O INSUPORTÁVEL SILÊNCIO DE DEUS!
“Não
fiques distante de mim, pois a angústia está perto e não há ninguém que me
socorra”. Salmos 22.11.
Ir ao livro dos salmos é sempre uma
incursão edificante. Ali encontramos os salmistas atravessando os mesmos
desertos existenciais que nós. As dores são as mesmas, embora, mude os cenários
e os protagonistas. E é exatamente nessas horas de dores profundas que ouvimos
o salmista dizer aqui mesmo neste salmo logo no inicio: “Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste? Por que estás tão longe de
salvar-me, tão longe dos meus gritos de angústia? Meu Deus! Eu clamo de dia,
mas não respondes; de noite, e não recebo alívio”! Não somos apenas nós que
enfrentamos os incômodos silêncios de Deus! Muitos servos de todos os tempos
também têm passado por essa hora dolorosa, mas necessária e por razões que
desconhecemos!
O versículo citado no inicio traz o clamor
desesperado do salmista que nos soa quase autoral. Ele pede: “Não fiques distante de mim, pois a angústia
está perto e não há ninguém que me socorra”. Por mais dolorosos que sejam
esses momentos de silêncio de Deus, não significa apatia ou indiferença da
parte dele em relação à nós, significa que o Senhor tem um plano. Silêncio de
Deus é um tempo de preparação para grandes coisas em relação ao que nos aflige.
Em Apocalipse 8:1 ouvimos: “Quando ele
abriu o sétimo selo, houve silêncio no céu por volta de meia hora”. A
partir desse silencio grandes coisas começaram a acontecer, basta uma rápida
lida na seqüência dos acontecimentos para chegarmos a essa conclusão. Contudo, quando somos nós que experimentamos
esse silêncio, temos a impressão que não iremos suportar! E do ponto de vista
humano é realmente insuportável!
É desesperador orar, chorar, clamar e não
obter respostas. Aí ouvimos o autor de Provérbios (13.12) ratificar esse
sentimento ao dizer: “A esperança que se
adia faz adoecer o coração, mas o desejo cumprido é árvore de vida”.
Precisamos aprender a fazer continuamente a oração do salmista no Salmo 57.1: “Tem misericórdia de mim, ó Deus, tem
misericórdia; à sombra das tuas asas me abrigo até que passem as calamidades”.
Abriguemo-nos em Deus!
Quantos de nós não estamos atravessando um
momento assim! A “meia hora” de silêncio de Deus parece uma eternidade. Os
nossos corações têm adoecido, as lágrimas têm sido alimento para muitos de nós!
Clamemos ao Senhor à semelhança do cego Bartimeu: “Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de nós”! Ultimamente temos
enfrentado múltiplos silêncios de Deus! Que ele nos ajude a resistir! Que
sejamos fortalecidos e perseveremos ate o fim. Entendemos que a resposta virá,
só não sabemos quando. Os caminhos, propósitos e pensamentos do Senhor são
infinitamente mais altos que os nossos, por isso necessitamos de graça sobre
graça. Ergamos as nossas mãos e clamemos: Vem cá Senhor Jesus e nos acode! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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