O
JUSTO VIVERÁ PELA FÉ!
“Pois não me envergonho do evangelho, porque
é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e
também do grego; visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em
fé, como está escrito: “O justo viverá por fé”. Romanos 1.16,17.
Não
podemos perder de vista em nenhum momento a viga mestra da fé salvífica: “O
justo viverá pela fé”! O texto lido traz em sua parte final a grande afirmação
tirada pelo apóstolo Paulo do livro do profeta Habacuque, que se tornou a viga
mestra da Reforma Protestante de 1517. Encabeçada pelo monge Alemão,
agostiniano, doutor em teologia e professor, Martinho Lutero. Em sua tradução
do texto bíblico do latim para o alemão, esta verdade saltou-lhe aos olhos e
reverbera até hoje naqueles que professam a mesma fé bíblica. Percebemos que a
Reforma nada mais foi que um despertamento para os cristãos daqueles dias
voltarem aos fundamentos da verdadeira fé que salva. Na verdade, a Reforma
chamou a fé, que uma vez foi dada aos santos, de volta à pessoa e à suficiência
do Cristo. É inevitável a comparação do que vemos em nossos dias com os dias
que levaram a Reforma. Houve progresso? Sim e não! Graças à conquista daqueles
dias, temos acesso à Palavra de Deus em nossa própria língua, podemos lê-la e
interpretá-la à luz do Espírito Santo. “A
fé vem pelo ouvir e ouvir a Palavra de Deus!”. Contudo, “os caçadores de
almas”, que a si mesmos se denominam “pastores”, com seus “invólucros
feiticeiros” importados de outros guetos espirituais, continuam de todos os
modos aprisionando com sua teologia de terror àqueles que por ignorância ou necessidade se deixam persuadir.
Um
dos fatos que desencadeou a Reforma foi a venda das indulgencias naqueles dias,
ou seja, o perdão dos pecados em troca de dinheiro. Qual a diferença dos nossos
dias? Talvez a forma de pagamento! Tratemos de chamar outra vez a fé, como nos
dias da Reforma, à pessoa e à suficiência do Cristo! Este é o grande desafio
que temos hoje como Cristãos professos! Tudo vem do Cristo, acontece por meio
Dele e é para a Glória excelsa Dele! O texto revela duas afirmações do apóstolo
Paulo que fecha a questão acerca da justificação. Primeira Afirmação:
Ele não se envergonha do Evangelho, porque o Evangelho é o Poder de Deus para
todo aquele que crê! Paulo queria dizer aqui que, embora, a mensagem da cruz
parecesse loucura para uns e escândalo para outros, ele não se sentia
embaraçado em pregá-la, pois conhecia o seu poder transformador. O Evangelho é
o Próprio Cristo, o Verbo Encarnado. A Palavra viva que procede da boca de
Deus! Através do Evangelho segundo João (1:1-3, 10-14) ouvimos: “No princípio era aquele que é a Palavra. Ele
estava com Deus, e era Deus. Ela estava com Deus no princípio. Todas as coisas
foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito.
Aquele que é a Palavra estava no mundo, e o mundo foi feito por intermédio
dele, mas o mundo não o reconheceu. Veio para o que era seu, mas os seus não o
receberam. Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o
direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram por descendência
natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas
nasceram de Deus”. Em 1 Coríntios 1:18, 24 Paulo afirma: “Pois a mensagem da cruz é loucura para os
que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus.
Mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, Cristo é o poder de
Deus e a sabedoria de Deus”.
Segunda Afirmação:
A justiça de Deus se revela no Evangelho de fé em fé. O justo viverá pela fé!
Como entender essa afirmação? Como viverá, se tantos cristãos verdadeiros
experimentam a morte? Primeiro vamos entender a palavra justificação. É um
termo forense que significa estar bem perante a lei. Do ponto de vista
teológico vai mais além: Ocorre quando o homem comum pecador recebe o caráter
de Justo em Cristo, por intermédio da sua conversão, de forma vicária
(substitutiva). Em Romanos 5:1 "Justificados,
pois, pela fé, tenhamos paz com Deus por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo”.
Tudo isto é baseado não em justiças ou obras próprias, mas na expiação, ou
seja, somos declarados justos com base na expiação de nossos pecados por intermédio
de Cristo e na sua justiça imputada (atribuída) a nós. Portanto, não podemos
reduzir o Evangelho que é a ação da justificação imputada a nós, às palavras de
autoajuda ou a simples mensagens para que as pessoas saiam da igreja se
sentindo aliviadas de suas lutas diárias. Negativo. A imputação da justiça de
Cristo a nós vai infinitamente mais além do aqui e o agora desta vida
passageira. A imputação da justiça de
Cristo, nos livra da Ira vindoura de Deus, apaga o escrito da dívida, não há
mais condenação. O Justo viverá (eternamente) por causa da fé no Cristo. Ainda
que ele passe pela morte física, não passará pela segunda morte que é
espiritual e constitui na eterna separação da presença favorável de Deus. Tudo
que o pecador precisa fazer é crer nesta verdade e confessá-la! Paulo ainda na
epistola aos Romanos, a mais sistemática das epístolas, diz em (3:22-2): “A justiça de Deus mediante a fé em Jesus
Cristo para todos os que crêem. Não há distinção, pois todos pecaram e estão
destituídos da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente por sua graça,
por meio da redenção que há em Cristo Jesus. Deus o ofereceu como sacrifício
para propiciação mediante a fé, pelo seu sangue, demonstrando a sua justiça. Em
sua tolerância, havia deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; mas,
no presente, demonstrou a sua justiça, a fim de ser justo e justificador
daquele que tem fé em Jesus”. Salvação é plano de Deus. Aí entra a palavra
propiciação! O próprio Deus veio na
pessoa do seu Cristo expiar (definitivamente) o pecado do homem que Nele crê. O
verbo propiciar então, teologicamente significa que Deus, por causa da expiação
em Cristo, se torna propício, favorável ao homem. Deus TIRA (definitivamente) a
culpa e a penalidade do pecado do homem. Embora, ainda não estejamos livres da
presença do pecado, o Senhor nos livra do seu poder e de sua penalidade. Não há
mais condenação para os que estão em Cristo Jesus! Sem Cristo o homem está
debaixo da condenação eterna, debaixo da ira de Deus. Em Cristo somos
reconciliados com Ele e passamos a fazer parte de Sua família. Rejeitemos as “indulgencias
pós-modernas” na forma de votos de tolos, das correntes intermináveis de
oração! Abraçar essas práticas é retroceder aos dias passados. Creiamos no
Cristo Todo Poderoso e Todo Suficiente. Voltemos a Ele! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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