UMA
CHAMADA AOS SEMEADORES!
“Eis que o semeador saiu a semear. E, ao
semear, uma parte caiu à beira do caminho; foi pisada, e as aves do céu a
comeram. Outra caiu sobre a pedra; e, tendo crescido, secou por falta de
umidade. Outra caiu no meio dos espinhos; e estes, ao crescerem com ela, a
sufocaram. Outra, afinal, caiu em boa terra; cresceu e produziu a cento por um.
Dizendo isto, clamou: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. E os seus discípulos o
interrogaram, dizendo: Que parábola é esta? Respondeu-lhes Jesus: A vós outros
é dado conhecer os mistérios do reino de Deus; aos demais, fala-se por
parábolas, para que, vendo, não vejam; e, ouvindo, não entendam. Este é o
sentido da parábola: a semente é a palavra de Deus. A que caiu à beira do
caminho são os que a ouviram; vem, a seguir, o diabo e arrebata-lhes do coração
a palavra, para não suceder que, crendo, sejam salvos. A que caiu sobre a pedra
são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria; estes não têm raiz, crêem
apenas por algum tempo e, na hora da provação, se desviam. A que caiu entre
espinhos são os que ouviram e, no decorrer dos dias, foram sufocados com os
cuidados, riquezas e deleites da vida; os seus frutos não chegam a amadurecer.
A que caiu na boa terra são os que, tendo ouvido de bom e reto coração, retêm a
palavra; estes frutificam com perseverança”. Lc 8.5-15.
Há
aqui uma chamada aos semeadores para cumprir seu papel de semear a Palavra de
Deus, sem se preocupar com o tipo de solo no qual a semente está sendo lançada.
Na verdade, ao semeador humano nem é dado o direito de saber o tipo de solo no
qual está fazendo a sua semeadura. Ele só tem que obedecer e semear. Esse texto
fala da Palavra de Deus como uma boa semente que é lançada no solo dos
corações. Mesmo sendo a mais poderosa das sementes, ela vai depender do tipo de
solo onde será semeada para que possa produzir uma grande colheita. As pessoas
em nossos dias estão cada vez mais necessitadas de Deus. O grande problema é a dureza dos corações. Os
corações humanos têm sido solos áridos e refratários à Palavra do Senhor.
Contudo, precisamos ser incansáveis nessa semeadura. Fomos chamados a semear,
semeemos sem dar descanso as nossas mãos! A vida de muitos será requerida da
nossa mão. O texto lido fala da parábola do Semeador. Nesse contexto o Semeador
é Jesus Cristo, mas representa qualquer um de nós que compartilha a Palavra de
Deus que é essa semente bendita. O discípulo de Jesus não pode perder de vista
que ele é tão somente um semeador, não um convertedor. O apóstolo Paulo adverte
sobre isto em I Co.3.6, 7: “Eu plantei,
Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus.
De modo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus,
que dá o crescimento”. Atentemos para isto!
Há
aqui quatro tipos de solos descritos. Apenas um deles produzirá frutos. O
Primeiro Tipo: O Solo Duro da Beira do Caminho! O solo duro
representa a pessoa que ouve a Palavra, mas logo permite que o diabo leve a
semente embora. Como esse solo ficou assim duro? Jesus fala aqui de um lugar
que era caminho, era passagem dos transeuntes. Ali a terra era batida,
compacta, o que caísse sobre ela, as aves do céu viriam buscar. As aves são
figuras representativas de ações demoníacas. Muitos recebem a Palavra, mas logo
deixam que ela seja levada dos seus corações por essas ações. O Segundo Tipo:
O Solo Rochoso, Raso! Esse solo ilustra o ouvinte que se comove com
facilidade e aceita emocionalmente a mensagem, mas seu interesse logo vai
morrendo, visto que não há profundidade suficiente para as raízes crescerem. As
igrejas estão lotadas de “quase crentes”, professos e batizados, mas não
regenerados. Esses não agüentam a hora da provação. O sol aqui representa as
dificuldades que enfrentamos na vida cristã. O solo é bom para as plantas
quando elas têm raízes profundas, mas se o solo é raso, elas morrem queimadas.
As provas aprofundam as raízes dos verdadeiros cristãos, mas expõem a
superficialidade do falso cristão.
O
Terceiro Tipo: O Solo com Espinhos! Esse solo
ilustra as pessoas que não se arrependem e não arrancam as ervas daninhas que
prejudicam a colheita. Aqui encontramos um espírito mundano, que coloca os
valores do mundo acima dos valores do reino de Deus. Esse vive o aqui e agora,
não consegue contemplar a eternidade. Aqui a quantidade de espinhos sufoca a
boa semente. Os cuidados, riquezas,
conceitos e deleites da vida na terra são como espinhos que impedem que o solo
se mantenha produtivo e sustentável. As igrejas estão cheias de “crentes”
fracos, preocupados e ansiosos com os cuidados deste mundo. Quem tem coração
cheio de espinhos chega perto da salvação, mas ainda está longe de produzir
frutos dignos de arrependimento. O Quarto Tipo: O Solo Bom, Apropriado!
Jesus diz que somente este solo é produtivo. Ilustra aquele que ouve a palavra,
compreende o que ela diz e a retém em seu coração. Aqui há verdadeira
regeneração. Esse prova que é salvo porque foi transformado e produz frutos
dignos de arrependimento. Nem todos os cristãos produzem a mesma quantidade de
frutos, mas todo verdadeiro cristão produz algum tipo de fruto para glória de
Deus e como evidência de sua genuína conversão. Às vezes semeamos muito e
colhemos pouco. A culpa não é do semeador nem da semente, mas do tipo de solo
no qual a semente cai. Nunca devemos deixar de semear pelo fato de não
conhecermos o tipo de solo no qual a semente está caindo, não cabe a nós
conhecer. De uma coisa o Senhor nos assegura: “Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo,
trazendo os seus feixes!”. Há uma ordem de Deus para semear, não importando
o tipo de solo, em Ec. 11.6a diz: “Semeia
pela manhã a tua semente e à tarde não repouses a mão, porque não sabes qual
prosperará”. Fomos chamados a semear, semeemos, pois! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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