quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Meditação/Nadia Malta/NÃO DESISTA: ORE E CONFIE DEUS ESTÁ AGINDO!


NÃO DESISTA: ORE E CONFIE DEUS ESTÁ AGINDO!
                                                                                 
Disse-lhes Jesus uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer: Havia em certa cidade um juiz que não temia a Deus, nem respeitava homem algum. Havia também, naquela mesma cidade, uma viúva que vinha ter com ele, dizendo: Julga a minha causa contra o meu adversário. Ele, por algum tempo, não a quis atender; mas, depois, disse consigo: Bem que eu não temo a Deus, nem respeito a homem algum; todavia, como esta viúva me importuna, julgarei a sua causa, para não suceder que, por fim, venha a molestar-me. Então, disse o Senhor: Considerai no que diz este juiz iníquo. Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los? Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra”? Lucas 18:1-8. 

Perseveremos na oração continuamente! Apesar de Deus ter instruído seu povo a cuidar das viúvas, naquela época era extremamente difícil essas mulheres se sustentarem. A Igreja primitiva considerava a responsabilidade com as viúvas algo sério. Para compreendermos essa parábola, gostaria de situá-la em seu contexto original. O Tribunal daquela época, não era o prédio sofisticado de hoje, mas uma tenda móvel que se movia no horário e itinerário estipulado pelo juiz. Este se sentava em seu interior com toda a pompa, sempre cercado de assistentes, que por sua vez “facilitavam” o acesso ao juiz daqueles que traziam seus pleitos para serem julgados, em troca de “favores financeiros”. Em se tratando de uma viúva, ela precisava superar pelo menos três grandes obstáculos: Primeiro: pelo fato de ser mulher, praticamente não existia socialmente. Não poderia pleitear suas causas. Não tinha voz nem vez. Segundo: como era viúva, não possuía um marido que a representasse perante o tribunal. Por último: era pobre e mesmo que quisesse, não poderia pagar suborno aos assistentes do juiz para que lhe fosse permitido o acesso. Assim, era absolutamente impossível achegar-se ao juiz. Todo esse arrazoado inicial é para que possamos compreender a impossibilidade de tal viúva em ter a sua demanda resolvida. Contudo, nos chama atenção que essa mulher, mesmo em circunstâncias tão adversas, não desistiu.

As maiores e mais hostis batalhas em nossas vidas como filhos de Deus, são ganhas de joelhos dobrados em oração. O Senhor Jesus sabia das lutas e das impossibilidades que seus discípulos enfrentariam depois de sua partida, por isso tratou de instruí-los a usar a maior força bélica que eles poderiam dispor: A ARTILHARIA DA ORAÇÃO. Lutemos para não esmorecer.  Hoje se desiste com muita facilidade! O termo esmorecer descreve alguém que perde as forças, o ânimo e fica ao ponto de abandonar a luta. Na verdade, o termo original fala de alguém prestes a desmaiar. E é assim que nos sentimos em determinadas situações em que não conseguimos ver saída. Diante de uma grande demanda temos dois caminhos: lutar ou esmorecer. Aqui, Jesus nos instrui a, mesmo diante daquilo que nos parece impossível, não desistir de orar. Porque orar é sempre a saída!  Precisamos aprender a entrar em conexão com o Trono da Graça em atitude de oração de fé, sem se deixar contaminar pelas circunstancias. A oração vai muito além das palavras que nos saem dos lábios, ela expressa o anseio de nosso coração e o coração do fiel sempre anseia por algo de Deus. Orar sempre significa abrigar no coração desejos tão santos e tão compatíveis com a vontade de Deus, que aonde quer que estejamos, estaremos ligados ao coração do Pai. Não há nada nem ninguém que nos impeça de estar nessa posição, a não ser nosso pecado, nossa incredulidade. O autor de hebreus diz que um perverso coração de incredulidade nos afasta do Deus vivo.

Veja aqui os contrastes: para começar, a mulher era estrangeira, nós somos filhos e herdeiros; ele cuida de nós. A mulher não tinha acesso ao juiz, mas os filhos têm livre acesso à presença do Pai a qualquer hora. A mulher não tinha amigo nenhum no Tribunal que facilitasse sua entrada e colocasse o seu pleito no rol das causas a serem julgadas, tudo que lhe restava era a persistência de andar ao redor da tenda gritando seu pleito para que o juiz lhe ouvisse e julgasse a sua causa. No entanto, quando o cristão vai à presença do Juiz do Universo em oração, ele tem um Advogado e Sumo Sacerdote que o representa e intercede por ele diante do Trono: JESUS CRISTO. Ainda contamos com a intercessão poderosa do Espírito Santo, visto que não sabemos orar como convém. Aquela viúva era pobre e desvalida, enquanto nós temos à nossa disposição as incontáveis riquezas de Deus para suprir as nossas necessidades.  Por outro lado, Deus não é como esse juiz, antes ele é um Pai amoroso, que atenta para as nossas necessidades e súplicas quando o buscamos de todo o coração. Aquele juiz atendeu a viúva por medo que ela o molestasse com a importunação.  Deus nos atende por que se torna galardoador dos que o buscam. Embora, muitas vezes, Deus pareça demorado em nos responder, essa aparente demora não significa falta de ação, mas sim preparação para o que realmente necessitamos. Às vezes a aparente demora de Deus faz parte da resposta. Ele usa todos os meios, fazendo-os cooperarem com os seus divinos propósitos para nós. O texto diz que “depressa” o Senhor fará justiça aos seus escolhidos. Só que o tempo de Deus não é o nosso. No entanto, o Senhor achará fé na terra para compreender e aceitar seus mistérios? Meditemos nisto! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/

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