O SENHOR OUVE PACIENTEMENTE AS “MALCRIAÇÕES”
DOS SEUS SERVOS!
“Com
isso, desgostou-se Jonas extremamente e ficou irado. E orou ao SENHOR e disse:
Ah! SENHOR! Não foi isso o que eu disse, estando ainda na minha terra? Por
isso, me adiantei, fugindo para Társis, pois sabia que és Deus clemente, e
misericordioso, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e que te
arrependes do mal. Peço-te, pois, ó SENHOR, tira-me a vida, porque melhor me é
morrer do que viver. E disse o SENHOR: É razoável essa tua ira? Então, Jonas
saiu da cidade, e assentou-se ao oriente da mesma, e ali fez uma enramada, e
repousou debaixo dela, à sombra, até ver o que aconteceria à cidade. Então, fez
o SENHOR Deus nascer uma planta, que subiu por cima de Jonas, para que fizesse
sombra sobre a sua cabeça, a fim de o livrar do seu desconforto. Jonas, pois,
se alegrou em extremo por causa da planta. Mas Deus, no dia seguinte, ao subir
da alva, enviou um verme, o qual feriu a planta, e esta se secou. Em nascendo o
sol, Deus mandou um vento calmoso oriental; o sol bateu na cabeça de Jonas, de
maneira que desfalecia, pelo que pediu para si a morte, dizendo: Melhor me é
morrer do que viver! Então, perguntou Deus a Jonas: É razoável essa tua ira por
causa da planta? Ele respondeu: É razoável a minha ira até à morte. Tornou o
SENHOR: Tens compaixão da planta que te não custou trabalho, a qual não fizeste
crescer, que numa noite nasceu e numa noite pereceu; e não hei de eu ter
compaixão da grande cidade de Nínive, em que há mais de cento e vinte mil
pessoas, que não sabem discernir entre a mão direita e a mão esquerda, e também
muitos animais”? Jonas 4:1-11.
Continuemos atentando para os agires
soberanos de Deus! Chegamos ao final da nossa pequena série de meditações sobre
a experiência do profeta Jonas. O ultimo capítulo deste livro profético termina
em aberto. Não sabemos como Jonas ficou depois da enxurrada de “malcriações”
feita ao Senhor para justificar a sua ira em relação aos agires de Deus. O
Senhor queria que Jonas entendesse que nada limita o alcance de sua graça. É
sempre bom e oportuno voltarmos aos textos bíblicos que relatam as experiências
dos servos do passado. Essas experiências foram relatadas ali para a nossa
edificação e instrução.
Há algumas lições deixadas aqui que nos
remetem às nossas próprias posturas. Jonas segue em sua indignação, se isola
mais uma vez, deseja para si a morte. Para ele não era possível respirar o
mesmo ar que os Ninivitas, agora arrependidos! Ele não podia suportar ver
aqueles ímpios desfrutando da benignidade de Deus! Jonas no fundo se enciúma do
agir de Deus! Aquilo era demais para o seu “senso próprio de justiça”. Ele
esqueceu que as nossas justiças não passam de trapos de imundícia. Deus termina
dando a Jonas uma das mais belas lições sobre graça. Ele faz crescer um arbusto
para fazer sombra e amenizar o calor abrasador daquele dia. O profeta é
refrigerado, pra esfriar a cabeça e pensar com clareza. Mas aí, vem a lição
preciosa. Deus envia uma lagarta que come o arbusto e acaba com a festa de
Jonas, que volta a se enfurecer com o Senhor!
Deus em sua longanimidade leva Jonas a comparar
a planta com a grande cidade de Nínive na qual havia cento e vinte mil pessoas
que não sabiam discernir a mão direita da esquerda! O profeta se compadeceu da planta e Deus não
se compadeceria da cidade? Nem todos os cristãos têm um chamado específico para
ir aos confins da terra, ou para missões transculturais. Mas, todos
indistintamente têm um chamado para anunciar a palavra de Deus. E de repente, a
nossa “Nínive” pode ser aquele vizinho encrenqueiro, aquele colega de trabalho
que nos persegue, aquele parente difícil ou mesmo os que habitam conosco na
mesma casa. O missionário deve priorizar as almas em detrimento do seu próprio
conforto e das suas razões pessoais. Que o Senhor nos ajude a compreender a
profundidade de sua maravilhosa Graça e do comissionamento que nos deu! Pensemos
sobre isto! Nadia
Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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