quarta-feira, 21 de março de 2018

Meditação/Nadia Malta/E QUANDO O SENHOR NOS MANDA PARA O OLHO DA TEMPESTADE?


E QUANDO O SENHOR NOS MANDA PARA O OLHO DA TEMPESTADE?
                                                                                                
Logo em seguida, Jesus insistiu com os discípulos para que entrassem no barco e fossem adiante dele para o outro lado, enquanto ele despedia a multidão”. Mateus 14.22.
                                                                                             

Este episódio pode ser visto de vários ângulos e analisando cada um tiramos lições preciosas. Olhamos para o medo dos discípulos ao verem Jesus vindo sobre as águas no meio da escuridão da madrugada. Ou olhamos para a ousadia de Pedro e para os seus temores ao ver a fúria dos ventos e o tamanho das ondas quase ao ponto de naufragar. Ainda podemos focar na reprimenda de Jesus a Pedro. E assim, em cada momento enxergamos a lição que necessitamos aprender aqui.

Hoje ao abrir esse texto, que já fora lido tantas vezes, me deparei logo com este versículo mencionado e algo me ocorreu: Jesus impeliu os discípulos a irem adiante dele para o outro lado do Lago de Genesaré. Aquele lago que também é conhecido por outros nomes como: Mar da Galiléia, de Tiberíades ou Quinerete, era dado a tempestades que assustavam até o mais experiente dos pescadores. Quantas situações com nomes diferentes provocam em nós o mesmo tipo de terror!  Logo depois da primeira multiplicação dos pães, Jesus despede as multidões e os discípulos e permanece só para orar.  Acontece que o Senhor os envia para o olho de uma tempestade e ao longe espera que a situação adversa se instale, e só então, vai ter com eles. Logo aqui aprendemos que nem sempre somos livrados das situações adversas, mas precisamos passar por elas e nelas seremos livrados! O apóstolo Paulo falando aos Romanos sobre isto diz: “E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança”. (Romanos 5.3,4). 

O curioso aqui é que o Senhor os envia para uma das situações mais temidas pelos pescadores: Uma tempestade de ventos contrários! E não é assim que continua acontecendo conosco? Temos falado tantas vezes sobre a estranha, dolorosa e eficaz pedagogia do Mestre! De uma coisa tenho absoluta certeza: As lições aprendidas aqui são inesquecíveis e aplicáveis para o resto de nossas vidas! Fico imaginando a aflição daqueles discípulos apavorados tanto com a tempestade em si quanto com a vinda de Jesus sobre as águas, ao ponto de o confundirem com um fantasma, algo também temido pelos pescadores cheios de superstições. Outra coisa interessante e curiosa aqui é que nenhum elemento que povoava o cenário de medo daqueles discípulos faltou na cena até o “fantasma”!

É assim quando o Senhor resolve nos submeter à cura e à libertação de algo que nos apavora. Somos submetidos ao que nos inquieta e nos causa medo. É exatamente para o olho dessas tempestades que o Senhor nos envia para sejamos tratados e curados! Uma vez tratados e curados seremos canais para a cura de outros! O lugar da ferida é o lugar da cura para muitos! Não nos admiremos de sermos enviados para o olho das tempestades com direito a “fantasma” e tudo! E de repente descobriremos que tudo era plano do Senhor. Os seus planos e pensamentos são maiores que os nossos para nos dar o fim que desejamos. E aquilo que nos causava tanto terror era só Jesus vindo em nossa direção. Ele diz para cada um de nós hoje: Sou Eu, não tenha medo! Ele entrará em nosso barco e ficará tudo bem, pois as ondas e o mar continuam a obedecê-lo! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/

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