LIVRA-NOS,
Ó SENHOR!
“Ó Deus, liberta Israel de todas as suas
aflições”! Salmo 25.22.
Busquemos
a prática de uma fé intimista no Deus vivo que tudo pode. Só Ele para nos
apontar as saídas. Este salmo retrata a
vida como uma jornada difícil, cheia de armadilhas e percalços. O texto nos
mostra Davi cercado de inimigos e apesar de seus pecados, ele recorre à
misericórdia de Deus. Não conhecemos a situação histórica específica que
originou este salmo, mas de certa forma ele é representativo de todas as nossas
lutas diárias, em nossa peregrinação por esta vida. Quanta coisa tem se
levantado para nos assombrar! A idéia central aqui é a confiança plena em Deus demonstrada
pelo salmista, em meio à essas lutas, que deve ser exercitada também por nós. O
salmista Davi assim como nós, foi um homem de muitas batalhas e muitos
inimigos. Todos nós enfrentamos “lutas
por fora e temores por dentro”, como bem falou o apóstolo Paulo. Precisamos
buscar à semelhança do salmista, bem como do próprio apóstolo Paulo e de tantos
homens e mulheres de Deus mencionados nas sagradas escrituras, buscar uma
intimidade com Deus continuamente. Mais cedo ou mais tarde o “dia mau” nos
alcança, quando isso acontecer podemos recorrer ao Senhor e alcançar misericórdia
e socorro.
O
salmista se apegou a três verdades imutáveis para fazer sua difícil travessia
pelos caminhos da vida: A ajuda de que precisamos vem de Deus – VS. 1-7:
“A ti, Senhor, elevo a minha alma. Em ti
confio, ó meu Deus. Não deixes que eu seja humilhado, nem que os meus inimigos
triunfem sobre mim! Nenhum dos que esperam em ti ficará decepcionado;
decepcionados ficarão aqueles que, sem motivo, agem traiçoeiramente. Mostra-me,
Senhor, os teus caminhos, ensina-me as tuas veredas; guia-me com a tua verdade
e ensina-me, pois tu és Deus, meu Salvador, e a minha esperança está em ti o
tempo todo. Lembra-te, Senhor, da tua compaixão e da tua misericórdia, que tens
mostrado desde a antiguidade. Não te lembres dos pecados e transgressões da
minha juventude; conforme a tua misericórdia, lembra-te de mim, pois tu,
Senhor, és bom”; Em Deus podemos
confiar – VS. 8-14: “Bom e justo é o
Senhor; por isso mostra o caminho aos pecadores. Conduz os humildes na justiça
e lhes ensina o seu caminho. Todos os caminhos do Senhor são amor e fidelidade
para com os que cumprem os preceitos da sua aliança. Por amor do teu nome,
Senhor, perdoa o meu pecado, que é tão grande! Quem é o homem que teme o
Senhor? Ele o instruirá no caminho que deve seguir. Viverá em prosperidade, e
os seus descendentes herdarão a terra. O Senhor confia os seus segredos aos que
o temem, e os leva a conhecer a sua aliança”; Confiar em Deus nos
garante a vitória – VS. 15-22: “Os
meus olhos estão sempre voltados para o Senhor, pois só ele tira os meus pés da
armadilha. Volta-te para mim e tem misericórdia de mim, pois estou só e aflito.
As angústias do meu coração se multiplicaram; liberta-me da minha aflição. Olha
para a minha tribulação e o meu sofrimento, e perdoa todos os meus pecados. Vê
como aumentaram os meus inimigos e com que fúria me odeiam! Guarda a minha vida
e livra-me! Não me deixes decepcionado, pois eu me refugio em ti. Que a
integridade e a retidão me protejam, porque a minha esperança está em ti. Ó
Deus, liberta Israel de todas as suas aflições!”.
Davi sabe em quem crê, por
isso eleva a sua alma ao Deus Todo Poderoso, criador e sustentador do céu e da
terra. Quando a situação ao nosso redor é desalentadora, ainda assim, há uma
saída: a que vem do Senhor, o Pai das luzes. Ele é Aquele que habita num Alto e
Sublime Trono, mas também habita no abatido e contrito de espírito, que treme
da sua Palavra, o qual ele constituiu seu santuário vivo. Davi nesses momentos
de extrema dor e dificuldade continua reafirmando a sua fé, ele não quer
fracassar e envergonhar o nome de seu Senhor. Há momentos em que tudo que temos
a fazer é esperar no Senhor, adorá-lo e clamar por socorro. Note que em sua
oração, Davi não pede apenas sabedoria, mas discernimento para compreender a
Palavra do Senhor, porque só assim poderá aprender seus caminhos. Ele se
reconhece pecador e apela à misericórdia de Deus. Temos orado assim? Davi aqui
faz uma pausa para meditar no caráter de Deus. O Senhor é bom e reto, sua
misericórdia dura para sempre. Os atributos imutáveis e eternos de Deus nos
garantem que ele é totalmente confiável. Se nos sujeitarmos a ele com mansidão,
ele nos conduzirá por seus caminhos. Ele tem um plano para cada um de nós e
quer que nos acheguemos a ele de forma íntima para gozar de sua presença
gloriosa. A intimidade referida no v. 14 fala de uma conversa particular, onde
planos e propósitos nos são revelados. Os que se submetem a ele recebem a sua
provisão e proteção. Davi volta à essência de sua oração e conta ao Senhor
quais são os seus fardos, os inimigos ao seu redor e as aflições do seu
coração: Havia armadilhas em seu caminho. Inimigos à espreita. Solidão. Há
ocasiões em que a nossa obediência ao Senhor leva amigos e familiares a se
voltarem contra nós. Um coração ferido é uma porta aberta à vitimização. Os
pecados ao serem confessados em arrependimento, Deus os perdoa. Davi sentia
medo como você e eu. Ele reconhecia esse medo diante de Deus. Ele também sentia
desespero. Aqui o salmista clama por libertações. Ele pode curar nossos
corações feridos, restaurar nossas forças, firmar nossos joelhos vacilantes e
as nossas mãos decaídas, perdoar nossos pecados, preencher nossos espaços
vazios, dissipar nossos medos, nos libertar do desespero e desbaratar os
exércitos inimigos ao nosso redor, se nos achegarmos a ele de forma íntima
confiante e pessoal. Não permitamos que as nossas emoções boicotem a nossa fé! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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