ATÉ QUANDO?
“Até quando, Senhor? Para
sempre te esquecerás de mim? Até quando esconderás de mim o teu rosto? Até
quando terei inquietações e tristeza no coração dia após dia? Até quando o meu
inimigo triunfará sobre mim?”. Salmos 13.1,2.
As perguntas do salmista em sua oração de fé percorrem uma trilha
que vai da lamentação ao regozijo, da inquietação a profunda confiança no agir
de Deus. Isto mostra o quanto somos limitados, frágeis e o quanto oscilamos em
nossa fé! Contudo, o mais importante aqui é enxergar a transparência do
salmista ao derramar seu coração diante do Senhor!
Como tem faltado isto em nosso meio, ou seja, um coração rasgado
diante do Pai Celestial! Sejamos sinceros em nossas sôfregas orações. Aproveitando
a pergunta recorrente do salmista podemos dizer: “Até quando coxearemos entre
dois pensamentos?”. A resposta é: Enquanto vida tivermos nesta terra. E quando
falamos em coxear aqui entre dois pensamentos, não falamos em servir ao Senhor
ou não servir como fez o Israel do passado, mas passar por altos e baixos até
mesmo em nossa fé. Alegria e tristeza. Decepção e satisfação. Derrotas e
vitórias. Angustia e bem-estar. Gratidão e ingratidão.
Esses antagonismos emocionais fazem parte do nosso processo de
amadurecimento. Na sequencia o salmista diz: “Olha para mim e responde, Senhor meu Deus. Ilumina os meus olhos, do
contrário dormirei o sono da morte; os meus inimigos dirão: "Eu o
venci", e os meus adversários festejarão o meu fracasso”. A situação
que o afligia parecia desesperadora. Ele precisava de respostas de Deus. Ele
estava cercado de inimigos que o espreitavam ávidos por sua vida! Quantas vezes
não temos nos sentido assim! Clamemos ao Senhor para que sejamos acudidos nas
nossas muitas queixas!
Depois de suas lamentações e dúvidas ele vislumbra a ação de Deus
na situação. Ele recobra o equilíbrio, sim, porque aqui e acolá perdemos o
prumo, ficamos desnorteados diante das circunstancias. Precisamos de um choque
de lucidez que invariavelmente é providenciado pelo Senhor. O salmista volta a
olhar na direção do Senhor e declara: “Eu,
porém, confio em teu amor; o meu coração exulta em tua salvação. Quero cantar
ao Senhor pelo bem que me tem feito”. Trazer à memória o que nos pode dar
esperança é restaurador! Grandes coisas tem feito Senhor por nós, exultemos no
Deus da nossa salvação! Abraçar a fé do tipo “ainda que”, como fez o profeta
Habacuque não é tarefa fácil! Ousemos confiar Naquele que não perde o controle
soberano de tudo! Cantemos ao Senhor pelo bem que nos tem feito! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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