ONDE
TEMOS BUSCADO ABRIGO?
“O que
habita no esconderijo do Altíssimo e descansa à sombra do Onipotente diz ao
SENHOR: Meu refúgio e meu baluarte, Deus meu, em quem confio”. Salmo 91.1,
2.
O
salmo 91 é um dos inúmeros salmos anônimos (apesar de muitos estudiosos o
atribuírem a Moisés). A idéia central dele é advertir quanto aos perigos desta
vida. A situação histórica aqui parece ser os quarenta anos que o povo de
Israel ficou no deserto. O salmista adverte sobre armadilhas ocultas, pragas
mortais, terrores durante a noite e flechas durante o dia, tropeçar em pedras e
enfrentar leões e cobras! Por isso não podemos deixar de associá-lo aos perigos
enfrentados pelos cristãos de hoje em sua jornada por esta vida rumo à pátria
celestial. O salmo 91 usa muitas metáforas para ilustrar aquilo que o salmista
quer ensinar. O Esconderijo do Altíssimo= lugar da obediência; da íntima
comunhão, da adoração e da oração. A Sombra do Onipotente = lugar de descanso e
refrigério. Pavês e escudos= a Palavra de Deus como proteção para os grandes e
pequenos perigos; Jesus em sua oração sacerdotal em Jo 17.17 diz: “Santifica-os
na verdade; a tua palavra é a verdade.” O Esconderijo do Altíssimo é o lugar da
segurança do crente; se o visitarmos apenas de vez em quando, encontraremos
refúgio apenas de vez em quando; mas, se habitarmos nele, descansaremos à
sombra do Onipotente e nada nos poderá abalar. Ouvir os preceitos de Deus sem a
devida inclinação a obedecê-los, é arranjar um grande problema. É abrir uma
porta de legalidade para que o adversário venha nos assolar. O exercício da
autoridade é respaldado na obediência ao Senhor e a sua Santa Palavra, bem como
a uma vida de intima comunhão e adoração.
Os
Cristãos que procuram diariamente os gabinetes pastorais das igrejas precisam
discernir esta verdade: Obediência, gera santificação; Santificação, gera
autoridade; Autoridade, gera vida abundante. Se quisermos vitórias em nossas
vidas devemos acatar a ordem de Tg 4.8: “Purificai
as mãos pecadores; e vós que sois de ânimo dobre, limpai o coração”. Do
contrário, seremos vergonhosamente assolados e fustigados pelo nosso adversário
sem que haja socorro. O profeta Jeremias em Lm 3.39,40 diz: “Por que, pois, se queixa o homem vivente?
Queixe-se cada um de seus próprios pecados. Esquadrinhemos os nossos caminhos,
provemo-los e voltemos para o Senhor”. O salmista aponta a saída para as
nossas lutas e seu resultado. Precisamos nos refugiar em Deus! “Aquele que habita no abrigo do Altíssimo e
descansa à sombra do Todo-poderoso pode dizer ao Senhor: Tu és o meu refúgio e
a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio. Ele o livrará do laço do caçador
e do veneno mortal. Ele o cobrirá com as suas penas, e sob as suas asas você
encontrará refúgio; a fidelidade dele será o seu escudo protetor”.
Precisamos de sombra, de refúgio! Não tem sido fácil suportar o calor abrasador
com cheiro de enxofre que sai das nossas rebeliões contra Deus. O mundo está
cada vez mais insalubre. Busquemos a ele, façamos dele a nossa morada. Há muitos
que querem o benefício da sombra, sem qualquer compromisso com ela. Que o
Senhor nos visite com uma insatisfação, só satisfeita por sua presença gloriosa
e alentadora. A parte mais importante da vida do cristão é aquela que somente
Deus pode ver. Uma vida “oculta” de comunhão, oração, obediência e adoração nos
leva a uma nova percepção dos agires de Deus. Ele é o nosso refúgio e
fortaleza. Ele nos esconde, prepara e fortalece depois nos manda de volta ao
campo de combate a fim de lhe servir e testemunhar em meio às lutas da vida,
para que o seu nome seja glorificado. Aqueles que habitam no Senhor permanecem
seguros quando estão fazendo a sua vontade. Até que tenham completado o seu
trabalho, os servos do Senhor são indestrutíveis. O que nos falta para termos
uma vida “oculta” de comunhão, adoração, oração e obediência a Deus?
Protegidos
em Deus, temos paz e vencemos os temores! “Você
não temerá o pavor da noite, nem a flecha que voa de dia, nem a peste que se
move sorrateira nas trevas, nem a praga que devasta ao meio-dia. Mil poderão
cair ao seu lado, dez mil à sua direita, mas nada o atingirá. Você simplesmente
olhará, e verá o castigo dos ímpios. Se você fizer do Altíssimo o seu refúgio,
nenhum mal o atingirá, desgraça alguma chegará à sua tenda. Porque a seus anjos
ele dará ordens a seu respeito, para que o protejam em todos os seus caminhos;
com as mãos eles o segurarão, para que você não tropece em alguma pedra. Você
pisará o leão e a cobra; pisoteará o leão forte e a serpente”. Não estamos
sozinhos em nossas lutas diárias. O Senhor visita as nossas inadequações, nos
dando estratégias de ação em nossa caminhada. Não precisamos temer, pois o
Senhor e seus anjos nos guardam. Ah, se compreendêssemos a profundidade do “Não
temas” de Deus, providenciado para cada dia do ano! Naqueles dias as viagens
eram muito arriscadas (o que não é muito diferente das cidades grandes dos
nossos dias, com a violência ao nosso redor). O salmista aqui fala de perigos
concretos: o “terror noturno”, “seta que voa de dia”, “peste que se propaga nas
trevas”, “mortandade que assola ao meio dia”. Todos esses perigos que assolavam
o peregrino daqueles dias assolam o de hoje, mas o mesmo Deus que livrou o do
passado livra o de hoje. Por que sentimos tanto medo? Refugiados em Deus desfrutaremos
do seu amor, da sua presença e seremos ouvidos em nossos clamores! “Porque ele me ama, eu o resgatarei; eu o
protegerei, pois conhece o meu nome. Ele clamará a mim, e eu lhe darei
resposta, e na adversidade estarei com ele; vou livrá-lo e cobri-lo de honra.
Vida longa eu lhe darei, e lhe mostrarei a minha salvação”. O Senhor falou
e anunciou o que faria por aqueles de seu povo que verdadeiramente o amavam e o
reconheciam por meio de uma vida de obediência, comunhão e adoração. Dentre as
bênçãos prometidas estão o livramento, a proteção e a longevidade. Uma coisa é
os médicos nos ajudarem a viver mais alguns anos, mas Deus tem o poder de
acrescentar mais anos à nossa vida e fazer esses anos valerem a pena para
louvor da sua glória. Precisamos experimentar esse lugar sobrenatural de
refúgio. Precisamos experimentar a paz que já foi conquistada para nós na cruz
do calvário. Essa paz não é circunstancial, mas baseada na promessa de Deus de
estar conosco sempre e em sua ordem para “não temer” porque ele nos protege e
nos esconde à Sua Sombra. Precisamos aprender a desfrutar da presença gloriosa
de Deus. Só essa presença nos confere paz, alegria, e resposta às nossas
orações. Amém! Nadia
Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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