sábado, 27 de janeiro de 2018

Meditação/Nadia Malta/O INSUPORTÁVEL SILÊNCIO DE DEUS!

O INSUPORTÁVEL SILÊNCIO DE DEUS!

Não fiques distante de mim, pois a angústia está perto e não há ninguém que me socorra”. Salmos 22.11.                                                                   

Ir ao livro dos salmos é sempre uma incursão edificante. Ali encontramos os salmistas atravessando os mesmos desertos existenciais que nós. As dores são as mesmas, embora, mude os cenários e os protagonistas. E é exatamente nessas horas de dores profundas que ouvimos o salmista dizer aqui mesmo neste salmo logo no inicio: “Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste? Por que estás tão longe de salvar-me, tão longe dos meus gritos de angústia? Meu Deus! Eu clamo de dia, mas não respondes; de noite, e não recebo alívio”! Não somos apenas nós que enfrentamos os incômodos silêncios de Deus! Muitos servos de todos os tempos também têm passado por essa hora dolorosa, mas necessária e por razões que desconhecemos!

O versículo citado no inicio traz o clamor desesperado do salmista que nos soa quase autoral. Ele pede: “Não fiques distante de mim, pois a angústia está perto e não há ninguém que me socorra”. Por mais dolorosos que sejam esses momentos de silêncio de Deus, não significa apatia ou indiferença da parte dele em relação à nós, significa que o Senhor tem um plano. Silêncio de Deus é um tempo de preparação para grandes coisas em relação ao que nos aflige. Em Apocalipse 8:1 ouvimos: “Quando ele abriu o sétimo selo, houve silêncio no céu por volta de meia hora”. A partir desse silencio grandes coisas começaram a acontecer, basta uma rápida lida na seqüência dos acontecimentos para chegarmos a essa conclusão.  Contudo, quando somos nós que experimentamos esse silêncio, temos a impressão que não iremos suportar! E do ponto de vista humano é realmente insuportável!

É desesperador orar, chorar, clamar e não obter respostas. Aí ouvimos o autor de Provérbios (13.12) ratificar esse sentimento ao dizer: “A esperança que se adia faz adoecer o coração, mas o desejo cumprido é árvore de vida”. Precisamos aprender a fazer continuamente a oração do salmista no Salmo 57.1: “Tem misericórdia de mim, ó Deus, tem misericórdia; à sombra das tuas asas me abrigo até que passem as calamidades”. Abriguemo-nos em Deus!

Quantos de nós não estamos atravessando um momento assim! A “meia hora” de silêncio de Deus parece uma eternidade. Os nossos corações têm adoecido, as lágrimas têm sido alimento para muitos de nós! Clamemos ao Senhor à semelhança do cego Bartimeu: “Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de nós”! Ultimamente temos enfrentado múltiplos silêncios de Deus! Que ele nos ajude a resistir! Que sejamos fortalecidos e perseveremos ate o fim. Entendemos que a resposta virá, só não sabemos quando. Os caminhos, propósitos e pensamentos do Senhor são infinitamente mais altos que os nossos, por isso necessitamos de graça sobre graça. Ergamos as nossas mãos e clamemos: Vem cá Senhor Jesus e nos acode! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/

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