sexta-feira, 30 de março de 2018

Meditação/Nadia Malta/ATÉ QUANDO, SENHOR?


ATÉ QUANDO, SENHOR?
                                                                                         
Até quando, Senhor? Para sempre te esquecerás de mim? Até quando esconderás de mim o teu rosto? Até quando terei inquietações e tristeza no coração dia após dia? Até quando o meu inimigo triunfará sobre mim? Olha para mim e responde, Senhor meu Deus. Ilumina os meus olhos, do contrário dormirei o sono da morte; os meus inimigos dirão: "Eu o venci", e os meus adversários festejarão o meu fracasso. Eu, porém, confio em teu amor; o meu coração exulta em tua salvação. Quero cantar ao Senhor pelo bem que me tem feito”. Salmos 13:1-6.                                                                  

Ontem numa hora de grande aflição este salmo emergiu da minha mente com a força de um vulcão. Foi um bálsamo! Os dias não têm sido fáceis para nenhum de nós e quando nos deparamos com esta oração do salmista descobrimos que a angústia que imprime um caráter de urgência às nossas orações não é privilegio nosso. Muitos servos de Deus do passado passaram por momentos dramáticos de extrema agonia e clamaram pelo socorro do céu com sofreguidão e desespero! As lágrimas têm sido alimento para muitos de nós, inclusive para mim.  Estamos tão necessitados de uma intervenção poderosa do Senhor que alivie o nosso fardo e nos traga refrigério e folga! Sentimos frio na alma, uma sensação enorme de desamparo. É como se a cama fosse estreita demais e curto o nosso lençol numa noite de grande tempestade! É assim que nos sentimos!

Parece que nesses momentos de travessias dolorosas por vales de sombra de morte os dias se arrastam lentos. É como se houvesse um complô invisível para prolongar a nossa agonia que parece não ter fim. Foi quando me deparei com esta oração de fé tão lúcida do salmista. Aqui ele mescla a sua lamentação tão dolorosa com súplica e regozijo pela intervenção de Deus! Pude experimentar de ontem para hoje as três etapas vividas pelo salmista! Lembrei-me agora de outra oração desta vez feita pelo profeta Isaías (64.1), ele diz: “Ah, se fendesses os céus e descesses”! Vivemos em um mundo de automatismo. Queremos tudo pra ontem! Contudo, os desígnios de Deus não são regidos pelos nossos cronômetros apressados! Tudo obedece a um ritmo e um tempo determinado. Só precisamos convencer a nossa emoção dessa verdade! Na hora da agonia todos nós indistintamente queremos resposta e socorro do céu! O choro durou literalmente toda a noite, mas a alegria veio pela manhã!

As palavras do salmista aqui soam quase autorais desde a queixa do inicio até as palavras finais. Quantas vezes nos últimos tempos temos nos sentido assim, como se Deus tivesses nos esquecido! O salmista pergunta ao Senhor: “Até quando terei inquietações e tristeza no coração dia após dia”? Às vezes não temos coragem de exteriorizar tal pensamento, mas ele conhece a palavra antes que ela nos chegue à boca. E salmodiar é exatamente isto: derramar o nosso coração com sinceridade diante do Senhor.

Em sua oração o salmista pede assim como nós: “Olha para mim e responde, Senhor meu Deus. Ilumina os meus olhos, do contrário dormirei o sono da morte; os meus inimigos dirão: "Eu o venci", e os meus adversários festejarão o meu fracasso”. Quase podemos ouvir a grande torcida infernal apostando em nossa queda, mas cremos na intervenção poderosa do nosso Deus. O Senhor é Deus surpreendente, é o Deus que age num “de repente”. Que possamos dizer como o salmista em sua declaração de fé em meio à sua espera angustiosa: “Eu, porém, confio em teu amor; o meu coração exulta em tua salvação. Quero cantar ao Senhor pelo bem que me tem feito”. Louvemos ao Senhor! Confiemos, o nosso socorro está às portas! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/

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