CLAMEMOS: O DIA DA RESPOSTA SEMPRE CHEGA!
“Senhor
meu Deus, a ti clamei por socorro, e tu me curaste. Um dos que estavam ali era
paralítico fazia trinta e oito anos. Então Jesus lhe disse: "Levante-se!
Pegue a sua maca e ande". Imediatamente o homem ficou curado, pegou a maca
e começou a andar. Isso aconteceu num sábado” Salmos 30:2; João 5:5-9.
Esta semana quando abri a Bíblia Online me deparei
com esses dois versículos e passei a meditar nas palavras do salmista ditas há tanto
tempo atrás, mas que bem poderiam ser pronunciadas pelo paralítico de Betesda.
O que determina o tempo para que uma resposta de Deus chegue até nós? A
resposta a esta pergunta é um sonoro: NÃO SEI! Arrisco-me a dizer que cada caso é um caso. Deus trabalha no singular. O paralítico esperou 38 anos e
ele jazia em lugar que era chamado de Betesda, ou seja, casa da misericórdia.
Ele permaneceu ali até que a própria misericórdia encarnada entrasse naquele
lugar, fosse até ele e lhe entregasse a sua cura. Quantas vezes aquele homem não
deve ter clamado por socorro à semelhança do salmista? Este episódio pode ser
visto de vários ângulos, no entanto, hoje gostaria de olhá-lo na perspectiva de
uma perseverança que quase chegou à exaustão, afinal, foram 38 anos de espera
sem desistir!
E quanto a nós: Quanto tempo temos esperado
por uma resposta de Deus? Minha sogra passou dez anos na frente daquele
paralitico em sua espera pela conversão de um filho e nunca desistiu até que
viu a Misericórdia vir em sua direção. Vivemos tempos líquidos como diz Zygmunt
Bauman, sociólogo e filósofo polonês de
origem judaica, falecido há um ano. Parece que nada foi feito para durar em
nossos dias. Há um imediatismo em tudo, inclusive na exigência das respostas de
Deus. Nem as orações escaparam a essa tendência da pós-modernidade.
Deus tem outros planos e outros pensamentos
em relação a nós, como tão bem coloca John Piper, “O Senhor não trabalha
segundo o calendário de seres humanos apressados”. As pessoas andam com muita
pressa em tudo. Ninguém investe em consertos nesta era de descartes. E quando
se ora e a resposta não vem imediatamente como se Deus fosse um empregado
cósmico, muitos resolvem abandonar o Caminho. Esses não querem um Salvador,
querem um “self service” de bênçãos.
Outro dia li uma frase que desconheço a
autoria que dizia: “Às vezes a espera faz parte da resposta”. O Senhor não
contempla os apressados com algo que satisfaça a sua pressa. Até porque a
espera é treinamento para a confiança em Deus!
E em vários lugares da Palavra o Senhor adverte para que não andemos
ansiosos. Tem outro episódio que ilustra essa perseverança que devemos ter ao
caminhamos com o Senhor. Certa mulher andava encurvada e tinha todos os motivos
do mundo para permanecer confinada, escondida em sua deformidade que durava 18
anos, mas ela foi à Sinagoga. E à semelhança do paralítico de Betesda aquele
dia era sábado e para os religiosos dos dias de Jesus não era lícito se efetuar
curas naquele dia. Mas quando chega a hora da Misericórdia agir ninguém pode
impedir! E o milagre acontece nem uma fração de segundo antes ou depois do
tempo de Deus! Continuemos clamando e façamos sossegar a nossa alma apressada,
a resposta virá! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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