dar-lhe sombra. Em Jn 4.5 diz que
ele ficou ali para ver o que aconteceria a cidade. O profeta se alegrou muito
por causa da planta. Contudo, o Senhor enviou um verme que devorou a planta e
esta secou. Jonas muito se indignou e desejou para si a morte. O livro termina
em aberto com uma pergunta que ecoa até os nossos dias. (4.10,11): “Mas o Senhor lhe disse: "Você tem pena
dessa planta, embora não a tenha podado nem a tenha feito crescer. Ela nasceu
numa noite e numa noite morreu. Contudo, Nínive tem mais de cento e vinte mil
pessoas que não sabem nem distinguir a mão direita da esquerda, além de muitos
rebanhos. Não deveria eu ter pena dessa grande cidade?". Como
responderíamos ao Senhor se estivéssemos no lugar do profeta? Meditemos sobre isto!Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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