A
MURMURAÇÃO LEVA À ORAÇÕES INCONSEQUENTES!
“Concedeu-lhes o que pediram, mas fez
definhar-lhes a alma”. Salmo 106.15
Para
que entendamos a palavra do salmista no texto citado precisamos ir ao livro de
Números (11.1,4-6) o texto fala da murmuração dos israelitas na saída do Egito.
Diz o texto: “Queixou-se o povo de sua sorte
aos ouvidos do SENHOR; ouvindo-o o SENHOR, acendeu-se-lhe a ira, e fogo do
SENHOR ardeu entre eles e consumiu extremidades do arraial. E o populacho que
estava no meio deles veio a ter grande desejo das comidas dos egípcios; pelo
que os filhos de Israel tornaram a chorar e também disseram: Quem nos dará
carne a comer? Lembramo-nos dos peixes que, no Egito, comíamos de graça; dos
pepinos, dos melões, dos alhos silvestres, das cebolas e dos alhos. Agora,
porém, seca-se a nossa alma, e nenhuma coisa vemos senão este maná”. Na sua reclamação injusta o povo dizia
que comia peixes de graça no Egito. Como de graça se trabalhavam como escravos,
sem nenhum direito? O povo havia se acostumado tanto à condição de escravo que
perdera a noção de critério. Os israelitas saíram do Egito, mas o Egito não
saíra dele! Eles haviam se egipcianizado perderam a sua identidade! Quem se
egipcianiza rejeita o alimento do céu!
O
ingrato nunca está satisfeito! Há sempre um motivo de queixa, pois, ele alem de
não reconhecer a dádiva recebida não reconhece o doador dela. O ingrato está
sempre murmurando e fazendo orações inconsequentes! Foi assim com o Israel do
passado e é assim com o Israel espiritual de hoje. O povo na travessia do
deserto clamou por carnes, cebolas e alhos do Egito. Não há nada mais danoso
que a saudade do Egito e nada entristece mais o coração de Deus! O Senhor
concedeu o que o povo tão irresponsável e inconsequentemente pediu, mas o feriu
com grande praga e muitos ficaram enterrados naquele lugar. Diz o texto: “Estava
ainda a carne entre os seus dentes, antes que fosse mastigada, quando se
acendeu a ira do SENHOR contra o povo, e o feriu com praga mui grande. Pelo que
o nome daquele lugar se chamou Quibrote-Hataavá, porquanto ali enterraram o
povo que teve o desejo das comidas dos egípcios”. O Senhor atendeu, mas fez definhar a alma
de muitos!
Quantas
orações egoístas e irresponsáveis são feitas pelo povo de Deus sem lembrar-se
de acrescentar a expressão-chave ensinada por Jesus: “Seja feita a tua
vontade”! Somos míopes espirituais e só enxergamos o que está debaixo dos nossos
olhos. Tudo em nossas vidas tem um propósito definido pelo nosso Soberano
Senhor e Salvador. Nada é obra do acaso e obedece a um plano perfeito do nosso
Deus. Nem tudo entenderemos deste lado da eternidade, mas glorifiquemos o
Senhor por seu zelo amoroso para conosco apesar de nós!
Tenhamos
cuidado com aquilo que pedimos sem medir as conseqüências. Cuidado com os
desejos da nossa carne. Muitos têm definhado em nossos dias à semelhança do
Israel do passado. A ingratidão leva à murmuração, que por sua vez leva à
orações irresponsáveis e inconsequentes! Todo ingrato é um murmurador
compulsivo! Agradeçamos pelo que temos e glorifiquemos ao Senhor por seus
agires, mesmo que não os compreendamos! Quantas coisas em curso, no momento não
nos trazem alegria, mas ao cabo delas compreenderemos o propósito do Senhor! Quantas
vezes nos colocamos diante do Senhor orando por coisas e situações sem ter a
noção do que estamos pedindo! Outros estão amargando agora a conseqüência desses
pedidos irresponsáveis! Assim, cuidado com o que temos pedido em nossas orações
como crianças mimadas! “Todas as coisas cooperam para o bem dos que amam a Deus
e são chamados segundo o seu propósito”, que é nos conformar à imagem do Cristo!
Nadia
Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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