E QUANDO JESUS
NOS MANDA PARA A TEMPESTADE?
“Logo a seguir, compeliu Jesus os discípulos
a embarcar e passar adiante dele para o outro lado, enquanto ele despedia as
multidões. E, despedidas as multidões, subiu ao monte, a fim de orar sozinho.
Em caindo a tarde, lá estava ele, só. Entretanto, o barco já estava longe, a
muitos estádios da terra, açoitado pelas ondas; porque o vento era contrário”.
Mateus 14:22-24.
Somos
desafiados a todo momento a experimentar uma fé viva. O relato todo do texto vai até o versículo 33 e conta uma das mais
dramáticas lições de fé ensinadas por Jesus aos seus discípulos. Aquela na
verdade, não era a primeira vez que Jesus ministrava fé aos seus discípulos no
meio de uma tempestade. O outro episódio relata também uma grande tempestade,
só que naquela situação, Jesus estava com eles no barco. A primeira experiência
tipifica os dias de Jesus na terra, antes de sua crucificação e ressurreição; a
segunda aponta para a era da igreja, quando Jesus se ausentaria da terra
fisicamente voltando para os céus. Ambas as experiências estimulam a prática da
fé viva e incondicional. Quando leio um texto como este, é inevitável pensar:
“Se havia tempestades nos dias de Jesus na terra, imagine hoje!”. Quando encontramos
na Bíblia referencias a tempestades, muitas águas, ou mar, são invariavelmente
metáforas para ilustrar as tribulações da vida. O mais surpreendente na
sofisticada pedagogia de Jesus é que ele não dá aula teórica. Ele já coloca
seus discípulos em situações práticas, para que aprendam vivenciando. Foi assim
no passado, é assim no presente e será assim sempre. Cabe a nós, nos tornarmos
alunos “ensináveis” e diligentes para assimilar a metodologia de ensino de
Jesus e não sermos reprovados. Há muito cristão repetindo o ano. Esses não
poderiam ser mestres, pois ainda continuam no Jardim da Infância da fé.
A
Experiência daqueles discípulos está registrada na Bíblia, para nos estimular a
atravessar vitoriosamente as nossas próprias tempestades, renunciando a toda
dúvida que tente atravancar as nossas vitórias. A experiência daqueles
discípulos nos ensina que mesmo em meio às tempestades da vida podemos pela fé
contar com algumas certezas: O próprio Senhor os compeliu para a tempestade; O
Senhor se retira para orar sozinho e certamente intercedia por eles e também
intercede por nós; Assim como Jesus acudiu os discípulos, ele nos acode também;
Aquela situação foi a oportunidade de Deus para ajudá-los a crescer e se
fortalecer e O Senhor ajudou os discípulos até o fim e fará assim conosco. Os
discípulos estariam mais seguros no meio da tempestade e dentro da vontade de
Deus, que fora dela. Lendo a Bíblia descobrimos que há dois tipos de
tempestades que assolam a nossa vida: Aquela que vem para correção, como disciplina
de Deus (como é o caso do profeta Jonas); e a que vem para aperfeiçoamento,
quando Deus deseja que cresçamos em maturidade e fé. Muitos cristãos têm a
idéia equivocada de que ao obedecer à vontade de Deus, só navegarão em águas tranquilas. Mas quando somos impelidos para uma tempestade por Jesus, devemos
lembrar que ele nos trouxe ali para um fim proveitoso e cuidará de nós. A tempestade
descrita no texto lido tipifica a era da igreja repito e aponta para as
dificuldades, tribulações, perseguições, aflições, enfermidades, oposições e
provações de maneira geral. A terra não é um parque de diversão, é antes uma
arena de guerra, santificação e crescimento espiritual para os que servem a
Deus. Jesus sabia a tempestade que seus discípulos enfrentariam, e o texto diz
que “ele subiu ao monte a fim de orar sozinho”. A atitude de Jesus aponta para
o seu ministério de intercessão junto ao Pai em favor dos seus. O povo de Deus
está no “mar” em meio às tempestades da vida e Jesus está, não no monte, mas
nos Altos Céus intercedendo por nós, para que não desfaleçamos e a nossa fé não
vacile. Vários servos de Deus experimentaram a sensação de aparente abandono e
indiferença de Deus. O aparente silêncio de Deus é sinal de preparação. Quando
Deus se “cala”, está preparando grandes vitórias para seus filhos.
O Socorro de
Jesus, em resposta às nossas orações, muitas vezes nos assombra. Lembremos
sempre que tudo coopera para o nosso bem. Olhar para Cristo vindo por sobre o
mar foi assustador, para aqueles discípulos já apavorados, parecia um grande
“malassombro”. Aprendamos a discernir. O Senhor esperou que o barco fosse o
mais longe possível, para que não houvesse nenhuma possibilidade humana de
socorro e aí ele entrou em ação. Aprendemos que “A impossibilidade humana é a oportunidade
de Deus”. O poder da fé só se manifesta quando não há mais recursos de homens e
isso muitas vezes nos causa assombro. Olhar para as situações e tempestades da
vida com os olhos da fé, aquieta a nossa alma exigente e apressada. Por que
Jesus andou sobre as águas? Para mostrar aos discípulos que aquilo que eles
tanto temiam (a fúria do mar) era apenas um caminho para que se aproximassem
dele e confiassem nele. O Senhor é especialista em fazer caminhos na tormenta.
Diante das tempestades da vida temos duas atitudes a tomar: fugir de Deus ou
correr para seus braços. A segunda opção é sempre a mais acertada. Por que os
discípulos não reconheceram Jesus? Porque não estavam mais esperando por ele. O
medo e a fé não podem caminhar juntos, são incompatíveis. O medo cega a fé e
produz tormento, para que ela não enxergue a presença de Deus. O propósito
daquela tempestade era aperfeiçoar a fé daqueles discípulos, dissipando o medo
de seus corações. Aqueles discípulos precisavam aprender a confiar em Jesus
mesmo quando ele não estivesse presente e parecesse não se importar. Olhe agora
para Pedro, ele foi o único naquele barco que ousou enfrentar a tempestade e ir
em direção a Jesus. E Ele teria sido bem sucedido, se não fosse o “porém” que
surgiu no caminho de sua fé. Pedro ia tão bem, mas começou a afundar, o “porém”
estava lá pra estragar a sua vitória. Quem sabe se não é isto que está
acontecendo com você. A vitória estava às portas, mas aí veio aquela dúvida
maldita e estragou tudo. Hoje gostaria de desafiar você a renunciar todos os
“poréns” que têm impedido um exercício genuíno de fé em sua vida. Pedro clamou
por Jesus antes de afundar e foi socorrido por ele. As tempestades da vida nos
ensinam a confiar em Cristo e obedecer a sua Palavra, independentemente das
circunstancias. Pedro começou a afundar porque duvidou; precisamos entender que
quando Jesus diz “vem”, essa palavra cumprirá o propósito para o qual foi
proferida. O segredo da vitória é não duvidar e olhar firmemente para o autor e
consumador de nossa fé JESUS CRISTO. A experiência de Pedro foi enriquecedora
para ele, para os discípulos que estavam no barco e para nós hoje. Quando
clamamos por Jesus no meio da tormenta ele entra no barco conosco e faz cessar
os ventos e as ondas. Tão somente confiemos! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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