E QUANDO O SENHOR NOS MANDA PARA O OLHO DA
TEMPESTADE?
“Logo
em seguida, Jesus insistiu com os discípulos para que entrassem no barco e
fossem adiante dele para o outro lado, enquanto ele despedia a multidão”.
Mateus 14.22.
Este episódio pode ser visto de vários
ângulos e analisando cada um tiramos lições preciosas. Olhamos para o medo dos
discípulos ao verem Jesus vindo sobre as águas no meio da escuridão da
madrugada. Ou olhamos para a ousadia de Pedro e para os seus temores ao ver a
fúria dos ventos e o tamanho das ondas quase ao ponto de naufragar. Ainda
podemos focar na reprimenda de Jesus a Pedro. E assim, em cada momento enxergamos
a lição que necessitamos aprender aqui.
Hoje ao abrir esse texto, que já fora lido
tantas vezes, me deparei logo com este versículo mencionado e algo me ocorreu:
Jesus impeliu os discípulos a irem adiante dele para o outro lado do Lago de
Genesaré. Aquele lago que também é conhecido por outros nomes como: Mar da
Galiléia, de Tiberíades ou Quinerete, era dado a tempestades que assustavam até
o mais experiente dos pescadores. Quantas situações com nomes diferentes
provocam em nós o mesmo tipo de terror! Logo
depois da primeira multiplicação dos pães, Jesus despede as multidões e os
discípulos e permanece só para orar. Acontece
que o Senhor os envia para o olho de uma tempestade e ao longe espera que a
situação adversa se instale, e só então, vai ter com eles. Logo aqui aprendemos
que nem sempre somos livrados das situações adversas, mas precisamos passar por
elas e nelas seremos livrados! O apóstolo Paulo falando aos Romanos sobre isto
diz: “E não somente isto, mas também nos
gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz
perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança”. (Romanos
5.3,4).
O curioso aqui é que o Senhor os envia para
uma das situações mais temidas pelos pescadores: Uma tempestade de ventos
contrários! E não é assim que continua acontecendo conosco? Temos falado tantas
vezes sobre a estranha, dolorosa e eficaz pedagogia do Mestre! De uma coisa
tenho absoluta certeza: As lições aprendidas aqui são inesquecíveis e
aplicáveis para o resto de nossas vidas! Fico imaginando a aflição daqueles
discípulos apavorados tanto com a tempestade em si quanto com a vinda de Jesus
sobre as águas, ao ponto de o confundirem com um fantasma, algo também temido
pelos pescadores cheios de superstições. Outra coisa interessante e curiosa
aqui é que nenhum elemento que povoava o cenário de medo daqueles discípulos
faltou na cena até o “fantasma”!
É assim quando o Senhor resolve nos
submeter à cura e à libertação de algo que nos apavora. Somos submetidos ao que
nos inquieta e nos causa medo. É exatamente para o olho dessas tempestades que
o Senhor nos envia para sejamos tratados e curados! Uma vez tratados e curados
seremos canais para a cura de outros! O lugar da ferida é o lugar da cura para
muitos! Não nos admiremos de sermos enviados para o olho das tempestades com
direito a “fantasma” e tudo! E de repente descobriremos que tudo era plano do
Senhor. Os seus planos e pensamentos são maiores que os nossos para nos dar o
fim que desejamos. E aquilo que nos causava tanto terror era só Jesus vindo em
nossa direção. Ele diz para cada um de nós hoje: Sou Eu, não tenha medo! Ele
entrará em nosso barco e ficará tudo bem, pois as ondas e o mar continuam a
obedecê-lo! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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