segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Meditação/Nadia Malta/ENCHE-NOS, Ó SENHOR!


ENCHE-NOS, Ó SENHOR!
                                                                              
 E não vos embriagueis com vinho no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito” Ef. 5.18.                                                                         

Nunca foi tão necessário que os cristãos busquem um enchimento efetivo do Espírito de Deus. Só assim será possível vencer os desafios do mundo de hoje! O texto lido está dentro de um contexto onde o apóstolo Paulo ordena aos seus leitores que sejam imitadores de Deus como filhos amados. A exortação paulina aqui é para os cristãos não só de Éfeso, mas para todas as igrejas cristãs de todas as épocas. Esses cristãos precisam andar prudentemente, não como néscios, mas como sábios porque os dias são maus. Se quisermos ser imitadores de Deus precisamos nos encher dele. O contexto todo estabelece um contraste muito lúcido entre as obras das trevas e o fruto da luz. O versículo lido resume a ideia central do texto falando do que fazer para andar como sábios e aproveitar o tempo em dias maus. A saída é uma só: Encher-se de Deus, isto valia para os dias de Paulo e para os dias maus em que vivemos hoje. Inegavelmente vivemos dias maus, de muitos contrastes, de muitas religiões e poucas mudanças efetivas. E até mesmo de um sincretismo que tem adentrado às igrejas cristãs numa tentativa maligna de descentralizar e destronar a pessoa do Cristo. É a velha fórmula da idolatria que assume uma nova roupagem. Creio que assim como nos dias de Paulo precisamos redobrar a nossa vigilância e orações no sentido de nos tornarmos cada vez mais plenos do Espírito de Deus para que possamos resistir às investidas do nosso adversário sempre à espreita.

Percebemos um andar cambaleante no meio dos que se dizem cristãos. Por isso o Senhor tem aqui e acolá nos trazido a mesma mensagem, mesmo em textos diferentes. Viver na fronteira entre dois países ou reinos é complicado porque deixa nos habitantes características visíveis dos dois lugares. Penso que o Senhor quer que nos distanciemos da fronteira entre os dois reinos e que firmemos nossos passos no reino do Filho do seu amor. Que possamos falar a linguagem do reino da luz, andar, agir, sentir, nos relacionar como servos da luz. Mas para isto precisamos estar cheios, plenos do Espírito da Luz. Quando estamos embriagados de Deus temos como principal característica o amor e a misericórdia uns pelos outros, tanto pelos que estão perto como pelos que estão longe. E nesse quesito estamos ainda muito distantes do padrão de Deus. Busquemos este enchimento. Será que estamos dispostos a essa busca? De nada adianta orar por outros motivos se não desejarmos ardentemente a presença gloriosa do Espírito ocupando todos os espaços da casa espiritual que somos nós. Que possamos orar por um derramamento do Espírito sobre as nossas vidas a fim de que muitos sejam alcançados para louvor da glória de Deus.

O versículo lido estabelece um contraste entre os que se embriagam com vinho e os que se enchem do Espírito Santo. Vejamos: Os que se embriagam com vinho têm um andar cambaleante, não têm equilíbrio. Escondem-se na bebida para esquecer momentaneamente os problemas ou para fugir deles. Os que se embriagam com o vinho e a bebida forte têm seus dias perdidos, não aproveitam as oportunidades, se deixam enganar pelas aparências. São dissolutos, têm seus costumes pervertidos. Têm a mente entorpecida, por isso não andam prudentemente. Os lábios do bêbado trazem um cântico sem nexo, ele não sabe o que diz nem o que fala. Ele espalha sofrimento, sobretudo, na família. Vivem sempre uma ressaca moral e ética. Já os que se enchem do Espírito Santo não são insensatos, mas conhecem a vontade de Deus comunicada em seu interior. Têm seus corações inclinados para falar de forma entusiasmada do amor de Deus. São apaixonados pelo Senhor, são santos sem, contudo, ser santarrões apontadores dos erros dos outros. Consagrados sem ser segregadores. São tolerantes com os pecadores, sem ser coniventes com suas práticas. Falam a linguagem do reino, são prontos para ouvir e sábios no falar, têm sempre uma palavra agradável, sábia, temperada com sal que transmite graça aos que ouvem. Eles não discutem sobre Deus, porque vivem Deus. O louvor e a gratidão estão sempre em seus lábios, tudo é motivo de adoração e gratidão ao Senhor. Aqueles que estão cheios do Espírito percebem em tudo a presença e o mover de Deus. Eles não se detêm nas circunstancias, mas nas infinitas possibilidades de Deus. Os que estão cheios do Espírito se mostram habilitados para fazer a obra de Deus. Eles enxergam o verdadeiro sentido do chamado. Também são frutíferos. Eles são como as árvores plantadas junto à corrente de águas, não receiam quando vem o calor, mas continuam frutíferos. Eles não se perturbam no ano de sequidão, porque bebem das águas profundas do Espírito Santo. Quem é cheio do Espírito Santo demonstra uma alegria indizível que brota como um combustível para impulsioná-lo a completar a jornada, mesmo em meio às tempestades e ventos contrários. Não se iram, são benignos, compassivos em relação às fraquezas dos outros irmãos e à cegueira dos que não conhecem ao Senhor. Esses não precisam dizer que são espirituais, porque eles são visivelmente espirituais. Busquemos este enchimento enquanto Deus for servido e nos conservar com vida sobre a terra! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/


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