SENHOR, QUE OS NOSSOS OLHOS VEJAM!
“Jesus,
parando, chamou-os e perguntou-lhes: "O que vocês querem que eu lhes faça?
"Responderam eles: "Senhor, queremos que se abram os nossos olhos". Mateus 20.32,33.
Muito embora, os estudiosos digam que se
trata do mesmo episódio relatado por Marcos e Lucas. Aqui nos parece ficar
claro que a situação era outra. Aqueles evangelistas falam de um cego e apenas
Mateus se refere a dois cegos. Uns chegam a dizer que os dois cegos mencionados
por Mateus foram encontrados um à saída da velha Jericó e o outro à entrada da
nova Jericó. Contudo, até mesmo pela forma de clamar percebemos serem situações
distintas. O cego mencionado pelos outros evangelistas pede: “Senhor, que eu torne a ver”, ou seja,
aqui se trata de uma cegueira adquirida, e aquele cego roga para recuperar o
que perdera. Já o caso do relato de Mateus, eram dois cegos que nos parece
padecer de uma cegueira de nascença.
Gostaria de partir deste princípio. Todos nós
somos cegos de nascença até que a Luz do mundo se manifeste a nós! Contudo, há
outro tipo de cegueira que gostaria de focar aqui: A cegueira em relação às
coisas e propósitos de Deus para as situações que nos dizem respeito. Aqui
também somos cegos de nascença, até que a Luz se manifeste a nós! Temos falado
sobre isto nesses dias. Ainda estou digerindo alguns desses propósitos, mas
confesso que ainda não consegui enxergar. Precisamos que o Senhor nos “passe a
visão” ou nos dê paz! Como diz o salmista no salmo 119.18: “Desvenda os meus olhos para que eu possa
contemplar as maravilhas da tua Lei”. Quantas coisas têm turvado a nossa
visão!
Dentre as coisas que têm impedido que
vejamos está a nossa emoção, que em todo tempo tenta sabotar a nossa fé. O
desafio é seguir aqui após Jesus e clamar a plenos pulmões à semelhança
daqueles cegos: “Senhor, que os nossos
olhos possam ver”! O apóstolo Paulo falando aos Romanos diz que a vontade
de Deus para nós é boa, agradável e perfeita e para que a possamos experimentar
é necessário sermos transformados pela renovação da nossa mente. Numa dessas
situações que nos deixam sem chão, lá no passado, o profeta Eliseu pediu ao
Senhor que os lhos do seu servo fossem abertos e o Senhor respondeu a oração.
Os olhos do moço foram abertos e ele olhou para a campina e viu carros e
cavalos de fogo numa quantidade infinitamente superior aos inimigos que vinham
em sua direção.
A Palavra de Deus “é lâmpada para os nossos pés e luz para o nosso caminho”, diz o
salmista. Busquemos em Deus entendimento para seus propósitos e sua vontade
para as nossas vidas assim como para as vidas daqueles que nos são caros. Por
mais que romantizemos a jornada da fé, não é fácil percorrer essa estrada tão
acidentada e cheia de curvas! Tudo que temos a fazer para completar a carreira
e guardar essa certeza dos agires de Deus nas situações que nos envolvem é
olhar firmemente para ele, Jesus, Autor e Consumador da nossa fé! Sigamos, pois
nessa bendita confiança. Que os nossos olhos vejam! E ainda que não vejamos,
que os nossos corações possam se aquietar nele! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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